29/09/2019 - 13:30 - 15:00 EO-8E - GT 8 - Processo de Trabalho, Saberes e Praticas na Saúde |
30021 - SEGURANÇA DO PACIENTE: CONHECIMENTO E PRÁTICA DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM LUANA DA SILVA MELO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, ANA ALINE MATOS DE MEDEIROS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, GABRIELA MARIA CAVALCANTI COSTA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, VIVIANE EUZEBIA PEREIRA SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, ELOIDE ANDRÉ OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, SUELY DEYSNY DE MATOS CELINO - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACISA
APRESENTAÇÃO/INTRODUÇÃO: Nos últimos tempos reflexões sobre segurança do paciente durante a assistência à saúde vem ganhando destaque, afinal pesquisas recentes revelam o impacto econômico relacionado a eventos adversos provocados pela assistência inadequada. As dificuldades de identificar e relacionar esses eventos adversos à prática faz com que passem despercebidos pela equipe de enfermagem e gestão. Dentro da equipe de enfermagem, os técnicos são os principais protagonistas fundamentais quando se refere à segurança do paciente, visto que são estes profissionais que mantem um contato contínuo e direto com os pacientes, o que os tornam responsáveis junto com os enfermeiros realizar medidas efetivas para prevenção e controle de infecções. OBJETIVO: Compreender o significado da segurança do paciente para os técnicos de enfermagem atuantes nas Unidades Intensivas de Tratamento (UTI). METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, realizada no período de agosto a novembro de 2018 após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da CEP/CESED, mediante o número do CAEE:01179418.2.0000.5175. A população de amostra foi constituída por 55 técnicos de enfermagem atuantes nas UTIs de Hospitais Públicos de grande porte de referência na rede de atenção à saúde de urgência e emergência da Paraíba. A coleta de dados foi realizada através de entrevista e observação sistemática, com roteiro semiestruturado, registrada através de aparelho eletrônico mp4. E análise dos dados realizada através da Análise de Conteúdo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Considerando a complexidade e gravidade do paciente internados nas UTIs, aumenta-se os riscos de profissionais deste setor acabar se envolvendo em um incidente relacionado à segurança do paciente. Assim, com relação ao conhecimento sobre o conceito segurança do paciente, os achados revelam que a maioria dos técnicos tem conhecimento sobre o tema, embora apresentem dificuldade de organizar as ideias. Da amostra total, a maioria apresentou respostas coerentes com o conceito, e alguns tiveram dificuldade de formular o conceito real, confundindo o conceito de segurança do paciente assistencial com a segurança jurídica, visto que, as instituições utilizadas para o estudo são referências em acolhimento de pacientes privados de sua liberdade. Esse desconhecimento sobre segurança do paciente pode estar associado com o fato da existência de vínculo empregatício precário, visto que, na instituição pesquisada existem profissionais concursados, celetistas e diaristas. Isso provoca um elo entre a instituição e o profissional muito fraco, ocasionando desinteresse na melhoria do serviço. Esse elo fraco é observado quando questionados sobre as abordagens do tema pela instituição de trabalho incluindo treinamento, palestra, ação educativa ou implantação de protocolos sobre segurança do paciente, visto que a maioria afirmou que as instituições pesquisadas não realizam essa abordagem. Assim foi constatado pelas entrevistas que não existe, nas duas instituições pesquisadas, momentos de educação permanente sobre esse assunto específico. Nesse contexto, torna-se imprescindível que a equipe de enfermagem, conheça e coloque em prática, durante sua assistência, a cultura de segurança. Dessa forma, referente às ações e práticas que os técnicos realizam para manter a segurança do paciente, grande parte dos profissionais afirmaram praticar ações para manter a segurança do paciente. Entre as práticas de segurança confirmadas pelos profissionais, que estão descritas em protocolos estão: administração segura de medicação, prevenção de quedas, ações de protocolo de lesões por pressão, identificação do paciente, higienização das mãos. CONCLUSÕES/ CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo atingiu os objetivos propostos inicialmente referentes aos conhecimentos dos técnicos sobre o tema assim como as suas ações aplicadas para manter a segurança do paciente. Verificou-se que a falta de capacitação dos técnicos e a falta de abordagem do tema por parte das instituições avaliadas tem contribuição para a assistência técnicas insatisfatória.
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