Clique para visualizar os Anais!



Certificados disponíveis. Clique para acessar a área de impressão!

Associe-se aqui!

Grupos Temáticos

30/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO-2C - GT 2 - Pesquisa qualitativa em saúde: A construção de diálogos de territórios

30131 - CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DA CADERNETA DO ADOLESCENTE POR PROFISSIONAIS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
JACQUELINE BRITO DE LUCENA - UERN, KARINA SANTANA ANDRADE - UERN, POLIANA DE ARAÚJO MAIA - UERN, ROBERTA KALINY DE SOUZA COSTA - UERN


Introdução: A adolescência é uma etapa evolutiva do indivíduo, marcada por mudanças físicas, psicológicas e sociais, de atitudes e comportamentos que podem gerar consequências para toda a vida. No Brasil, a maioria dos agravos que acometem esse segmento da população pode ser prevenida na atenção básica de saúde. Trata-se de um grupo pouco assíduo nos serviços que necessita de uma assistência integral, resolutiva e participativa, implantada através de programas que promovam a melhoria da qualidade de vida, a redução de vulnerabilidades e dos índices de morbimortalidade. A Estratégia de Saúde da Família (ESF), principal porta de entrada no sistema de saúde, tem potencial e pode direcionar ações programáticas e intervenções para atender e problematizar necessidades específicas desse público. No entanto, identificam-se fragilidades nas práticas e a deficiência na assistência, caracterizadas pela falta de vínculos, de inserção nas atividades, atendimento centrado na doença, baixa demanda, pouca utilização e valorização da caderneta por profissionais de saúde e usuários. A caderneta é um importante instrumento para a vigilância e acompanhamento da saúde de jovens e adolescentes na atenção básica. Nesta perspectiva, formulou-se as seguintes questões de pesquisa: Qual a percepção dos profissionais da ESF acerca da caderneta do adolescente? Como este instrumento é utilizado na rotina de atendimento desse público nas unidades básicas de saúde? Objetivos: Identificar o conhecimento sobre a caderneta de saúde do adolescente pelas equipes da ESF e verificar a utilização deste instrumento na rotina de atendimento desse público nas unidades básicas de saúde. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com 154 profissionais de 21 equipes da ESF, localizadas na zona urbana do município de Caicó/RN. Os dados foram coletados no período de outubro a dezembro de 2018, através de um questionário, contendo questões acerca do perfil dos participantes, percepção sobre a caderneta do adolescente e utilização desse instrumento pelos profissionais na ESF. As informações obtidas foram organizadas em bancos eletrônicos do Microsoft Excel 2010 XP, exportados e analisados pelo programa IBM® SPSS® Statístics versão 20, por meio de estatística descritiva, contendo a frequência absoluta e relativa dos dados. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Com Seres Humanos da Universidade do Estado do Rio grande do Norte, sendo aprovado mediante parecer nº 2.536.484. Resultados e discussão: Dos 154 participantes, 48,1% eram agentes comunitários de saúde, 22,7% técnicos e auxiliares de enfermagem, 11% enfermeiros, 6,5% dentistas e 5,8% médicos e auxiliares de consultório dentário. O perfil dos profissionais coincide com o de outras realidades dos serviços de saúde do país, onde a maioria possuía cinco ou mais anos de formado (76,6%) e de atuação na ESF (72,7%), recebeu capacitação para o trabalho na atenção básica (71,4%), mas não participou de capacitações para assistência à saúde do adolescente (73,4%). 89% referiu conhecer a caderneta de saúde, no entanto, quando questionados à respeito do que sabiam sobre a mesma, expuseram uma visão limitada do seu conteúdo, caracterizando-a, resumidamente, como instrumento educativo, que contempla espaços para registro e informações de vacinas, permite o acompanhamento do desenvolvimento e dos dados antropométricos do adolescente. Os agentes comunitários de saúde (50,7%), técnicos de enfermagem (23,5%) e enfermeiros (12,5%) foram as categorias que mais declararam conhecer a caderneta. O quantitativo de profissionais que referiu utilizá-la, apresentou-se reduzido quando comparado ao que referiu conhecê-la, evidenciando seu pouco uso pelos membros da equipe. Constatou-se que os profissionais atendiam esse público nas ações do Programa Saúde na Escola, visitas domiciliares, consultas e campanhas de vacinação, porém, a caderneta não era utilizada na maioria dos atendimentos. Os enfermeiros e agentes comunitários de saúde foram os que mais referiram utilizá-la nessas ações de saúde. Este resultado aponta para a necessidade de maior envolvimento dos profissionais da equipe na utilização desse instrumento para um cuidado em saúde articulado e integral, com ampliação de ações para atenção desse público na ESF. Conclusões: Os profissionais pouco conheciam a caderneta, associando seu uso como atribuição de alguns membros da equipe, no desenvolvimento da vacinação e educação em saúde com jovens e adolescentes na ESF. As ações promovidas para atender as necessidades desse público eram escassas e não contemplavam a utilização desse instrumento como uma ferramenta auxiliar em todos os atendimentos, realizados pela equipe dentro e fora das unidades de saúde. É necessário capacitar os profissionais para implementá-la nas rotinas de atendimento e acompanhamento desse grupo etário por toda a equipe na atenção básica.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900