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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO-3B - GT 3 - Análise Institucional e Saúde Coletiva: inventando enfrentamentos na construção compartilhada do SUS

31592 - GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DE COLEGIADO GESTOR HOSPITALAR EM SERVIÇO PÚBLICO REGIONAL NO SERIDÓ POTIGUAR.
VANESSA DIAS DE ARAÚJO BARRÊTO - SESAP/HRSTFF, MAURA VANESSA SILVA SOBREIRA - UERN/FSM/SESAP/HRSTFF, SEBASTIÃO CAIO DOS SANTOS DANTAS - SESAP/HRSTFF/FCST, CLARISSA GOMES DE ARAÚJO - HRSTFF, THALYNE YURI ARAÚJO FARIAS DIAS - SESAP/HRSTFF, RAYEGNE ALVES DOS SANTOS MENDES - SESAP/HRSTFF, PÂMERA MEDEIROS DA COSTA - UFRN/HRSTFF


CONTEXTUALIZAÇÃO: A Política Nacional de Humanização da gestão e da atenção em saúde (HumanizaSUS) incentiva a implantação de Colegiados Gestores nos serviços de saúde, como dispositivos de humanização, sendo espaços coletivos e democráticos, com função deliberativa, para ampliar o grau de comunicação entre equipe, gestores e usuários e aumentar a qualidade dos serviços de saúde. Trata-se de uma estratégia fundamentada nos princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde – SUS: universalidade, equidade, integralidade e resolutividade. DESCRIÇÃO: O Hospital Regional do Seridó (HRS), localizado no município de Caicó/RN, referência para 25 municípios na região do Seridó, apresentava há quase três décadas, práticas de fragmentação imediatistas e assistencialistas, inexistindo gerenciamento com canais de escuta entre os profissionais de saúde, usuários e gestão. As mudanças na gestão estadual no Rio Grande do Norte em 2019 possibilitaram intervenções nesse cenário. Dessa maneira, com a nova equipe gestora do HRS foi criado e implantado o Colegiado Gestor Hospitalar, espaço coletivo de negociação e definição de prioridades, propício para pactuar a elaboração de projetos de ação e organizar os procedimentos operacionais; sugerir e elaborar propostas; criar estratégias para o envolvimento de todos os membros e equipes da gestão; criar indicadores e monitorá-los; administrar imprevistos; instituir as comissões hospitalares e prestar contas do seu funcionamento; e fortalecer as estratégias de Educação Permanente em saúde. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Primeiro quadrimestre de 2019, com natureza contínua, tendo em vista a necessidade de realização de movimentos de avaliação permanente. OBJETIVO: Relatar a experiência da implantação do colegiado gestor hospitalar em serviço público regional do Seridó potiguar. RESULTADOS: Quando se toma decisões em regime colegiado, pode-se ampliar a capacidade de gerenciar, podendo-se citar como vantagens que: as soluções e resultados obtidos a partir da discussão colegiada são mais sustentáveis e duradouras do que os alcançados por um diretor ou um pequeno grupo de coordenadores; e os processos colegiados produzem uma visão compartilhada por todos e enriquecida pela variedade de pontos de vista, competências e funções dos que são membros do colegiado. A gestão colegiada, portanto, envolve os trabalhadores na tomada de decisão, de forma a criar a responsabilização dos mesmos em relação às decisões tomadas e às diretrizes do modelo gerencial da unidade hospitalar, democratizando a gestão. Assim, participam do colegiado gestor do HRS diretores, coordenadores administrativos, assistenciais, responsável pela ouvidoria, comissões obrigatórias e núcleos. Foram realizadas no 1º quadrimestre, 9 reuniões do colegiado gestor do HRS e os temas abordados foram: 1. Elaboração do Plano Operativo Assistencial (POA) e definição de prioridades: implantação do Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR) e implantação das Comissões obrigatórias; 2. Comissões obrigatórias e seu papel no funcionamento da unidade hospitalar; 3. Ouvidoria Hospitalar – Plano de trabalho e sua implantação; 4. ACCR - Plano de implantação e protocolo; 5. Núcleo de Educação Permanente em saúde – Agenda de trabalho 2019.1; 6. Indicadores hospitalares – Painel de indicadores e monitoramento no HRS; 7. Implantação dos leitos de saúde mental em hospital geral – Plano de trabalho; 8. Relatórios trimestrais e sustentabilidade do colegiado gestor hospitalar. APRENDIZADOS: O colegiado de gestão, mais do que um mero arranjo burocrático-administrativo, deve ser pensado como um arranjo institucional que assume um caráter fortemente político, devido ao fato de se constituir em espaço onde os temas da governança e da decisão estão sempre presentes. O colegiado de gestão é condição necessária para a produção de modos mais compartilhados de gestão. No caso do HRS, a implantação da Ouvidoria, do ACCR, do Núcleo de Educação Permanente, de rotina de avaliação de indicadores hospitalares, entre outros avanços, foram fruto da pactuação e engajamento coletivo. ANÁLISE CRÍTICA: A formação de uma cultura de participação e colaboração no processo de trabalho em saúde requer a formulação de estratégias contínuas e permanentes de sensibilização de colaboradores e público externo, visando a melhoria da qualidade dos serviços e a garantia da efetividade da saúde enquanto direito humano fundamental e dever do Estado. Concluindo, busca-se com a gestão colegiada a participação dos vários atores da gestão, possibilitando a divisão de responsabilidades e enriquecendo os processos de identificação de soluções coletivas para os problemas que surgem no seu cotidiano. É importante ressaltar que a existência do colegiado gestor, unicamente, não garante a democratização da gestão. Dessa forma, a Ouvidoria e outros mecanismos de participação vêm sendo implementados no HRS reforçando a importância dos espaços democráticos de gestão no SUS.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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