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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO-3B - GT 3 - Análise Institucional e Saúde Coletiva: inventando enfrentamentos na construção compartilhada do SUS

31492 - ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DAS CLÍNICAS DE FAMÍLIAS PARA GARANTIA DA INTEGRALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA EM CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL
FRANCY WEBSTER DE ANDRADE PEREIRA - IMS-UERJ, ROSENI PINHEIRO - IMS-UERJ, LUCIANE APARECIDA PEREIRA DE LIMA - SMS- CAMPO GRANDE


Contextualização e descrição: O estado do Mato Grosso do Sul tem uma população de 2.6 milhões de habitantes (IBGE,2016). Historicamente com custeio e priorização para Atenção Básica, com co-financiamento estadual, com 70,54% de cobertura da Estratégia Saúde da Família, com 582 Equipes de Saúde da Família, 528 Equipes de Saúde Bucal (70,10%), mais de 4.231 Agentes Comunitários de Saúde (86,18%) e 69 Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf AB) e três Equipes de Consultório na Rua. Já Campo Grande, conta com 864 mil habitantes (IBGE, 2016) que concentra cerca de um terço da população do estado. Hoje com 131 Equipes de Saúde da Família, 1.344 Agentes Comunitários de Saúde (89%), 10 Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) e uma Equipe de Consultório na Rua. Esta ampliação da cobertura da Estratégia Saúde da Família é recente, entre final 2017 e inicio 2018, passando de 35% para chegar mais 57% de cobertura, com 30 equipes novas de Saúde da Família. Ainda, segundo o Plano Municipal de Saúde (2018-2020), em agosto/ 2017, a Atenção Básica da capital contava com 24 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 42 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), que juntas sediavam 73 equipes de Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde (EACS) e 101 equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Tudo isto, exposto nos últimos 20 anos, temos um modelo assistencial local centrado na urgência e emergência com 10 unidades de pronto atendimento nas modalidades UPAS e centros regionais de saúde (CRS), em outras palavras, queixa–conduta, enquanto que na atenção básica somente com consultas agendados, sem garantia de acolhimento à demanda espontânea, além de não proporcionar resolutividade, também se mostra financeiramente insustentável, devido grande custo e baixo financiamento, sem compartilhamento com Governo Federal e Estado. Assim percebemos a necessidade de qualificar o atendimento e o acesso de maneira que seja centrado no vínculo com usuário com as equipes de saúde da família e reformulação do modelo assistencial. Os serviços disputam o modelo de atenção nos territórios da capital. Mas com o período eleitoral em 2016 teve uma disputa de projetos para saúde que se apresentou cenário promissor para o fortalecimento da Atenção Básica que apontava uma expansão das Equipes de Saúde da Família com uma modelo de atenção com foco na qualidade do cuidado e aposta em alguns dispositivos no arranjo municipal das Unidades de Saúde chamado “Clínicas de Família”. Neste contexto, delimitou-se como objeto de investigação para analisar o potencial dos dispositivos explícitos na proposta da “Clínica de Família” para ampliar o acesso e a garantia de integralidade prestada a partir das Equipes de Saúde da Família na perspectiva dos usuários e trabalhadores destes serviços. Período de realização: Este trabalho acompanhou o período deste final o ano 2016, momento de disputa eleitoral municipal, até momento atual da gestão de Campo Grande (2016 a 2019) e implantação de duas “Clínicas de Família”. Objetivo Geral - Analisar o processo de implantação e implementação das "Clínicas de Família" na busca da integralidade como modelo de Atenção Básica de Campo Grande. Objetivos Específicos: 1. Identificar elementos e dispositivos da gestão do cuidado na garantia da integralidade da atenção prestados nas “Clínicas de Família”; 3. Conhecer elementos a partir do olhar os trabalhadores e usuários na mudança de modelo de atenção e 4. Problematizar o papel do DAB/MS e de outros atores externos na implementação da política municipal da Atenção Básica. Resultados iniciais: inicialmente conseguiu “emplacar” um projeto político em uma candidatura a prefeito da cidade e, em seguida, propor a “Clínica da Família” na Secretaria Municipal de Saúde. Este Projeto, com arranjo nas “Clínicas de Família”, teve uma expansão da ESF de 37% para 65% de cobertura. Este desenho se traduziu com projeto arquitetônico e ambiência, educação permanente, apoio institucional da gestão nas equipes, passando por maior remuneração dos trabalhadores, organização do trabalho com ampliação do acesso e valorização do trabalho em equipe, tais como, acolhimento à demanda espontânea, certificação de qualidade, horário estendido, o uso do Prontuário Eletrônico, investimentos na clínica ampliada de enfermeiros, odontólogos e farmacêuticos, dos Nasf-AB e com o busca do cuidado integral para o usuários, colocado de formato de Unidades de Saúde Escola, associados com a Residência em Medicina de Família e Comunidade, Residência Multiprofissional, formação de Gerentes das UBS. Aprendizados e análise crítica: A janela de oportunidade da eleição municipal, a soma de investimentos municipais e atores externos como a SES, o DAB/ MS e a OPAS se mostraram potentes para a mudança de modelo iniciada e com outra relação tripartite entre apoiadores para o desenvolvimento de práticas de gestão, educação, controle social e cuidado na AB na capital do Mato Grosso do Sul.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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