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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-7A - GT 7 - Processos de formação, saúde e práticas no contexto dos adoecimentos de longa duração I

31164 - QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
JANINE MELO DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS E UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, CRISTIANE MARIA ALVES MARTINS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, IRENA PENHA DUPRAT - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS, ANA PAULA REBELO AQUINO RODRIGUES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS


INTRODUÇÃO
O envelhecimento está relacionado ao acúmulo de modificações fisiológicas, psicológicas e sociais que, com o tempo, repercutem em perdas graduais nas reservas fisiológicas e no aumento da probabilidade de contração de doenças, levando a um declínio geral e progressivo do ser humano, que culmina com a morte (OMS, 2015).
Os idosos representam 12,3% da população mundial, e estima-se que ascenderá para 21,3% em 2050 (UNITED NATIONS, 2017). No Brasil, a estimativa é que em 2070 a proporção de idosos estará acima de 35%, o que seria, inclusive, superior ao indicador para o conjunto dos países desenvolvidos (BRASIL, 2016).
A realidade do envelhecimento implica em um suporte social para o suprimento das diversas necessidades das pessoas idosas, tendo a família como responsável pela provisão de cuidados. Contudo, diante de condições sociodemográficas contemporâneas, acredita-se que seja cada vez mais difícil que o idoso continue a ser cuidado por sua família. Assim, o encaminhamento para as instituições de longa permanência para idosos (ILPI) emerge como uma das estratégias de cuidado não familiar adotada nos últimos anos (CAMARANO; KANSO, 2010).
É observado que o envelhecimento, associado à institucionalização, traz consigo consequências que podem interferir na qualidade de vida (QV) do indivíduo, uma vez que a QV é diretamente influenciada por um contexto multifatorial (ILC-BR, 2015).

OBJETIVO
Analisar na literatura o conhecimento científico produzido relacionado a qualidade de vida de idosos institucionalizados.

METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa, realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library online (SciELO). Foram utilizados os Descritores em Ciências da Saúde: “qualidade de vida”, “idoso”, “idoso de 80 anos ou mais” e “instituição de longa permanência para idosos”, empregando o operador boleano AND para o cruzamento.
Como critérios de inclusão: artigos publicados no período de 2014 a 2018; disponíveis na integra em inglês ou português. Foram encontrados um total de 148 estudos, dos quais 11 se repetiam. Através da leitura dos títulos excluíram-se 91 estudos, restando 46. Feita a leitura dos resumos, selecionou-se 17 estudos para a leitura na íntegra para identificar aqueles que realmente abordavam a temática, chegando a uma amostra final de 10 trabalhos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em relação à caracterização dos 10 estudos, observou-se que 2014 foi o ano de maior publicação da temática, com seis artigos. Cinco estudos tinham como autor principal enfermeiros. Todos os autores principais estavam vinculados a universidades. Seis artigos foram publicados em inglês e quatro estudos foram desenvolvidos no Brasil.
A QV para idosos institucionalizados é uma questão subjetiva e multidimensional, alimentada pela percepção de vida, pelo contexto cultural e pelos valores que o idoso traz consigo e que está intimamente relacionada à suas necessidades, expectativas e objetivos de vida.
Foi possível identificar que a QV dos idosos institucionalizados pode ser afetada positiva e negativamente por uma ampla gama de fatores. Esses fatores são ligados as questões físicas (relacionadas a doenças, autonomia, independência); emocionais (relacionadas ao abandono, solidão, tristeza, ansiedade, medo da morte e vínculo familiar); sociais (relacionadas a atividades de lazer, sedentarismo, aposentadoria, limitação financeira e contato social).
Observou-se que a alta carga de doenças e escassez de contato social foram os fatores mais prevalentes no prejuízo a qualidade de vida do idoso. Já a manutenção da autonomia do idoso (idosos independentes para a realização das atividades básicas da vida diária) e aumento do vínculo social foram os fatores mais prevalentes na melhora da qualidade de vida do idoso. Além disso, constatou-se que com o passar do tempo os idosos avaliam que sua qualidade de vida diminui.

CONCLUSÕES
Considera-se que a presença de doenças, a autonomia e o contato social, somado as características organizacionais das ILPIs são as variações que mais influenciam na QV dos residentes. As ILPIs, geralmente, são locais inadequados às necessidades dos idosos, favorecendo isolamento, ociosidade física e mental e restrição da vida social e afetiva de seus residentes, o que culmina com os fatores que prejudicam a QV.
Beneficiar um envelhecimento com qualidade de vida é uma preocupação para os profissionais da saúde. Faz-se necessário aprofundar estudos nessa temática, com o objetivo de conhecer o que os idosos consideram importante para viverem felizes e satisfeitos e com isso ter subsídios para proporcionar-lhes um ambiente onde possam vivenciar suas expectativas, realizar seus sonhos e de fato viver com qualidade.
Assim, torna-se importante a formulação de políticas públicas voltadas à saúde do idoso, como a criação de ações preventivas, assistenciais e de reabilitação, que permitam um envelhecimento saudável, proporcionando QV na terceira idade.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

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