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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-3F - GT 3 - Transformações nas profissões em saúde: análise das Práticas Profissionais em curso

30482 - ANÁLISE INSTITUCIONAL DAS PRÁTICAS PROFISSIONAIS DE APOIADORES DE HUMANIZAÇÃO E ARTICULADORES DE EDUCAÇÂO PERMANENTE EM SAÙDE
CINIRA MAGALI FORTUNA - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., GILLES MONCEAU - UNIVERSITÉ DE CERGY-PONTOISE, ADRIANA BARBIERI FELICIANO - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS., MARISTEL KASPER; - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., MONICA VILCHEZ DA SILVA - DEPARTAMENTO REGIONAL DE SAÚDE III ARARAQUARA, SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO., THALITA CAROLINE CARDOSO MARCUSSI - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO., FLÁVIO ADRIANO BORGES - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, MÁRCIA NIITUMA OGATA - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS


Introdução: As politicas Nacionais de Humanização e de Educação Permanente em Saúde são estratégicas para a consolidação do Sistema Único de Saúde no Brasil. São Politicas que foram propostas em momentos de investimentos na formação de trabalhadores para o SUS envolvendo atores do quadrilátero: usuários, estudantes e professores, gestores e trabalhadores (CECCIN, 2005). Hoje esse cenário está bem diferente especialmente à nível nacional embora ainda não tenha ocorrido oficialmente o desmonte delas, mas há clara perda de investimentos na logica inicial de construções ascendentes de propostas envolvendo o quotidiano dos serviços. A Politica de Humanização caracteriza-se como transversal a todos os pontos do Sistema Único de Saúde sem apresentar formas pré-definidas de atuação, propondo dispositivos. Essas duas Politicas adotam terminologias da análise institucional como analisadores, dispositivos, autoanálise, autogestão entre outros. Com a institucionalização dessas duas politicas vivenciamos a colocação em ato de aspectos aos quais elas vieram se contrapor, por exemplo, propostas de trabalhadores que enfrentam as inadequadas condições de trabalho com protocolos e medidas que dificultam o acesso dos usuários aos serviços. Para a análise institucional, as instituições tendem a reproduzir aquilo que vieram combater e o instituinte é capturado pelo instituído no processo de institucionalização No contexto de implementação dessas duas politicas em um território de 24 municípios, desenvolvemos uma pesquisa intervenção (FAPESP-PPSUS 2016/15199-5) com o quadro teórico da sociolinica institucional (MONCEAU, 2013). O objetivo recortado para esse trabalho é analisar aspectos das práticas profissionais de apoiadores de humanização e articuladores de educação permanente em saúde. Apresentamos aqui alguns de seus resultados. Resultados e discussão: A análise das práticas profissionais desses atores foi realizada ao longo de dois anos nessa investigação e os dispositivos utilizados foram muitos alguns mais aproximados do método multirreferencial de análise de práticas Gease (Groupe Entraînement de Analyse de Situations Éducatives) (SPAGNOL, LORENCE;DUFOURNET-COESTIER; SILVA, 2019). Durante o processo da pesquisa as práticas profissionais na função apoio de humanização e de articulação de educação permanente em saúde foram se modificando mas ainda permanecendo muito carregadas das práticas profissionais aprendidas na profissão inicial (enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, serviço social, dentre outros). Há diferentes práticas profissionais nesses afazeres. Estão presentes práticas pedagógicas bancarias também práticas pedagógicas mais participativas. Estão presentes praticas de apoio na perspectiva de atender, sem problematizar, as demandas das equipes como, por exemplo, demandas de relaxamento devido a sobrecarga do trabalho. Outro aspecto que aparece com ênfase é o não realizar das funções se não houver reuniões de equipes e rodas apegando-se a uma ideia fixa e de único formato. Podemos dizer que realizar junto as equipes apoio institucional e articular a educação permanente em saúde requer o deslocamento de práticas profissionais já sedimentadas nas profissões iniciais desses participantes, portanto a interrogação das práticas instituídas nas profissões para a produção coletiva de práticas colaborativas e que possibilitem a análise das práticas profissionais. No momento ainda predomina a ideia de que as praticas profissionais desses dois atores é realizada à partir da competência individual, adquirida por mérito e por isso reconhecida pelo gestor para ocupar esse lugar indicando-o. Nesse sentido, dispositivos estão sendo criados pelo grupo de pesquisadores (que envolve pessoas que desenvolvem essas funções) para a produção de um coletivo que possa experimentar e instituir práticas profissionais de apoio e EPS mais voltadas para a análise e aprendizado no trabalho, com o trabalho e pelo trabalho.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900