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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-8B - GT 8 - Vivências Participativas e o Direito à Saúde

30330 - POLITIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: CAMINHO PARA O FORTALECIMENTO DO MODELO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE VIGENTE NO BRASIL
MICHELLY DE OLIVEIRA LEOPOLDINO - UNIT, FABIANI TENÓRIO XAVIER - UNIT, ALAN DA SILVA ANDRADE - UNIT, JULIANA DE SOUZA OLIVEIRA - UNIT, ANA PAULA MIYAZAWA - UNIT, MAGDA MATOS DE OLIVEIRA - UNIT, THAYS FERNANDA COSTA SILVER - UNIT


CONTEXTUALIZAÇÃO
Desconstruir os modelos conservadores de ensino baseado numa assistência fragmentada com pouca ou quase nenhuma problematização dos fatores que contemplam a prática do cuidado, se tornou um grande desafio na formação dos profissionais em saúde (ALMEIDA et. al. 2009). Nesse contexto, em 2001 se iniciou no Brasil um amplo debate promovido pelo Ministério da Saúde, Ministério da Educação e instituições correlatas sobre a necessidade de reformular os aspectos na formação dos profissionais em saúde no país (BRASIL, 2001).

Dessa forma e em comunhão com o movimento escolanovistas do século XX, o debate resgatou o processo do aprender a aprender, objetivando retomar a valorização da formação baseada em autonomia, pensamento crítico, raciocínio lógico e proatividade que contribui para o atendimento eficaz das demandas sociais e consolidação dos princípios do Sistema único de Saúde (SUS) (COSTA, s/d). Em consequência das discussões criou-se o Plano Nacional de Educação aprovado pela Lei nº 10.172/2001 que estabeleceu as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) calcadas numa orientação político-pedagógica coletiva, diversificada, corresponsabilizada e focada nas necessidades sociais (BRASIL, 2001a).

Logo as Instituições de Ensino Superior (IES) passaram a compor um cenário importante na reforma educacional proposta desde as décadas de 30 e 50 por meio dos Manifestos da Educação, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB/96) e a Lei Orgânica da Saúde (LOS nº8080/90) (COSTA s/d a), pois, constituem um dos espaços sociais mais importantes para o desenvolvimento do pensamento crítico que através da reflexão teórica instrumentaliza práticas éticas, bioéticas, políticas e humanísticas capazes de modificar a situação de vulnerabilidade dos indivíduos e coletividade.

DESCRIÇÃO
Trata-se de um relato de experiência referente às atividades semanais das disciplinas de Atenção na Saúde da Família e Enfermagem em Saúde Pública (Estágio Curricular I), realizadas por três acadêmicos, ora no espaço universitário de uma IES particular, ora em Unidade Básica de Saúde no município de Maceió. Durante os últimos semestres observou-se que os alunos matriculados nas disciplinas supracitadas manifestaram pouco ou quase nenhum interesse sobre a dinâmica das políticas públicas em saúde, quiçá sobre o desmonte das mesmas, especialmente o SUS. O desapego acerca da conjuntura político-social no país, que vem impactando negativamente na vida das comunidades e categoria profissional em questão, é expresso em sala de aula, no campo de estágio e na ausência em eventos que promovem amplo debate sobre o cenário.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
De janeiro de 2018 a maio de 2019.

OBJETIVO
Relatar o apático comportamento político-social dos graduandos em enfermagem de uma IES privada.

RESULTADOS
A proposta da reorientação curricular frente à formação do enfermeiro conflui para o desenvolvimento do raciocínio crítico e epidemiológico capaz de planejar ações transformadoras quando profissional da área. À luz dessa perspectiva realizaram-se atividades de interferência que contemplam prática e reflexões sobre os constantes ataques à educação e saúde no país. Entretanto, notou-se séria fragilidade no engajamento dos discentes nesse processo, o que aponta para um comportamento de apatia científica, política e cidadã que deve preocupar todos os atores envolvidos no universo da formação em Enfermagem.

APRENDIZADOS
As mudanças das DCNs corroboram para o fortalecimento do compromisso de docentes, gestores da educação, saúde e estudantes junto à integralidade na assistência, uma vez que, aprofundam a discussão sobre o SUS e estimulam o contato precoce do aluno à prática cotidiana. Portanto, engajar-se com o universo do cuidado transcende a execução das técnicas que levam às boas práticas da enfermagem, significa também e, sobretudo, estar próximo social, político e humanamente da coletividade de tal forma, que essa responsabilidade comece com os indivíduos ainda em formação e seja impressa em ações solidárias e transformadoras na vida dos cidadãos.

ANALISE CRÍTICA
A intersetorialidade entre educação e saúde resulta num ajuste fundamental do processo pedagógico voltado à formação do profissional enfermeiro no Brasil que motiva, acima de tudo, o desenvolvimento de indivíduos politizados e engajados em ações que reduzem as vulnerabilidades das populações, o abismo entre formação e política e as demandas de sua categoria no cenário nacional. Sensibilizar os acadêmicos para o aproveitamento das prerrogativas ofertadas pelo espaço universitário durante sua formação consolida o reconhecimento da responsabilidade social imputada à enfermagem, promovendo o fortalecimento do modelo vigente de atenção à saúde no país.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900