28/09/2019 - 15:00 - 16:30 CB-14A - GT 14 - Formação universitária e atuação profissional em saúde |
30521 - A ATUAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE E A NECESSIDADE DE (RE)CONHECER FATORES AMBIENTAIS CAPAZES DE INFLUENCIAR A SAÚDE DE POPULAÇÃO. JOSÉ ALEXANDRE SANTOS DO NASCIMENTO - IFPA, ANDRÉA FAGUNDES FERREIRA CHAVES - IFPA, FELIPE DA COSTA DA SILVA - UEPA, RAYMUNDO DAVID PINHEIRO FERNANDES BAIA - UEPA, LUCAS MATEUS COELHO NUNES - UEPA, JOÃO VICTOR SANTANA - UEPA, BIANCA DE SOUZA PITEL - UEPA, MARIA EDUARDA ASSUNÇÃO OGORODNIK - UEPA
Este estudo tem por objetivo contribuir para a efetiva atuação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na educação em saúde ambiental em populações urbanas na Amazônia. Participaram do estudo 20 ACS (90% do total) pertencentes à ESF da Cidade Nova VI, no município de Ananindeua/PA.
Foi adotada a metodologia do Caderno de Práticas e Soluções (CPS), descrita por Cavalcanti de Paiva (2017). Inicialmente foi registrada a percepção do pesquisador quanto ao conhecimento e abordagem do ACS participantes sobre saúde e meio ambiente em suas visitas domiciliares. Após os ACS foram estimulados a identificar riscos ambientais capazes de causar doenças à população local, através da metodologia de percepção ambiental e roda de conversa. Na terceira etapa o estudo registrou, juntamente com a equipe da ESF participante, cinco temáticas julgadas prioritárias para a educação em saúde ambiental. Tais temáticas foram utilizadas para o desenvolvimento do CPS para áreas urbanas da Região Amazônica. Os resultados demonstram que apenas 20% dos ACS participantes abordavam em sua visita domiciliar esta temática. A ESF não planeja eventos de educação em saúde ambiental, e também não promove capacitação para os ACS com esta temática. Cerca de 62% dos ACS julgaram, na primeira etapa de estudo, que a temática era referente somente à profissão de Agente de Endemias. Após a prática de percepção ambiental os ACS participantes apontaram, com estímulo da equipe de estudo, algumas áreas e práticas da própria comunidade capazes de prejudicar a saúde, das quais destacam-se: lançamento de resíduos e entulhos em terrenos desocupados; ligação clandestina na rede de abastecimento de água; abandono da praça do bairro; feira livre do bairro sem recipientes de armazenamento de resíduos suficientes, presença de vetores e com sistema de drenagem ineficiente; lançamento de esgoto sanitário diretamente no solo. Os ACS participantes foram estimulados a contribuir com a equipe de no desenvolver o CPS para áreas urbanas, com soluções simples para os problemas ambientais identificados, e linguagem acessível à população local. Este estudo foi capaz de demonstrar que com estímulo e capacitação os ACS podem contribuir com a redução da vulnerabilidade da população de áreas periféricas da Amazônia, com a educação em saúde ambiental, utilizando o CPS como instrumento de tecnologia social.
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