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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-7B - GT 7 - Os serviços de saúde e os adoecimentos de longa duração: práticas no hospital, no domicilio e na atenção básica

30480 - CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, ADOECIMENTOS E SOFRIMENTOS: CUIDADO EM SAÚDE, SABERES E POLÍTICAS DE VIDA, EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM INFECTOLOGIA PARA O RN.
EDILEUZA BEZERRA DE ALMEIDA - HGT/SESAP/RN, MARIA JOSINEIDE DA SILVA CESÁRIO - HGT/SESAP/RN, JOSÉ ANATANS DIAS PINHEIRO - HGT/SESAP/RN, VIVIANE FARIAS SOARES - HGT/SESAP/RN, IGOR THIAGO BORGES DE QUEIROZ E SILVA - HGT/SESAP/RN, LOUISE CHRISTINE SEABRA DE MELO - HGT/SESAP/RN, MARIA ELIZABETH IVA DE ALMEIDA - HGT/SESAP/RN


O Serviço Social é uma profissão onde a intervenção é a expressão multifacetada da questão social. Tem contribuições da sociologia, psicologia, economia, ciência política, filosofia, antropologia e pedagogia. É uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo, que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise e intervenção nas diversas faces da “questão social”, intervindo na garantia e no acesso dos usuários a seus direitos e na busca de políticas públicas efetivas. Na área da saúde estas questões são evidenciadas, pois trabalhamos com a vida em suas diversas manifestações, do nascimento a finitude. Para tanto é imprescindível que o Assistente Social(AS) atue em equipe interdisciplinar, na busca de soluções partilhadas que visem a promoção da saúde, a prevenção e o aprimoramento do atendimento aos pacientes com Hepatites Virais Crônicas (HVC). Em 2015, no Ambulatório do Hospital Estadual Drª Giselda Trigueiro (HGT), durante as discussões do Grupo Condutor das HVC, foi pensado pela AS do ambulatório, a elaboração do Grupo de Apoio no Atendimento aos Pacientes com Hepatites Virais Crônicas (GAPHVC), no intuito de contemplar a Portaria GM/MS/263/2002. Buscando promover condições de sensibilização e reflexão para as pessoas com Hepatites referentes ás questões peculiares, sobretudo os direitos e deveres dos pacientes e familiares. Reduzir os índices de abandono do tratamento. Democratizar as informações referentes à doença, sua transmissão, tratamento, entre outros. Discutir as orientações específicas dos profissionais, especificamente a práxis do assistente social. Trata-se de um trabalho realizado em janeiro de 2015, pela equipe do Grupo Condutor das HVC, no auditório do HGT, localizado na zona oeste da capital potiguar, Natal-RN. Em seis encontros preparatórios, elaboramos toda programação e logística do evento, além dos convites, confeccionados e fixados pela AS, nos principais murais do hospital, emails, e contatos telefônicos. Os temas abordados eram escolhidos pelos próprios pacientes e as discussões coordenadas pelo serviço social e mediadas pela equipe interdisciplinar: médico infectologista, médico psiquiatra, assistente social, enfermeiro, farmacêuticos, nutricionista, e bioquímico do Ambulatório do HGT, envolvendo assuntos relacionados à doença. Todos os participantes foram estimulados a falar sobre o assunto, relatar experiências e tirar as dúvidas. Apresentação de dinâmicas, discussões e encaminhamentos, na ocasião entregávamos panfletos informativos relativos ao tema em questão, preservativos com as orientações necessárias. Durante os intervalos servíamos lanches promovidos pela equipe.
O Grupo aberto, composto por pacientes com diagnóstico de HVC, e seus cuidadores/familiares, totalizando 30 participantes, ocorrendo de julho/2015 a outubro/2016, toda última sexta-feira do mês, com duas horas de duração. Dos 152 portadores de hepatites virais crônicas, do tipo B, 32%, e do C, 68% (dois portadores do HIV) desse total, 19 obtiveram a cura, 01 a óbito, 132 apresentaram significativas melhoras, que participaram do atendimento grupal com idade variando de 51 a 60 anos, 33%; cerca de 56% eram casados e do sexo masculino,72%; Através do envolvimento interdisciplinar, observou-se uma alta adesão ao tratamento,100%. Alto índice, 100% durante o acolhimento e aconselhamento. Tais condutas não colocam em evidência o método que procura harmonizar as diferentes posturas profissionais, não é somente uma conciliação, em controvérsia, é sinônimo de abertura para o diferente, de respeito pela posição alheia, considerando que essa posição, ao nos advertir para os nossos limites e ao fornecer sugestões, sendo necessário ao próprio desenvolvimento da nossa posição e, de modo geral da ciência. Incidência de 100% da inclusão da família neste processo; no estimulo ao paciente no retorno às atividades normais, 90%. Utilizamos também às ações extras hospitalar, veiculando os mais diversos órgãos das áreas da saúde, justiça, assistência social, previdência social, entre outros, visando viabilizar os encaminhamentos necessários, em sua grande política, esse projeto claramente contribui em favor da equidade e da justiça social, na publicização dos recursos institucionais, instrumento indispensável.
Portanto, o trabalho interdisciplinar funcionou como estratégia alcançável, que nesta área trabalha por uma melhor condição biopsicossocial dos pacientes, procurando apresentar-lhes novos rumos e perspectivas, de desenvolver capacidade de progredir e adaptar-se a realidade. Esta modalidade assistencial demonstrou ser eficaz para os pacientes, O que nos induz a pretensão de desenvolvermos novos grupos em 2019, objetivando a qualidade de vida dos usuários do SUS, e por se tratar de doenças infecciosas, silenciosas, que representam um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900