28/09/2019 - 15:00 - 16:30 CB-14A - GT 14 - Formação universitária e atuação profissional em saúde |
30848 - AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INTEGRANDO UNIVERSIDADE E A COMUNIDADE PEDRO ALEIXO SOARES - UFAL, JULIANA MENEZES DOS SANTOS - UFAL, ELISÂNGELA SABINO DA SILVA - UFAL, JOSINEIDE FRANCISCO SAMPAIO - UFAL
AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: INTEGRANDO UNIVERSIDADE E A COMUNIDADE
Contextualização:
Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência acerca das atividades do projeto de extensão Integração Escola, Segurança Pública e Universidade - IESU, vinculado à Universidade Federal de Alagoas, contemplada por financiamento interno (Programa Círculos Comunitários de Atividades Extensionistas ProCCAExt 2018).
Descrição:
O projeto em promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida das crianças e pré-adolescentes em idade escolar, que vivem em situação de vulnerabilidade. Realizando atividades multidisciplinares com graduandos de Pedagogia, Psicologia, Educação Física, Enfermagem, Nutrição, Odontologia e Medicina na comunidade Denisson Menezes, localizada na área vicinal do campus A.C. Simões, da Universidade Federal de Alagoas- UFAL. As ações ocorreram aos sábados pela manhã, na Escola Municipal Denisson Menezes.
Período de realização: 08/04/2017 a 13/04/2019
Objetivo:
Relatar a experiência da equipe multidisciplinar do Projeto IESU no desenvolvimento de atividades de promoção da saúde para crianças e pré-adolescentes na comunidade Denisson Menezes, Maceió-AL.
Resultados:
A partir da interdisciplinaridade, é possível enxergar múltiplas maneiras de abordar temas relacionados à saúde física, psicológica e social da realidade dos participantes, promovendo atividades para trabalhá-las de forma lúdica e interativa. Pretendeu-se, assim, agregar aos graduandos a capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares, de forma interdisciplinar. Além disso, na vida das crianças e pré-adolescentes integrantes do projeto foi construído um ambiente favorável a eles, no qual se enxergam enquanto seres com potencialidade e possibilidades para irem além do que tem disponível na realidade local; por meio das atividades em saúde trabalharem comportamento em grupo, sentimentos, motricidade, raciocínio e criatividade. A implantação de oficina como uma forma de atividade contribuiu para que o envolvimento e a participação de todos. O idealizar, construir e colocar em prática aquilo que se consegue apreender foi um ponto forte. Contribuindo assim, para construção de relações mais horizontalizadas e a criação de relacionamento entre a universidade, serviços de saúde e a comunidade (TAVARES et al., 2007).
Aprendizados:
A partir das informações sobre a saúde das crianças com os pais, mães e/ou responsáveis. Além das avaliações periódicas, realizamos também atividades lúdicas e interativas relacionadas à alimentação saudável, higiene corporal e bucal, saúde mental, por meio de dinâmicas de grupo, jogos, gincanas, rodas de conversa, contação de história, oficinas, passeios e confraternização. O projeto revelou-se o potencial extensionista na formação em saúde. Segundo Castro e Mattos (2004), à universidade cabe formar pessoas comprometidos/as com as necessidades sociais e a construção de saberes que tenham os princípios do SUS como fundamento da sua ação (equitativo e inclusivo), bem como produzir conhecimentos relevantes e novas metodologias.
Análise crítica:
A partir da divulgação e visita domiciliar nas famílias realizadas em agosto de 2018, se observou a necessidade de pensar novas estratégias de comunicação e integração com a comunidade. Isso nos permitiu observar, como afirma Rodrigues (2004), que a extensão tem características potencializadoras de mudanças com o intuito de transformar a realidade através da realização de ações que pressupõe articular teoria e prática, valoriza a troca de experiências e saberes entre graduandos da área da saúde e educação, e, acima de tudo, promove o exercício de cidadania por meio da aproximação com a comunidade, fomentando a articulação acadêmica tendo em vista a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, construindo a extensão como espaço de vivências e confrontos entre teoria e prática em um processo dialógico e socialmente comprometido com a participação, criatividade e ludicidade, com a finalidade de possibilitar o aprendizado de práticas de (auto) cuidado junto com os participantes. Desse modo, a articulação saber-poder-fazer se desenvolve no sentido da prática, com vários desdobramentos para além da universidade (LEIS, 2005).
Referências
CASTRO, L. M. C..; MATTOS, R. de A. Extensão universitária: possibilidade de formação mais emancipadora na área da saúde. Anais do 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária. Belo Horizonte, 2004.
LEIS, H. R. Sobre o conceito de interdisciplinaridade. Cadernos de Pesquisa Interdisciplinar em Ciências Humanas. Florianópolis – SC, v. 6, n. 73, ago. 2005.
RODRIGUES, R. A extensão universitária como uma práxis. Extensão, v. 5, p. 84-88, 2006.
TAVARES, D. M. dos S. et al. Interface ensino, pesquisa, extensão nos cursos de graduação da saúde na universidade federal do Triângulo Mineiro. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v.15, n. 6, p. 1080-1085, nov./dez, 2007.
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