29/09/2019 - 15:00 - 16:30 CB-7B - GT 7 - Os serviços de saúde e os adoecimentos de longa duração: práticas no hospital, no domicilio e na atenção básica |
29854 - ATENÇÃO DOMICILIAR EM SAÚDE NO BRASIL: A VISÃO DESSA POLÍTICA CARMEM RITA SAMPAIO DE SOUSA - UFC, MARIA SOCORRO DE SOUSA - UECE, FRANCISCO ARICLENE OLIVEIRA - UFC
Introdução: A população brasileira vem vivenciando tempos de crises econômicas, políticas e sociais, onde elucida a importância dos serviços de saúde pública encontrar alternativas para a melhoria da assistência ao paciente crônico. Diante disso a Atenção Domiciliar vem ganhando destaque como alternativa para a continuidade da assistência ao usuário, garantindo os princípios básicos do Sistema Único de Saúde, como a integralidade, a equidade, mas com a necessidade de gestão, acompanhamento e financiamento, para garantir o objetivo a que essa se propõe na qualidade de vida da população. Objetivo: avaliar a produção científica acerca da atenção domiciliar no Brasil. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada no período de agosto a outubro de 2018, nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), consultada por meio do PubMed; Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), consultados pela Biblioteca Virtual em Saúde (BVS),e SCIELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram utilizados, para busca dos artigos, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa e inglesa: “Atenção Domiciliar”, “Assistência Domiciliar”, “Serviços Hospitalares de Assistência Domiciliar”. Selecionaram-se 20 artigos na análise final. Resultados: Os achados foram categorizados na seguinte forma : Atenção Domiciliar como subsídio do sistema público de saúde; e a Atenção Domiciliar na suplementação da saúde. AD como política de saúde, nos artigos pesquisados podemos expressar o destaque aos princípios ideológicos do Sistema Único de Saúde na essência da AD, tais como a integralidade do cuidado, humanização e individualidade da assistência, além da participação da família e autonomia na prestação desse cuidado. Ressalta-se também a significa citação nos artigos selecionados, a respeita da desospitalização para a AD, permite maior rotatividade dos leitos hospitalares, com redução do tempo de internação, e diminuição dos custos com a internação hospitalar. Outro ponto que merece destaque dos artigos selecionados foi a importância da AD estar inserida na rede de atenção à saúde, garatindo a integralidade da assistência, necessitando a interligação com os demais serviços que compõe a rede de atenção. Para demonstrar essa atuação da Atenção Domiciliar dentro da estrutura dos serviços da saúde suplementar ressalta um estudo que permitiu descrever e analisar a produção do cuidado no Programa de Atenção Domiciliar de uma Cooperativa Médica, onde observou que a Atenção domiciliar estava sendo prestada com a Internação domiciliar, onde o beneficiário tem a assistência conforme o seu quadro clinico , visando assim a redução de custos pela operadora referente a internações hospitalares. Nesses casos de internação domiciliar, a operadora de saúde fornecia todos os materiais, equipamentos, insumos e profissionais ao cliente , se tornando oneroso para a cooperativa, em consequência da frequente jurisdicialização da saúde e a transferência da responsabilidade da família para o plano de saúde. Percebe-se que a atenção domiciliar na saúde suplementar é permeada por tensões que evidenciam a urgência de maior regulamentação no campo Conclusão: Conclui-se a atenção domiciliar como estratégia adequada para a manutenção da integralidade da assistência pública, considerando os princípios do Sistema Único de Saúde
Palavras-chave: Atenção Domiciliar. Assistência domiciliar. Serviços Hospitalares de Assistência Domiciliar
Referências:
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Ministério da Saúde (BR). Portaria n.963, de 27 de maio de 2013. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde. [Internet] Brasília: Ministério da Saúde, 2013. [acesso em 2018, set. 09]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0963_27_05_2013.html
Silva KL, Sena RR, Seixas CT, Fewerwerker LCM, Merhy EE. Atenção domiciliar como mudança do modelo tecnoassistencial. Rev Saúde Pública [períodico na Internet]. 2010 [acesso em 2019 Jan. 10]; 44(1);166-76. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v44n1/18.pdf
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