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29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-3D - GT 3 - Formação em saúde: reflexões a partir da Análise Institucional

30983 - A CIR COMO ESPAÇO PARA (RE) SIGNIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO SANITARISTA NO INTERIOR DE PERNAMBUCO NO INTERIOR DE PERNAMBUCO: UM RELATO SOBRE VIVÊNCIAS
JESSICA APARECIDA SOBRINHO SILVA - ESPPE - SES - PE, ANDRESA LIRA SILVA - ESPPE - SES - PE


Atualmente tem se pensado e discutido muito sobre as novas formas de fazer gestão dentro do SUS, buscando que a realidade de cada território se protagonize. Vendo o processo de regionalização ganhar cada vez mais acreditação, dentro desse processo de reorganização do SUS, esta visão regional têm se intensificado e sido cada vez mais fortalecida por se aproximar do que almejamos para uma gestão de melhor qualidade.
No caminhar de todo esse processo, percebe- se então a necessidade de qualificar os profissionais para atuarem com uma visão melhor acerca do território. Surgem assim as residências Multiprofissionais em saúde, promulgadas pela Lei 11.129/2005(BRASIL, 2005). E assim, como forma de acreditação no processo de regionalização, vêm caminhando, em pequenos passos, a Escola de Saúde Pública de Pernambuco (ESPPE), que em 2015 cria o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva com ênfase em gestão de Redes de Saúde (PRMSC – Redes).
Estando o programa em sua terceira turma, com oito equipes, onde sete categorias profissionais as compõem, distribuídas uma por cada regional, acontecendo atualmente em regiões de saúde que vão da Zona da Mata ao Sertão, tendo como maior objetivo desenvolver atividades interiorizadas e fortalecendo as gerências regionais de saúde (GERES), reforçando o processo de pensar saúde em rede e de como gerir estas redes, da ótica do micro para o macro dentro do SUS.
Com esse caráter diferencial, a formação sanitarista, foca nessa articulação e gestão das redes de saúde dessas regionais. Ficamos imersos em todas as atividades que ocorrem em uma GERES, e aqui queremos ressaltar a importância e o que foi notado como diferencial deste programa se comparado a outros de saúde coletiva, no estado de Pernambuco, foi a possibilidade de trazer reflexões e observação ativa do processo de uma comissão intergestores regionais (CIR), sendo a mesma um espaço e instrumento de construção de uma gestão compartilhada no SUS.
Tendo assim o Decreto 7.508 de 28 de Junho de 2011, orientando sobre a construção de redes regionalizadas, a CIR se apresenta como instância deliberativa composta por representantes do estado e todos os secretários municipais de saúde de um determinado território/ região de saúde com capacidade de provisão de serviços de saúde em distintos níveis de atenção. Sendo seu objetivo viabilizar, por meio de um planejamento regional integrado, a integralidade de ações e serviços nessa região de saúde e na organização dos territórios sanitários.
Este relato de experiência, criado a partir das vivências, e materiais produzidos como portfólios e relatórios de rodízios pelos setores da GERES, do primeiro e parte do segundo ano de residência (março/2018- maio/2019), tem por objetivo, trazer reflexões acerca do processo de formação em saúde coletiva, tendo como diferencial a observação ativa, dentro desse processo de gestão de uma CIR e a possibilidade de troca de experiências vividas em cada regional a partir dos módulos teóricos, dando um olhar mais aguçado a realidade de cada região do estado, como estratégias para qualificação profissional mais voltada às novas demandas do SUS.
Verificamos que a composição da CIR se dá, para além dos secretários de saúde dos municípios que compõem a regional e a presença do gerente da GERES representando o estado, pela presença do quadro técnico da regional, o qual traz elementos e apresentações para fomentar as discussões sobre a pauta tratada no dia, facilitando assim o debate e colaborando com o gestor na hora de exercer a governança e tomada de decisões necessárias e alguns coordenadores municipais, que ampliam o leque de olhares de quem pensa a gestão.
Neste processo de observação ativa, o qual é de extrema importância para nós residentes, já que estamos focando em uma formação que vai possibilitar olhar para esses processos de governança de maneira mais atenta, pois a mesma atravessa nossa formação diretamente pelo perfil do programa e pela intenção central dentro do nosso processo de formação.
Pode-se observar criticamente que este espaço ainda contém algumas fragilidades, nos levando a algumas análises que permeiam, principalmente, ainda pelas frágeis políticas de gestão do trabalho e ausência de um olhar mais próximo sobre a gestão do sistema nas formações profissionais, verificando nosso programa de residência como um instrumento estratégico, já que nem toda formação sanitarista têm esse perfil e ocupa esses espaços, o qual culmina em profissionais com um olhar mais atento, para esse processo, sendo o mesmo um meio de fortalecimento para enfrentamento da construção compartilhada para o SUS.

local do evento

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