28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-9A - GT 9 - Drogas e cuidados em saúde |
30487 - A RAPS NA 9ª REGIÃO DE SAÚDE: FRAGILIDADES E POSSIBILIDADES DA CONTRA-REFERÊNCIA NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS
JÉSSYCA ALANA OLIVEIRA PEREIRA - SES-PB/FSM, ALEXSANDRA LAYANI FAUSTINO DE ANDRADE - SES-PB/FSM, ANNE CAROLINE FERREIRA DE FREITAS - SES-PB/FSM, MARINA GOMES FAGUNDES - SES-PB/FSM, FELIPE DE LIMA MEDEIROS - SES-PB/FSM, STEPHANNY BATISTA DE ALENCAR ROBERTO - SES-PB, MICHAELLA SHAMY NUNES MELO - SES-PB, FLÁVIA IUÇARA LOURENÇO DE OLIVEIRA - SES-PB, CLAUDIA MACIEL DO NASCIMENTO - SES-PB, ANA AMÉLIA FONSECA PINHEIRO DE SÁ - SES-PB
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é voltada para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi implementada a partir do Decreto 3088/2011 e dispõe sobre uma rede de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, esses serviços são de base comunitária e territorial, tem como finalidade construir a autonomia e reabilitação psicossocial dos usuários. O presente trabalho tem como objetivo descrever os dispositivos da RAPS que o município de Cajazeiras dispõe, bem como apresentar algumas de suas fragilidades. A metodologia usada foi pesquisa de campo descritiva quantitativa através de visitas técnicas realizada pelos apoiadores regionais da Nona Gerência de Saúde da Paraíba juntamente com os residentes em saúde coletiva da Secretaria de Saúde do Estado (SES-PB/FSM). Há no município de Cajazeiras três tipos de CAPS que funcionam como componentes estratégicos da rede de atenção psicossocial: um CAPS II, um CAPS AD, um CAPS i e um serviço de residencial terapêutico misto, que funciona como componente estratégico de desinstitucionalização. Esses serviços são referência para todos os 15 municípios que compõe a 9ª região de saúde. Devido à pouca quantidade de serviços para muitos usuários, há uma grande demanda reprimida e uma referência e contra referência fragilizada. Conclui-se que há poucas ações de educação permanente voltada para os profissionais, e que os mesmos não realizam os projetos terapêuticos singulares (PTS) dos usuários, o que enfraquece a integralidade do funcionamento da rede, aumenta o tempo de permanência dos usuários nos serviços e restringe o indivíduo, não levando em consideração suas particularidades e o contexto social. Sugere-se que hajam ações de educação permanente problematizadoras, críticas e que tratem das demandas diárias, para que os profissionais se empoderem e tenham propriedade para lidar com as diversas necessidades dos usuários e com o fortalecimento dos serviços. Também é importante uma maior articulação entre os serviços da RAPS e os recursos existentes em outras redes, assim como no território através de um apoio matricial eficiente entre as equipes de saúde metal e demais equipes, com a finalidade de concretizar a clínica ampliada, corresponsabilidade e integralidade do cuidado e dos serviços.
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