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Grupos Temáticos

30/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-16D - GT 16 - Gênero, Sexualidade e Diversidade Sexual

30202 - O USO DO PRESERVATIVO COM PARCEIROS CASUAIS ENTRE HSH: UM ESTUDO DO TIPO RESPONDENT DRIVEN SAMPLING
BRUNA HENTGES - UFRGS, DANIELA RIVA KNAUTH - UFRGS, ÁLVARO VIGO - UFRGS, ANDRÉA FACHEL LEAL - UFRGS, LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ


Introdução: Os homens que fazem sexo com homens (HSH) são considerados um dos grupos fundamentais para o controle da epidemia da Aids, pois apresentam taxas de prevalência e incidência superiores ao restante da população. Apesar de inovações biomédicas terem contribuído para aumentar as opções disponíveis para a prevenção do HIV/Aids, o uso consistente do preservativo masculino nas relações sexuais é considerado o método preventivo mais eficiente e acessível para reduzir a transmissão sexual do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar fatores associados ao uso inconsistente do preservativo com parceiros casuais em uma população HSH no Brasil. Métodos: Os dados analisados neste estudo são provenientes de uma pesquisa com delineamento transversal, utilizando método de amostragem Respondent Driven Sampling (RDS). O estudo contempla 4.176 homens que fazem sexo com outros homens em doze capitais do Brasil. Para a presente análise, serão considerados os participantes que relataram relações sexuais com parceiros casuais nos 6 meses anteriores à pesquisa. As estimativas foram calculadas utilizando delineamento de amostra complexa com ponderação. O uso inconsistente foi construído verificando-se o uso do preservativo nas relações anais (insertiva e receptiva) dos últimos 6 meses e na última relação sexual. Resultados: Do total de participantes, 2.171 reportaram pelo menos um parceiro casual nos últimos seis meses. O uso inconsistente do preservativo com parceiros casuais foi reportado por 48,8% dos participantes. A amostra estudada é jovem (média de 24,7 anos), predominantemente parda (39,8%), com renda mediana de R$880,00 e com alta escolaridade. Estiveram significativamente associados ao uso inconsistente do preservativo a baixa escolaridade (RC: 1,93, IC 1,22-3,06), o não uso do preservativo na primeira relação sexual (RC: 3,14, IC 2,14-4,61), e a percepção de risco para o HIV moderada ou alta (RC: 1,62, IC 1,11-2,36). Ser mais velho esteve significativamente associado a menor chance de uso inconsistente (RC: 0,84, IC 0,72-0,98). Conclusões: Nossos resultados indicam que os jovens HSH não estão utilizando o preservativo como forma de prevenção para o HIV, mesmo com parceiros casuais. Estes dados contribuem para o entendimento da epidemia do HIV/Aids no Brasil, indicando a necessidade de se pensar novas estratégias de prevenção para o HIV específicas para esta população.

local do evento

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