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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-14B - GT 14 - Gênero, sexualidade e juventude

30179 - RELATO DO PROJETO: “GESTÃO DAS EMOÇÕES NA ADOLESCÊNCIA: TÉCNICAS PSICOTERAPÊUTICAS GRUPAIS NA ESCOLA” E SUAS INTERFACES COM A SAÚDE COLETIVA E A PSICOLOGIA SOCIAL.
LUIZ HENRIQUE GONÇALVES SOUZA - UEMG, GUSTAVO FIDELIS CAMPOS - UEMG, RAFAELA FRANCO DEMÓCRITO - UEMG, AGATHA NELISE SE CASTRO JESUS - UEMG


A Saúde Coletiva consiste na organização de sistemas e serviços a fim de promover a saúde em defesa da vida e pode ser caracterizada como um campo plural, pois é composta pelos interesses sociais e acadêmicos. De acordo com Nunes (1994) a Saúde Coletiva é como uma prática sócio-política que através de eventos, pesquisas e movimentos de estudiosos da área colaboraram para a consolidação das políticas de saúde pública.
A partir disso, pensar na atuação do profissional da Psicologia nessa perspectiva, consequentemente, traz demandas de diversas áreas e dentre elas há a Educação, um campo complexo de desenvolvimento biopsicossocial, bem como político e cultural. Assim, a interlocução da Psicologia e Pedagogia na escola, na perspectiva da Saúde Coletiva, pode sintentizar-se na Psicologia Escolar, conceituando e caracterizando suas ações, além de expor demandas e possíveis intervenções.
O projeto Gestão da emoções na adolescência: Técnicas Pisicoterapêuticas Grupais na escola, aprovado pelo Programa de Apoio à Extensão da Universidade do Estado do Minas Gerais – UEMG abrange aproximadamente 600 estudantes, entre 12 e 18 anos, distribuídos em 19 turmas, na Escola Estadual Ilídio da Costa Pereira, situada na cidade de Divinópólis-MG. Além de intervenções junto à coordenação pedagógica e fomento de relações intersetorias entre universidade, escola e os dispositivos das políticas públicas da saúde e assistência social, promovendo a dialogicidade entre os mesmos.
Esse projeto se estruturou a partir da experiência dos alunos bolsistas em um outro trabalho de extensão: “Psicologia Escolar: Convivendo com os Outros”, realizado entre abril e dezembro de 2018. Anteriormente, o trabalho era realizado com as turmas do segundo ano do ensino médio nessa mesma escola, além de intervenções em outras escolas por outros discentes. A partir daí, elaborou-se um projeto com diretrizes diferentes do anterior, o qual está em atividade desde abril e com previsão de término para dezembro de 2019.
A equipe do projeto busca realizar um planejamento flexível, tendo como embasamento a Psicologia Positiva, que é uma tendência relativamente recente da psicologia derivada da abordagem humanista e traz um paradigma de investigação distinto da psicologia ortodoxa, mudando a perspectiva de análise do negativo para o positivo. Essa linha de pesquisa passa a abordar o funcionamento positivo da personalidade, o bem-estar subjetivo e o ensino da resiliência, tendo como pilar que as emoções e sentimentos são fundamentais na forma que as pessoas lidam com o meio, tendo em conta que as diferenças individuais desempenham papel essencial nesse processo. Assim, alinha-se a psicologia social com técnicas psicoterapêuticas de grupo.
O objetivo geral do projeto é abordar temas pertinentes do desenvolvimento psicossocial do adolescente, através de dinâmicas grupais, tendo como foco a gestão das emoções positivas no cotidiano. Já os específicos são: fomentar as relações intersetoriais que abarcam o público alvo, como CRAS, ESF, CREAS presentes no território da escola entre outros; assessorar a coordenação pedagógica em questões problemas de cunho coletivo e individual auxiliando nas intervenções quando necessárias, tanto no âmbito de alunos, responsáveis desses, professores, demais servidores além de equipamentos além da escola; aprimorar a forma de vivenciar as emoções no cotidiano; fomentar relações saudáveis em grupo no ambiente escolar; trabalhar o desenvolvimento da resiliência com os estudantes; fortalecer traços individuais/psicológicos positivos.
Os temas que estão sendo trabalhados foram levantados pelos próprios estudantes das turmas. Cada encontro temático, de 50 minutos, é desenvolvido a partir das seguintes técnicas: músicas, documentários, dinâmicas variadas, conversas com convidados, psicodrama, apresentação artística, lanche coletivo, entre outros. Ao final do projeto cada turma terá cerca de 5 encontros.
Tendo em vista os resultados obtidos até o momento e analisando-os criticamente, observa-se um grande afinamento entre os participantes da equipe e a supervisão pedagógica. Os estudantes da equipe dispõe de grande autonomia para desempenhar suas atividades, e em diversos momentos a escola pediu auxílio para compreensão de “casos problemas” e também teve muita receptividade quando a situação foi levada à escola pelos integrantes do projeto.
Para maior efetividade do trabalho tendo em vista fatores que interferem na saúde psíquica das crianças e adolescentes, levantou-se a necessidade de articulação da universidade e da escola, com outros dispositivos públicos mantendo uma agenda de trabalho comum com ESF e CRAS do território, o que se mostrou promissor para elaboração de novas frentes de pesquisa e extensão.
No que se refere aos adolescentes beneficiados pelo projeto, constata-se uma maior compreensão dos sentimentos e emoções, bem como a elevação da qualidade de suas relações em grupo, além de valorização dos seus aspectos positivos.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900