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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO-35D - GT 35 - Vulnerabilidade Infanto-Juvenil: Configurações e Enfrentamentos

30125 - CONHECIMENTOS E PRÁTICAS DE PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA SOBRE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
FABIA ALEXANDRA POTTES ALVES - UFPE, LUANA AMORIM DA SILVA - UFPE, JAEDSON CAPITÓ DE SANTANA - UFPE, RUTE COSTA DA SILVA - UFPE, MARIA ILK NUNES DE ARAÚJO - UFPE, GABRIELA CUNHA SCHECHTMAN SETTE - UFPE, MARIA WANDERLEYA DE LAVOR CORIOLANO-MARINUS - UFPE


Apresentação/Introdução: O desenvolvimento socioemocional infantil está relacionado a capacidade da criança em experimentar, expressar e gerenciar suas emoções, estabelecer e manter relacionamentos sociais e explorar ativamente o meio ao seu redor. O comportamento dos pais/cuidadores pode tanto favorecer quanto prejudicar o desenvolvimento socioemocional da criança. Os profissionais de saúde da Estratégia Saúde da Família devem ser responsáveis pela vigilância do desenvolvimento, a qual compreende a avaliação do desenvolvimento, além de orientações para sua promoção aos cuidadores. Constitui objeto de estudo deste trabalho, a investigação dos conhecimentos e práticas de profissionais da Estratégia de Saúde da Família sobre o desenvolvimento socioemocional infantil, procurando entender sua atuação acerca da vigilância dos marcos do desenvolvimento, como também o seu papel na orientação das famílias de crianças na primeira infância. Objetivo: Analisar conhecimentos e praticas de trabalhadores de saúde da estratégia saúde da Família sobre a promoção do desenvolvimento socioemocional infantil. Metodologia: Estudo qualitativo, realizado com 29 profissionais, divididos em 4 equipes multiprofissionais de 2 USF, localizadas no bairro da Várzea, no DS 4 no município do Recife-PE. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas individuais com cada profissional, utilizando roteiro de entrevista semiestruturada. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas de maneira precisa e fidedigna. Em seguida os dados transcritos foram transportados para o software Atlas T.I, versão 8.0, sendo codificados gerando 256 códigos e posteriormente categorizados formando 10 categorias. Resultados e discussão: Dos 29 participantes da pesquisa, a maioria é do sexo feminino (96,55%), tem filhos (75,86%) e concluiu o ensino superior (48,27%). Os mesmos têm de 29 a 56 anos de idade e possuem de 2 a 24 anos de experiência na atenção básica. Os códigos desenvolvidos foram retratados em 10 categorias temáticas (Puericultura, Abordagem sobre o desenvolvimento socioemocional, Caderneta de saúde da criança, Formação dos profissionais da saúde, Fatores que interferem na identificação e tratamento das alterações no desenvolvimento infantil, Trabalho em equipe, Dificuldade na rede de atenção à saúde, Participação familiar no cuidado, e Violência). Para a maioria dos profissionais, a abordagem sobre o desenvolvimento infantil surge a partir da queixa do cuidador e/ou das alterações encontradas na criança. E aqueles que realizam orientações, consideram que as mesmas são superficiais e gerais, devido à sobrecarga de atendimentos, como também a necessidade de incorporação de conhecimentos sobre o tema. Em relação ao uso de materiais e instrumentos utilizados na consulta, o estudo mostrou que alguns profissionais não sabem diferenciar aqueles utilizados no acompanhamento e desenvolvimento infantil, e aqueles utilizados para acompanhar o crescimento, além de não ter um preenchimento adequado da caderneta de saúde da criança, cujo instrumento auxilia no monitoramento do crescimento e desenvolvimento infantil. Quando se trata da caderneta de saúde da criança, a maioria dos profissionais não preenchem a parte que apresenta os marcos do desenvolvimento infantil. Nenhum ACS, técnico de enfermagem e equipe de saúde bucal realiza esse preenchimento. De todos profissionais entrevistados alguns enfermeiros afirmaram preencher a parte dos marcos do desenvolvimento na caderneta. Os médicos afirmam avaliar e acompanhar o desenvolvimento infantil, porém não preenchem essa parte da caderneta, colocando essas informações no prontuário da criança. Os principais motivos para a não avaliação e preenchimento dos marcos do desenvolvimento na caderneta foram: ausência de hábito, falta de conhecimento, registro de informações no prontuário, falta de tempo e acreditam não fazer parte das suas responsabilidades. Conclusão: A maioria dos profissionais não se sentem capacitados para avaliar e promover o desenvolvimento socioemocional na primeira infância, chegando a não abordar sobre o mesmo, ou só abordar se existir alguma alteração ou queixa por parte dos cuidadores. Por outro lado, os profissionais possuem desejo e interesse em realizar cursos e capacitações sobre essa temática. Aqueles que avaliam o desenvolvimento socioemocional, relatam existir dificuldades em iniciar e dar continuidade no tratamento quando identificam alguma alteração no desenvolvimento infantil, dificuldades encontradas tanto na rede de atenção à saúde quanto com os cuidadores.
Descritores: Desenvolvimento infantil; Educação em saúde; Atenção Primária à saúde; Pesquisa qualitativa.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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