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Grupos Temáticos

30/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-20C - GT 20 - IST/HIV/Aids e suas intersecções

29258 - RELATO DE EXPERIÊNCIA: O ENFRENTAMENTO DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS IST, HIV/AIDS NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
DIANE APARECIDA OLIVEIRA DE MENEZES - SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, FERNANDA RABELO EVANGELISTA GOMES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE MINAS GERAIS.


As Infecções Sexualmente Transmissíveis - IST representam um desafio para a Saúde Pública.
Com a estratégia de fortalecer a Vigilância em Saúde nos territórios e ampliar a integração com a Atenção Primária, realizou-se um estudo retrospectivo dos casos notificados de sífilis adquirida, sífilis em gestantes, sífilis congênita, HIV/AIDS, Hepatite B e Hepatite C na Região de Saúde de Pirapora/MG, entre os anos de 2014 a 2019. Objetivos: conhecer o cenário regional pelo perfil epidemiológico das infecções e traçar o perfil socioeconômico das populações expostas.
Na próxima etapa do estudo, serão realizadas entrevistas nos serviços que são porta de entrada para os pacientes.
Para a redução dos casos, são necessárias práticas de saúde que envolva não somente aspectos individuais, mas ações que influenciem nos aspectos sociais, econômicos e culturais dos indivíduos que possuem a infecção e os que estão em situações de vulnerabilidade (BRASIL, 2015). Com relação ao estado de Minas Gerais, que tem como característica uma vasta extensão territorial, sendo composto por 853 municípios, superar esses desafios representa uma missão árdua. A região de Saúde de Pirapora está inserida na macrorregião norte, possui 16911,2 km2, sob sua jurisdição estão os municípios de Lassance, Várzea da Palma, Pirapora, Buritizeiro, Ibiaí, Ponto Chique e Santa Fé de Minas totalizando 208.705 habitantes (MALACHIAS et al., 2010).
Na série histórica foram notificados 268 casos de sífilis adquirida, sendo predominante no sexo masculino, faixa etária de 20 a 49 anos de idade, raça parda e escolaridade ensino médio completo. Foram notificados 141 casos de sífilis em gestantes, faixa etária de 15 a 34 anos, cor parda. Maior ocorrência na zona urbana, ocupação dona de casa e escolaridade 5ª a 8ª série incompleta. No esquema de tratamento da gestante com sífilis, utilizaram Penicilina G benzantina 2.400.000 UI em 45% dos casos, Penicilina G benzantina 4.800.000 UI em 10%, Penicilina G benzantina 7.200.000 UI em 37% e outro esquema 5%. Tratamento não foi realizado em 3% dos casos. Ocorreram 53 casos de sífilis congênita, predominante no sexo feminino, raça parda, residentes na zona urbana. Caracterizado pelo tratamento não realizado em 49% dos casos. Apresentou como evolução recém nascido vivo 70% e natimorto 15% dos casos. Foram registrados 80 casos de HIV/AIDS, com predominância na zona urbana, sexo masculino, faixa etária de 20 a 49 anos de idade, raça parda, ocupação dona de casa e escolaridade com 5ª a 8ª série incompleta. Registraram-se 34 casos de Hepatite B, com predominância no sexo masculino, residentes na zona urbana, nas faixas etárias de 20 a 49 anos de idade, cor parda e escolaridade ensino médio completo. Com relação à hepatite C, foram notificados 25 casos, ligeira predominância no sexo masculino, residentes na zona urbana, na faixa etária de 50 a 64 anos de idade, raça parda e escolaridade 5ª a 8ª série incompleta.
O território de atuação dos casos notificados é marcado pela heterogeneidade da população, inclusive há situação de exclusão social. Apesar do número expressivo de notificações, os mesmos não refletem a gravidade da prevalência e incidência dos casos devido à subnotificação. A concentração de casos em homens na faixa etária sexualmente ativa encontrada já era esperada, por essa razão há necessidade de ações preventivas específicas, especialmente pelo fato da possibilidade de parceiras que poderão ter a saúde comprometida. Para a elaboração de políticas públicas de promoção da saúde e prevenção de agravos é imperativo conhecer a população-alvo e identificar as suas necessidades e vulnerabilidades. O Ministério da Saúde reconhece que os serviços, de modo geral, enfrentam dificuldades no atendimento à demanda. A falta de privacidade, de medicamentos e de preparo dos profissionais traz como consequência a baixa resolutividade. Portanto, esses problemas precisam ser superados para garantir a interrupção imediata da cadeia de transmissão, motivo que justifica o tratamento imediato do portador de IST. Outro fator importante é o acolhimento. Ambos, acesso e acolhimento, serão analisados a fim de fornecer subsídios na qualificação do atendimento da Atenção Primária e no Centro de Testagem Rápida.
Tais informações impactarão na qualificação das ações, para fortalecer o vínculo de trabalho e ações do setor da Vigilância e Atenção Primária, bem como servirão de subsídios na elaboração de políticas regionalizadas. Portanto, torna-se necessário fortalecer as condutas loco regionais para os profissionais da saúde na triagem, diagnóstico, tratamento, notificação dos casos e nas ações de prevenção à população chave e/ou pessoas com IST e suas parcerias sexuais.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Brasil reafirma compromisso pelo fim de epidemias até 2030. Brasília: MS; 2015.
Malachias I, Leles FAG, Pinto MAS. Plano Diretor de Regionalização da Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 2010.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

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