28/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO-19B - GT 19 - Educação On Line e Saúde |
31583 - PROCESSO DE APRENDIZAGEM E ENSINO UTILIZANDO O FACEBOOK
JULYANA SILVA DE ASSIS - CEFOR-RH/PB, CYLENE BEZERRA DE MEDEIROS NÓBREGA - CEFOR-RH/PB, ERNANDE VALENTIN DO PRADO - CEFOR-RH/PB, FÁTIMA ALEXANDRA H. F. PEREIRA - CEFOR-RH/PB, ISLANY COSTA ALENCAR - CEFOR-RH/PB, MAX F. SILVA DE LIMA - CEFOR-RH/PB
Este trabalho destina-se a compartilhar a experiência de criação e realização de um curso na modalidade EaD onde foi utilizada a ferramenta da plataforma digital do facebook. A coordenação pedagógica e o Apoio Institucional, do Centro Formador de Recursos Humanos da Paraíba (CEFOR-RH/PB) idealizou e realizou o “Curso de Formação de Tutores para Processos Educacionais”. Este, foi parte constitutiva do processo seletivo para tutoria do curso de “Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde na Paraíba”, vinculado ao projeto “Itinerários do Saber”, no período de abril a maio de 2019. O curso teve os seguintes objetivos: capacitar tutores interessados em participar do Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde na Paraíba; aproximá-los dos aspectos teóricos e metodológicos da Educação Popular em Saúde e da realidade da Atenção Básica e contribuir para o desenvolvimento de habilidades de comunicação e mediação de grupos. A carga horária do curso foi de 20 horas. Inicialmente foram 30 inscritos e um total de 20 concluintes. Os educandos interagiam em um grupo fechado do facebook e tiveram a sua disposição textos, vídeos, imagens, material de estudo e cronograma de atividades e, principalmente, seis educadores com os quais podiam interagir o tempo todo. O processo proposto foi desenvolvido em três módulos e seis atividades, a saber: módulo I - avaliação diagnóstica identificando saberes, concepções e desafios dos educandos; módulo II - abordou temas relativos à Educação Popular em Saúde e a Atenção Básica; módulo III - referiu-se a atividades de planejamento de processo formativo e avaliação final do curso. A proposta pedagógica do curso se fundamenta na premissa de que facilitadores e educandos são sujeitos ativos no processo de construção do conhecimento, partindo da realidade em que eles estão inseridos. Os facilitadores assumiram o papel de estimular os educandos para que, dialogicamente, refletissem e buscassem compreender as práticas pedagógicas, alinhadas aos pressupostos da Educação Popular em Saúde. Para atender aos objetivos propostos, o processo de ensino-aprendizagem baseou-se na problematização da realidade, na análise e solução de situações vivenciadas no cotidiano e principalmente, na promoção do diálogo entre educandos, e destes com os educadores, assumindo que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (FREIRE, 1999). O processo avaliativo se deu de maneira contínua, exigindo reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem. Inicialmente, houve resistência por parte de alguns estudantes do curso, sendo justificado por já terem sido tutores de processos semelhantes. Outro fator que motivou resistência em relação ao processo e a plataforma escolhida foi o fato da distância posta pela EaD entre educandos e educadores, evidenciados nas cartas escritas pelos educandos, na atividade de avaliação final do curso. Entretanto, também houve registro de que o fato do processo ter sido à distância possibilitou a participação do mesmo, pelos horários flexíveis para realização das atividades propostas. Utilizamos a plataforma do facebook pela facilidade de acesso e de utilização, pela característica de ser autoexplicativa, intuitiva e pelo fato da plataforma já ser utilizada pela maioria dos estudantes inscritos no curso. Consideramos pertinente também destacar que para a utilização da plataforma não faz-se necessário o suporte e administração de um profissional da Tecnologia da Informação. O facebook se mostrou uma ferramenta compatível com os objetivos do curso e com a metodologia proposta. Além disso, facilita o uso de imagens, textos, áudios e outras formas de interação, possibilitando a promoção do diálogo entre os participantes. Essa observação é relevante principalmente porque serve de parâmetro para a questão: é possível educar-se em processos EaD? Se considerarmos o que diz Brandão (2002), que o diálogo não é a razão de ser da educação, mas a própria educação, pode-se concluir que o meio de comunicação, como as redes sociais, podem ser um instrumento poderoso, auxiliando na dialogia e na problematização das situações vivenciadas no cotidiano. Devido às experiências passadas com outras ferramentas EAD e o tempo solicitado para a execução do curso, a plataforma do facebook se apresentou de forma viável e significativa para o desempenho da Coordenação Pedagógica, e do Apoio Institucional do CEFOR, fortalecendo os processos educacionais dos estudantes e futuros tutores. Referências
BRANDÃO, C. A educação popular na escola cidadã. Petrópolis: Vozes, 2002. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 34. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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