30/09/2019 - 13:30 - 15:00 EO-14E - GT 14 - Extensão e serviços de saúde |
31279 - IMPACTO DO SERVIÇO DE PLANEJAMENTO REPRODUTIVO FRANCISCO MAIRTON RODRIGUES DE ANDRADE - UFC, GILMARA DE LUCENA BESERRA - UFC, CAMILA MARTINS DE MEDEIROS - UFC, MARIANNE MAIA DUTRA BALSELLS - UFC, PRISCILA DE SOUZA AQUINO - UFC
INTRODUÇÃO
Presente na Constituição Federal pela Lei n° 9.263, de 1996. O planejamento reprodutivo é um conjunto de ações que ajudam as pessoas em fase reprodutiva a organizarem os aspectos relacionados à saúde sexual e reprodutiva. Assim, o planejamento reprodutivo vai além da ideia de controle de natalidade, pois proporciona conhecimento adequado sobre os métodos contraceptivos ou não, bem como oferece acompanhamento e informações, em um contexto de escolha livre e informada (BRASIL, 2010).
OBJETIVO
Relatar a experiência de enfermeiros no planejamento reprodutivo às mulheres de uma comunidade localizada em Fortaleza-Ceará.
METODOLOGIA
Trata-se de um relato de experiência, destacando os pontos de impacto que o serviço de planejamento gera na comunidade assistida, além de descrever as atividades ofertadas e a experiência adquirida pelos enfermeiros.
Esse relato se baseia na assistência prestada ao longo dos meses de março até dezembro de 2018, no Projeto de Extensão de planejamento reprodutivo, iniciativa do projeto de pesquisa “Ações Integradas para a Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva” da Universidade Federal do Ceará.
As atividades são ofertadas na Casa de Parto Natural Lígia Barros Costa, localizada no Centro de Desenvolvimento Familiar. Um equipamento da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará. Os atendimentos são realizados por enfermeiros do projeto de pesquisa e uma enfermeira do serviço, além do auxilio de graduandos em enfermagem.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas consultas de planejamento reprodutivo ocorre uma análise inicial das demandas da paciente: se é consulta de concepção, contracepção ou outro fim. Dependendo da resposta da mesma uma iniciativa é empregada. Além dessa análise na primeira consulta é realizado um histórico do(a) paciente, onde questiona-se informações importantes como: número de gestações, partos e abortamentos; número de filhos vivos, idade do último filho, menarca, coitarca, queixa de sangramento após as relações sexuais, cirurgia ginecológica prévia, histórico pessoal de saúde, histórico familiar de câncer. Perguntas estas similares às indicadas pela Federaçao Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia (FEBRASGO, 2017). Outros questionamentos e informações são usados para a escolha de um possível método contraceptivo (data da última menstruação, presença de cefaleia, sinais de trombose venosa profunda, valor pressórico).
Então, é feita uma atividade educativa pelo profissional que esteja atendendo. Nela são apresentados os métodos contraceptivos mais utilizados: preservativos masculino e feminino, dispositivo intrauterino (DIU), contraceptivos orais e injetáveis, diafragma e espermicidas. Além de ser realizada uma demonstração da utilização dos preservativos.
Caso a consulta seja de contracepção, o que é o mais comum no serviço, o profissional questiona a queixa da cliente; se a mesma esta em uso de algum método, ou já utilizou algum; como foi a aceitação e efeitos sentidos na utilização dos mesmos; descarta uma possível gravidez; munido dessas informações e as já colhidas o enfermeiro apresenta quais métodos seriam adequados a paciente e essa tem o poder de decidir qual deseja realizar o uso. Após essa decisão o método é aplicado, caso seja injetável, ou é entregue a paciente com as devidas recomendações de uso, propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2007). Por fim, é agendado o retorno da paciente.
Já na consulta de concepção solicita-se exames para uma avaliação geral da paciente é entregue e explicado os métodos comportamentais, para dessa forma encontrar o período fértil dessa mulher. Nas que já se tem sabido o período fértil são entregues e explicadas orientações que podem facilitar a fecundação. Além de ser vital que o profissional explique e tranquilize o paciente sobre o que seria a infertilidade.
CONCLUSÃO
O planejamento reprodutivo proporciona para as mulheres o exercício dos seus direitos sexuais e reprodutivos, além de possibilitar escolhas com maior informação e autonomia. No serviço relatado são dispensados e administrados, quando necessário, os métodos contraceptivos. Ressalta-se ainda, que o atendimento ofertado possui um forte cunho educativo o que assume um papel fundamental no empoderamento da clientela.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto no 9263, 12 de jan. de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Brasília. DF.
BRASIL. Cadernos de Atenção Básica: Saúde Sexual e Reprodutiva. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Básica, n. 26 Brasília, DF. 2010.
FEBRASGO. Anticoncepção para Adolescentes. Série, orientações e recomendações
FEBRASGO no 9. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP. 2017.
OMS. Planejamento familiar: UM MANUAL GLOBAL PARA PROFISSIONAIS E SERVIÇOS DE SAÚDE. Organização Mundial da Saúde, Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisas. EUA. 2007.
|

|