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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-19A - GT 19 - Comunidades Virtuais e Saúde

31599 - IMPACTOS DA VIDA LÍQUIDA QUE ATINGE A SAÚDE MENTAL E O DESENCADEAMENTO DO SUICÍDIO: INFLUÊNCIA DA INTERNET NESSE PROCESSO.
CÁSSIA FARIA DE MEDEIROS - UNIFACEX, MARIA TEREZA DE OLIVEIRA - UNIFACEX


Trata-se de estudo exploratório sobre a influência da mídia sobre parte da população movida pelo fetichismo da mercadoria e apego aos valores voláteis no âmbito das relações sociais de produção, influenciados pelo modelo econômico vigente, podendo afetar a sanidade mental dos indivíduos de diferentes formas, enxergando, na maioria das vezes, o suicídio como a única saída para o enfrentamento das crises. Percebe-se que a internet potencializa a vida baseada no fetichismo, demonstrando nas redes sociais o que os demais desejam enxergar, fazendo sentido para muitos a exposição da aparência física e econômica. Mas e quando o padrão de vida perfeita esbanjado nas mídias não é alcançado? Esse é um fator que pode causar psicopatologias, levando uma parcela da população enxergar o suicídio como a única saída para solucionar os problemas, afetando a saúde mental, corpo e a aparência. As pessoas, estão se tornando robóticas, sendo capazes de se transformarem em escravas do capitalismo e das redes sociais. O consumo é estimulado pelas mídias e faz com que o comércio se mobilize para agradar os fetiches dos consumidores. Netto; Braz (2012) destacam que as relações entre os homens, aparecem como relações entre coisas, as qualidades peculiares das relações sociais são transferidas às mercadorias. A sociedade liquido-moderna sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necessário para a consolidação de ideias, hábitos, e rotinas, das formas de agir. Com isso, fica claro que a velocidade dos acontecimentos interfere na vida das pessoas. Isso afeta a vida das pessoas de uma forma negativa, gerando vários conflitos pessoais e a partir daí surgem problemas psicológicos relacionados à falta de autoconfiança, auto aceitação, tal quais outros transtornos mentais e o desejo pelo suicídio. Algumas pessoas ver no suicídio a única alternativa possível de acabar com a dor emocional, causada seja por frustrações, solidão, depressão, uso abusivo de álcool e outras drogas, seja por pressões sociais e sensação de fracasso. Tem como objetivo geral analisar os impactos da sociedade liquida, imersa nas redes sociais, compreendendo como a vida robótica pode afetar na saúde mental e agravar e/ou desencadear o desejo pelo suicídio. Os objetivos específicos são: constatar a importância da mobilização dos/as assistentes sociais na luta antimanicomial e contra o retrocesso da Política Nacional de Saúde Mental no âmbito do Sistema Único de Saúde e mostrar os impactos que a internet pode causar na vida das pessoas, quando aliada a mídia, movida pela política neoliberal e o capital. A metodologia utilizada foi construída através de pesquisa bibliográfica e documental, de caráter exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, analisando as informações a partir de uma perspectiva crítica com foco nas questões sociais, bem como em plataformas de trabalhos científicos e em sites de saúde, livros, dados primários e secundários. Conforme dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 800 mil pessoas por ano em todo o mundo cometem suicídio, sendo a segunda maior causa de morte entre as pessoas de 15 a 29 anos de idade. A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no planeta, aparecendo entre os 10 primeiros motivos de causa morte. De acordo com Bauman (2007) a sociedade atual vive em constante mudança em um tempo mais curto para conclusões de hábitos, rotinas e sonhos, os quais muitas vezes são influenciados pela moda padronizada, o “ser igual” e pelo consumismo. Uma vida que constantemente prevê momentos futuros sem viver o presente, pessoas vivendo uma existência precária de incertezas e frustrações, centrada na preocupação demasiada do julgamento de outrem e sob pressões sociais. Os desafios postos aos profissionais de Serviço Social, está no fato destes compreenderem as múltiplas expressões da questão do suicídio, tanto como uma questão de saúde pública, com mortes provocadas pela violência autoinfligida quanto como uma questão social. Um outro desafio posto aos profissionais da saúde, de maneira geral, é a realização permanente da prevenção do suicídio, com o propósito da garantia do cuidado e da promoção da saúde, tanto na Rede de Atenção Básica quanto na Rede de Atenção Psicossocial, envolvendo os Centros de Atenção Psicossocial em suas diferentes modalidades. A categoria dos assistentes sociais e o conjunto de suas entidades representativas Conselho Federal de Serviço Social – Conselhos Regionais de Serviço Social, tem reforçado seu posicionamento em favor de um modelo de atenção orientado pela Reforma Psiquiátrica, que propõe a construção de uma política pública referenciada na garantia de direitos, liberdade de usuários/as e respeito às pessoas que vivem com transtornos mentais e suas famílias.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900