29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-3E - GT 3 - Metodologias em pesquisa e formação sob a ótica da Análise Institucional |
31379 - O ENSINO DA HUMANIZAÇÃO NAS PRÁTICAS DE INTERNOS DE MEDICINA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ABORDAGEM SOCIOCLINICO INSTITUCIONAL
LUCILLE ANNIE CARSTENS - EEAAC/UFF - RJ, LUCIA CARDOSO MOURÃO - ISC/UFF;EEAAC/UFF, ANA CLEMENTINA VIEIRA DE ALMEIDA - EEAAC/UFF, JULIANA DE GREGÓRIO OLIVEIRA - EEAAC/UFF, VILMA VIEIRA SILVA - EEAAC/UFF, ISABEL CRISTINA DE MOURA LEITE - EEAAC/UFF; ETIS/SES, PATRÍCIA RIBEIRO DA SILVA MAIA TEIXEIRA - EEAAC/UFF, LUTIANNI DIAS BRAZOLINO - EEAAC/UFF, RAPHAEL SAMPAIO DOS SANTOS - EEAAC/UFF, FABÍOLA BRAZ PENA - EEAAC/UFF, CARLOS HENRIQUE PACHECO - EEAAC/UFF, PEDRO SANCHES CORREA - FACULDADE DE MEDICINA/UFF
Introdução:Trata-se de estudo que traz como objeto o Ensino da Humanização na formação dos internos de medicina a ser incorporada nas práticas de cuidado da Estratégia Saúde da Família”. A Humanização é característica importante na assistência, gestão e educação em saúde. Entretanto, nos cenários de prática, existe aparente falta de padronização ou sistematização para seu desenvolvimento como parte das competências a serem adquiridas pelos internos de medicina.
Objetivo: Verificar o conhecimento dos internos de medicina e preceptores na ESF sobre a Política Nacional de Humanização (PNH); investigar práticas de humanização utilizadas nas práticas ensino-serviço; propor a elaboração de um instrumento para reflexão do conceitos da PNH durante a graduação, produto deste estudo.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa intervenção, com abordagem qualitativa, realizada nos anos 2017 a 2019, tomando como referencial teórico metodológico a Análise Institucional na modalidade socioclínica institucional. Escolhe como participantes preceptores e internos de medicina que atuam em cinco unidades da ESF de um município do Rio de Janeiro. Os dispositivos de coleta de dados foram encontros com os participantes e um diário do pesquisador para análise de suas implicações. A coleta de dados aconteceu após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética sob o número CAAE 83367918.3.00005245. Um primeiro encontro foi realizado com os internos de medicina, onde utilizou-se um dispositivo de formação adaptado ao “Groupe d’entreinement à l´analyse de situations educatives” - GEASE, para favorecer os debates sobre a humanização. Um segundo encontro foi realizado com os internos e preceptores em junho de 2018, utilizando-se como dispositivo um roteiro de questões e um terceiro encontro de restituição, foi realizado em novembro de 2018.
Resultados e discussão: Os dados coletados foram submetidos a diversas leituras e em um primeiro movimento, procurou-se identificar nos debates as características da socioclinica institucional. Novas leituras permitiram identificar o eixo “as implicações dos participantes com a humanização na formação”, “o analisador natural tempo” e o analisador construído “o sofrimento como analisador da humanização na formação e nas práticas dos profissionais de saúde” . A análise do primeiro eixo colocou em evidência as contradições no processo ensino aprendizado ao constatar que o PNH é discutido nos primeiros períodos da graduação, mas que vai se perdendo nos períodos mais avançados. Ficou evidente a falta de práticas humanizadas nas relações medico paciente, equipe e paciente, preceptores e acadêmicos. O analisador tempo, revelou as demandas as instituições saúde e educação em buscas de estratégias de práticas mais humanizadas na graduação.O estudo apontou que o diálogo e a boa comunicação com pacientes e equipe são práticas favorecedoras da humanização e que a ESF constitui-se em um cenário favorecedor do aprendizado de práticas humanizadas. Os participantes relataram que a metodologia proposta pela socioclinica institucional foi importante para que avaliassem seu conhecimento e seu papel como pessoas e profissionais no âmbito da saúde e o dispositivo de formação foi testado e aprovado pelos participantes, constituindo-se em uma das estratégias a ser implementada no internato da ESF do curso de medicina.
Conclusões: Pode-se considerar, que ainda há situações de distanciamento entre o que se pretende com a PNH e as práticas dos profissionais de saúde, havendo necessidade de ampliar os estudos e os debates sobre esta temática
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