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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-8B - GT 8 - Vivências Participativas e o Direito à Saúde

30565 - A ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE COMO INVIABILIZADORA DA PRÁTICA EXTENSIONISTA
MARINA GOMES DA SILVA PONTES - UNIT/AL, CAMILLA ROZENDO BEZERRA - UNIT/AL, NIVEA SANTOS LEOPOLDINO - UNIT/AL, JOSINEIDE FRANCISCO SAMPAIO - UFAL


CONTEXTUALIZAÇÃO

É bem explícita e de fundamental importância a função desempenhada pela equipe de saúde da ESF, estabelecendo suas competências acerca de sua assistência adequada e de qualidade, assentado pela Portaria n° 648/GM de 28/03/06 que permite, assim, a consumação de tomadas de decisões e práticas de intervenções à promoção de saúde. Contudo, ainda é evidente a dificuldade que esses profissionais possuem de romper as barreiras para executar uma assistência de qualidade. O desafio encontrado de exercer funções de rotina com competência e qualidade, acontece devido à carência de profissionais aptos e qualificados, apresentando um perfil para atuar na área de ESF (JUNQUEIRA, 2008; MAGNAGO, PIERANTONI, 2015).

DESCRIÇÃO
O projeto de extensão Saúde na Escola: Parceria Universidade e Comunidade – SEPUC pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL, a promoção da saúde a escolares e à comunidade em condições vulneráveis em Maceió/AL, por meio de ações de educação em saúde em parceria com uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da ESF e uma escola de Ensino Fundamental localizadas no bairro da periferia onde as atividades são desenvolvidas, facilitando a participação do público-alvo.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Trata-se de um relato de experiência vivenciado entre os meses de agosto de 2018 a maio de 2019.

OBJETIVO
Descrever a experiência vivenciada por alunos de graduação dos cursos da área da saúde e afins em um projeto de extensão interdisciplinar – SEPUC – e relatar os desafios e impasses encontrados para o desenvolvimento das atividades do projeto ligadas a atuação dos profissionais de saúde da UBS.

RESULTADOS
O desestímulo e desmotivação dos profissionais em realizar as atividades foram perceptíveis. Especialmente em prestar assistência em saúde além do que normalmente é realizado rotineiramente, com poucas ações visam a integralidade do cuidado, com o envolvimento da comunidade e a práticas para promoção da saúde.
Além das desmarcações de compromissos firmados no planejamento conjunto entre a coordenação do projeto e os profissionais de saúde envolvidos, poucos profissionais se prontificaram para realizar as atividades, um ponto muito importante foi a desvalorização dos momentos de educação em saúde, sendo possível perceber a frustração de não apresentar um caráter assistencial. Tornou-se evidente, desta forma, que a educação e a promoção não são priorizadas pelos próprios profissionais.

ANÁLISE CRÍTICA
Na perspectiva da promoção da saúde, as ações educativas devem ser desenvolvidas e implementadas de forma que sejam condizentes com a promoção da saúde dos indivíduos, uma vez que a mesma deve apresentar-se enquanto instrumento capaz de estimular o empoderamento dos indivíduos envolvidos nas atividades (BEZERRA, 2014). Sendo esta a proposta do projeto de extensão, muitas de suas atividades foram inviabilizadas, devido a não realização das tarefas assumidas pelos profissionais durante o planejamento.
Assim, a promoção da saúde deve ser definida enquanto "processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo" (BRASIL, 2002 p.19).
Neste sentido, nota-se a importância em promover um projeto de extensão interdisciplinar de atuação com ênfase na saúde. No entanto, para isso ser concretizado é preciso um trabalho em conjunto com UBS e que ocorra a efetiva integração entre serviços de saúde e instituições de ensino. O que foi observado nessa experiência é que os profissionais de saúde demostraram, por meio de suas atitudes, desinteresse em participar das reuniões de planejamento e da execução das atividades educativas na comunidade, inviabilizando a sua continuidade.

REFERÊNCIAS

BEZERRA, I. M. P. et al. O Fazer de profissionais no contexto da educação em saúde: Revisão sistemática. Journal of Human Growth and Development, v. 24, n. 3, p. 255-262, 2014. Disponível em: . Acesso em: 24 mai 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto promoção de saúde: Carta de Ottawa. Secretaria de Política de Saúde. Brasília – DF, p.19, 2002. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf>. Acesso em: 24 mai 2019.

JUNQUEIRA, S. R. Competências profissionais na estratégia Saúde da Família e o trabalho em equipe. Módulo Político Gestor. Especialização em Saúde da Família, p. 141-168, 2008.
Disponível: < https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unidade_9.pdf>. Acesso em: 24 mai 2019.

MAGNAGO C.; PIERANTONI C. R. Dificuldades e estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, na perspectiva dos gestores locais: a experiência dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Rio de Janeiro, v. 39, n. 104, p. 9-17, 2015. Disponível em: . Acesso em: 24 mai 2019.

local do evento

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