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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-8B - GT 8 - Vivências Participativas e o Direito à Saúde

30467 - CONSTRUÇÃO DE UMA MATRIZ DE RESPONSABILIDADE NA QUALIFICAÇÃO DA ESTRUTURA MATRICIAL
CÁIO DA SILVA DANTAS RIBEIRO - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ - PE, CLEBIANA ESTELA DE SOUZA - SECRETARIA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MORENO - PE, DÉBORA MORGANA SOARES OLIVEIRA DO Ó - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ - PE, LARYSSA PRISCILLA MÉLO DOS SANTOS ALVES - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP. PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA., MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ - PE, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ - PE, ANAHI BEZERRA DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO


CONTEXTUALIZAÇÃO
No Brasil, o conceito de matriciamento tem sua raiz nos diálogos sobre a organização do trabalho em saúde, nos anos da década de 1990, após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O matriciamento é conhecido nas unidades descentralizadas do SUS como “apoio matricial”, na qual designa a explicação de compartilhar, apoiar e assumir as responsabilidades integradas de um caso de saúde ou doença específica de uma pessoa, ou de um ambiente comunitário. É considerada uma ferramenta associada à operação dos processos de trabalho, para facilitar e organizar o funcionamento entre duas ou mais equipes.
Uma das equipes envolvida no processo de matriciamento está relacionada à pessoa ou grupo de pessoas que está para ser/sendo cuidado; e a outra/outras equipe(s) assume a função de assistência ao usuário ou grupo, na ajuda de compreender o caso e criar possibilidades de ações de cuidado.
A formação dos trabalhadores envolvidos no processo de matriciamento está em construção, e a favor disso, o ministério de saúde do Brasil ofertam qualificações nesse aspecto. Contudo, observa-se a relevância do conhecimento, pelos profissionais, de assuntos diretos ao núcleo de saber dos envolvidos, e também em habilidades de manejo de grupos, construção de ações no território a partir de análises situacionais e discussão de casos interdisciplinar.
O apoio matricial utiliza alguns aspectos como pontos fortes de organização, como os conceitos de trabalho compartilhado e cogestão, interdisciplinaridade, visão ampliada do processo saúde-doença-cuidado. Além desses aspectos, o matriciamento objetiva a construção de corresponsabilidade no cuidado em saúde, pelas equipes multiprofissionais.
DESCRIÇÃO
Os apoios matriciais (AP) aconteceram duas vezes em cada uma das 6 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município da Vitória de Santo Antão, tendo o Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF) - Lídia Queiroz como equipe condutora do processo de matriciamento com as UBS. Nos AP participaram os profissionais e residentes do NASF e das UBS em questão: agentes comunitários de saúde, dentista, enfermeiro e técnicos de enfermagem.
Após dois meses de observação e participação nas reuniões de apoio matricial, foi solicitado pelos preceptores dos residentes inseridos no NASF, que identificassem problemas relacionados às discussões tidas em comum nos AP de todas as UBS.
Em reunião interna, os residentes elencaram três problemas principais: o grau de relevância das demandas, a participação ativa dos integrantes da equipe de saúde da família e a condução irregular do processo de matriciamento. Dentre os pontos apresentados foi destacado pelos profissionais presentes o ponto “condução irregular do processo de matriciamento” como fator responsável por dificultar o matriciamento e consequentemente desalinhando o processo de construção matricial. Ao discutir, foi decidido criar uma matriz de responsabilidade de condução do AP para que fosse apresentada às UBS e, se aprovada, implementar como base de delineamento da reunião.
A construção da matriz de responsabilidade para guia do AP seguiu as instruções de orientação e oportunidades de uso das ferramentas que o NASF pode utilizar, de acordo com o exemplar “Cadernos de Atenção Básica, número 39".
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Maio a Novembro de 2017
OBJETIVO
Apresentar a vivência de residentes, frente a uma matriz dinamizadora que auxilie a realização de apoios matriciais entre NASF e Estratégia de Saúde da Família.
RESULTADOS
A matriz foi apresentada em reunião interna à equipe, como proposta de planejamento matricial, a fim de propor uma organização no processo de matriciamento. Na ocasião acordou-se melhorias no processo de trabalho dos técnicos de referência, seguindo uma matriz para institucionalização do processo. No entanto, nem todos aderiram, mantendo o mesmo apenas como repasse de demandas e reclamações. Quanto à matriz de responsabilidades chegou a ser esboçada em apenas uma unidade.
APRENDIZADOS
Percebe-se assim, que os objetivos propostos pelo apoio matricial se tornam um mecanismo forte a ser utilizado pelas autoridades de saúde, para conduzir momentos compartilhados e facilitadores no processo de análise e desenvolvimento de intervenções entre equipe básica, e de ponta, gestor e população, servindo como espaço inicial de pactuações da atenção primária à saúde.
ANÁLISE CRÍTICA
Como problemática na operacionalização do matriciamento, atribui-se às dificuldades encontradas o processo de gestão de pessoas, onde cada indivíduo deve compreender o saber de forma partilhada, e nesse processo nem sempre se encontram pessoas disponíveis ou aptas para assumir responsabilidades. Também é atribuído à problemática, a amplitude das atividades a serem desenvolvidas, pois se observa a pouca eficiência do apoio matricial como metodologia de ampliação das tecnologias de gestão.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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