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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-3B - GT 3 - Formação em Saúde

30561 - PROCESSOS DE FORMAÇÃO AÇÃO NAS REDES DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS: A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS PÚBLICOS PARA A TRANSFORMAÇÃO DAS DINÂMICAS INSTITUCIONAIS
ANA PAULA DE LIMA SANTOS - REDE BRASILEIRA DE COOPERAÇÃO EM EMERGÊNCIAS, ARMANDO ANTONIO DE NEGRI FILHO - REDE BRASILEIRA DE COOPERAÇÃO EM EMERGÊNCIAS


Contextualização: o Projeto Gestão para Educação Permanente dos Profissionais da Rede de Atenção às Urgências (GEPPRAU) foi um projeto do Hospital Alemão Oswaldo Cruz em parceria com o Ministério da Saúde no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), realizado no triênio de 2015 a 2017 (período de realização).O projeto considera essencial promover a organização racional dos serviços em sistemas regionais integrados com a totalidade dos componentes da Rede de Atenção às Urgências (RAU) e compreende como fundamental a implantação de Núcleos Regionais de Educação em Urgências (NEUs), para garantir os direitos humanos e sociais na organização da atenção e na melhoria dos resultados assistenciais, mediante Processos de Formação Ação (PFA).Descrição: Foram realizados 24 Processos em 12 Estados, 292 Municípios, 902 serviços e 1605 lideranças dos componentes das RAU e Núcleos Regionais (NEU) e por Serviço de Educação Permanente (NEP) e outras entidades relacionadas às urgências. Teve como pretensão se constituir em um espaço público privilegiado para o planejamento compartilhado e pactuações de ações voltadas para superação de problemas nos processos de trabalho, por meio da construção de uma linguagem comum, a interação e a qualificação dos profissionais. O processo desenvolvido ao longo de 7 a 8 meses adotou 5 eixos: direitos humanos nas urgências e a superlotação dos serviços, organização em redes regionais, gestão clínica da qualidade e segurança para os pacientes–resultados assistenciais, educação permanente no trabalho e nos serviços, gestão e governança dos serviços e redes. Adotaram-se os referenciais teóricos da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde: a Educação de Adultos e a Aprendizagem Significativa/Construtivista, focada na resolução transformadora de problemas e tarefas com as quais se confrontam em sua vida cotidiana. A lógica adotada não preconiza a centralização exclusiva nos conteúdos, pois isso isoladamente não produziria significado, sendo necessário que os envolvidos compreendam sua utilidade e os componentes éticos que definem sua orientação.Objetivo:alcançar melhor organização e resultados assistenciais na RAU, equivalentes aos melhores padrões de excelência nacional e internacional mediante educação permanente inserida no trabalho e nos serviços. Resultados: A análise do discurso dos participantes entrevistados ao final do PFA indicam as possíveis contribuições do projeto: Construção de linguagem comum; Ampliação do conhecimento e interação; Percepção e reconhecimento dos profissionais de seu papel protagonista nos processos de transformação necessários ao enfrentamento das fragilidades da RAU; Construção e constituição de espaços de diálogo e canais de comunicação entre diferentes componentes; Aumento da empatia, maior tolerância entre os atores envolvidos através de mais abertura para compreender o escopo de atuação, responsabilidades, fragilidades, limitações e contextos em que cada ator está inserido; Mudança na maneira de enxergar os problemas que se colocam cotidianamente, passando a perceber os problemas também como uma possibilidade para a mudança; Ampliação da compreensão de rede enquanto lógica orientada por mecanismos de cooperação, que racionaliza recursos materiais, financeiros e humanos e essencialmente aproxima mais as ações de saúde das reais necessidades de saúde das pessoas; Visibilidade de problemas antes não percebidos; Fortalecimento da identidade regional baseada na solidariedade, diálogo, tolerância e racionalidade de recursos materiais e não materiais; Compreensão que já atuam em rede, diminuição da sensação de trabalho isolado e conhecimento da oferta de serviços que desconheciam; Criação e mudanças de processos de trabalho; e, Incorporação e percepção da Educação Permanente enquanto política de gestão.Aprendizados:Foi possível observar a transformação dos atores envolvidos na medida em que convidados a pensar sobre suas práticas com a intenção de reestruturar as RAU em favor dos pacientes e criando potencialidade de organização sistêmica de fato relacionando todos os seus componentes e internalizando a educação permanente como instrumento de gestão da qualidade e segurança da atenção.Análise crítica:Este tipo de projeto necessita continuidade e aperfeiçoamento, pois não se trata de uma educação continuada eventual que atualize conhecimentos técnicos, mas sim de um processo que instala um conceito novo centrado nos direitos dos pacientes e os resultados que necessitam para preservar seu bem estar, o que demanda um exercício permanente e sustentado no tempo, onde uma nova institucionalidade amparada em gestão clinica via um aprendizado e ajuste constantes, demandam envolvimento de todos os níveis da hierarquia da organização do sistema de saúde e das RAU.Este envolvimento sistêmico não foi alcançado, carecendo de avanços na institucionalização efetiva dos processos desenvolvidos no GEPPRAU.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900