30/09/2019 - 13:30 - 15:00 EO-23G - GT 23 - PICS e cuidado na Atenção Primária |
29945 - O CANTINHO DO CHÁ : VIVÊNCIAS E PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO GROTÃO EM JOÃO PESSOA ANDRE LUIS BONIFACIO DE CARVALHO - UFPB
Contextualização:
O Projeto Cantinho do Chá vem sendo desenvolvido desde julho de 2017, como estratégia de intervenção no intuito de aprimorar as práticas de acolhimento, no âmbito da UBS do Grotão em João Pessoa, tendo em vista as avaliações negativas feitas pela população. Sua organização deu por meio de uma aliança entre trabalhadores, Residente de Medicina de Família e Comunidade (RMFC-UFPB) e estudantes de graduação de medicina a princípio e posteriormente estudantes de fisioterapia e terapia ocupacional da UFPB, que propuseram a organização de uma nova dinâmica de acolhimento na UBS, buscando ressignificar a escuta, mudando parte da ambiência da UBS, integrado às ações de saúde, práticas vinculadas a uma horta comunitária, propiciando o uso de plantas medicinais na produção e consumo de chás; introduzindo práticas de aurículoterapia e organização de grupos de trabalho. Sendo assim a construção do referido projeto buscou propiciar a vivência de alunos(as) de graduação e pós-graduação, no âmbito da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Grotão, partindo do reconhecimento de um processo articulado pelas equipes na relação com a população adscrita, potencializando mecanismos de escuta em sinergia com as atividades da horta, reconhecendo as práticas populares no uso de plantas medicinais no apoiando a promoção de seu uso como elemento constitutivo da ação terapêutica, propiciando aos alunos envolvidos o contato com estratégias pedagógicas capazes de ampliar sua percepção para os múltiplos aspectos do processo saúde-doença.
Objetivos
Geral
Propiciar a vivência de alunos(as) no âmbito da Unidade Básica de Saúde (UBS) na perspectiva de qualificar os trabalhos desenvolvidos pela estratégia Cantinho do Chá.
Específicos
•Conhecer os aspectos na territorialização inerente a UBS do Grotão;
•Identificar os processos e fluxos do acolhimento dos usuários da UBS;
•Participar das ações inerentes ao Cantinho do Chá, apoiando a sustentabilidade das práticas integrativas e complementares;
•Acompanhar as atividades dos grupos envolvendo a escuta e a prática da auriculoterapia nos usuários.
Resultados:
A referida proposta tem como base a construção de uma agenda de trabalho vinculada as ações da RMFC-UFPB, juntamente com os alunos de medicina (DPS/CCM) do primeiro ano e posteriormente a integração de alunos de fisioterapia e terapia ocupacional (DPS/CCM). Vinculados a este trabalho existem dois preceptores, um professor da UFPB/CCM/DPS, e outro uma médica que juntamente com uma agroecologista, são vinculadas a UBS. Para dar vazão a referida agenda, foram realizadas uma série de reuniões com os Residentes e as equipes de saúde da UBS, alunos de graduação, como também feita a pactuação com a direção da UBS, propiciando a construção de linhas para a construção de uma agenda interna no intuito de qualificar as práticas do acolhimento. As atividades são organizadas por semana, cada grupo de alunos possuem dinâmicas distintas, onde destacam-se: as práticas de acolhimento dos usuários, acompanhamento da escuta aos pacientes, participação dos grupos de trabalho com usuários da UBS, programação de oficinas e palestras para a comunidade, visitas guiadas às famílias e usuários na comunidade, reconhecimento do território e de seus equipamentos sociais, participação em reuniões com lideranças locais para conhecer a história do bairro, reconhecimento dos serviços e ações existentes nas UBS, participação de agendas de capacitação sobre as práticas envolvendo o manejo da horta, produção de chás feitos com as plantas medicinais, abordagem sobre auriculoterapia , além dos momentos de tutoria para a sistematização das experiências, com ênfase nas práticas integrativas.
Aprendizado e Análise Crítica
O projeto Cantinho do Chá, ainda é muito recente, mas podemos destacar o fortalecimeto dos trabalhos da Horta na Unidade Básica de Saúde, que já tem mais de 30 tipos de plantas, com possível utilização terapeuticas. A introdução do uso de chás na ritualistica do acolhimento de adultos e crinças, priorizando o uso das plantas da horta. A introdução de práticas qualificadas de escuta, a mudanças da âmbiencia da UBS e da lógica das equipes atenderem é um processo e franca construção. A adoção sistemático da aurículoterapia, como estratégia terapêutica articulada a organização de grupos estratégicos.
Considerações finais.
O processo é muito recente, e vincula práticas acadêmicas envolvendo Residentes em Medicina de Família e Comunidade, alunos de graduação, docentes de uma Universidade Federal(UFPB), trabalhores(eas) de saúde, que no âmbito de uma UBS buscam construir uma aliança em torno da mudança de práticas envolvendo o aprimoramento das estratégias do acolhimento e sua recolocação na agenda da gestão, na perspectiva da melhoria do acesso da população.
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