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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-32E - GT 32 - Trabalho, ambiente e território

31262 - A VIVÊNCIA DE SER RESIDENTE NA IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO NA COMUNIDADE DO CAMPO VILA TAQUARIL (DF)
PEDRO HENRIQUE SANTOS VITORIANO - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ANA CAROLINA XAVIER ESTEVES - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, JÉSSICA QUIRINO MEDEIROS - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, JOSIEL ALVES DA SILVA - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, OSVALDO PERALTA BONETTI - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RENATA MUSA LACERDA - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, THAYLLINE KELLEN DA SILVA ARAÚJO - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, YO HWA FARIAS CUNHA - FIOCRUZ - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ


O Diagnóstico Rural Participativo - DRP é um conjunto de técnicas e ferramentas que visa a inclusão da comunidade na formulação do diagnóstico de seu território, e a partir disso planejar ações em prol da melhoria do território.Assim, objetiva estimular o protagonismo das pessoas nas escolhas e conscientização sobre seus papéis nas alterações no espaço por meio da participação ativa no diagnóstico.A equipe responsável pela ação, são os residentes em saúde da família com ênfase na população do campo da Fiocruz de Brasília, que atuam na UBS 17 - Jardins Morumbi, localizada na zona rural de Planaltina - DF.A comunidade escolhida para aplicação do DRP foi o núcleo rural Vila Taquaril, o qual possui cerca de 40 famílias e é uma das nove microrregiões coberta pela respectiva unidade.Apresenta condições sociais, econômicas e estruturais de muita vulnerabilidade, fato que ressalta a importância de intervenção, no intuito de instigar os moradores a construírem a leitura da realidade local.Sendo assim, foram definidas três ferramentas para o trabalho: o mapa social, a entrevista semiestruturada e a árvore de problemas que foi adaptada especificamente para esta comunidade.Após a estruturação do processo, chegou a hora da aplicação do DRP na comunidade.Foram exatamente duas semanas de visitas domiciliares para levantamento de informações.O número de pessoas que compareceu não foi o esperado, pois tínhamos ciência que a maioria das pessoas que vivem na Vila Taquaril são assalariadas e trabalham na área urbana.Contudo, conseguimos reunir 14 pessoas no total, um número bastante representativo.O mapa social foi a primeira ferramenta utilizada, com finalidade de apresentar o que foi identificado pela equipe durante o processo de territorialização, decorrido em um momento anterior no qual todos os núcleos rurais atendidos na UBS 17 foram mapeados, identificando suas potencialidades e vulnerabilidades.Assim, submetemos o mapa construído aos moradores, com o propósito de que fizessem suas avaliações no que foi identificado, para então complementar ou corrigir alguma informação.Contudo, a análise aprovou de forma unânime as descrições contidas no mapa.Em um segundo momento, aplicou-se a entrevista semiestruturada.Inicialmente fomos devidamente apresentados e explicamos qual o intuito das perguntas, que envolveram informações de âmbito individual e coletivo como: naturalidade, renda, escolaridade, ocupação, e quais os principais problemas da Vila.Dentre os problemas elencados, a estrada de chão batido que acarreta muita poeira e piora a situação das crianças com doenças respiratórias, além disso, durante o inverno, poças enormes de lama se acumulam na estrada do território. A distância do local traz também o difícil acesso aos serviços de saúde, educação e lazer.A Vila tem acesso à energia elétrica, mas em uma das ruas a luz não foi instalada, trazendo a problematização da periculosidade.E uma curiosa situação também foi relatada, eles não possuem associação de moradores, nem tampouco um líder comunitário e esse fato impacta a organização local, trazendo traços de individualismo e consequentemente desunião na comunidade.Durante a terceira e última ferramenta do DRP, convidamos todos os moradores a se reunirem na igreja, já que era um local central e que todos podiam comparecer.Então foi organizado uma acolhida, cada pessoa se apresentou falando o seu nome, em seguida, a equipe de residentes organizou uma dinâmica de gestos, em que cada um criou um movimento e, a partir disso os demais repetiam, foi um momento de descontração do grupo e fez com que todos se envolvessem.A técnica escolhida foi a árvore de problemas, que foi adaptada como “Árvore dos Sonhos”: o tronco representaria o sonho propriamente dito, as raízes o que era necessário ser feito para realização, e as folhas o resultado sobre o que traria de benefício, caso este sonho se torna realidade.O relato da maioria foi de acordo com toda a problematização levantada durante a entrevista semiestruturada.O sonho em comum apontado foi a necessidade de união entre as pessoas, a qual se atingida, conseguiriam então eleger um líder, este seria o mediador entre os moradores e ficaria encarregado de lutar pelos direitos e pelas melhorias nas condições de vida da comunidade.Em uma análise crítica do processo, a intencionalidade da equipe de residentes foi realizada e a aplicação das ferramentas ocorreu como esperado.Foi nítida a participação dos moradores.Conseguimos aproximá-los e incentivá-los na luta coletiva por mais saúde e qualidade de vida.O propósito maior deste relato foi o de compartilhar a realidade das pessoas que vivem na zona rural, como também chamar a atenção das autoridades, gestores, pesquisadores e trabalhadores da saúde sobre as complexidades compreendidas nos territórios do campo.Assim, buscamos de alguma forma sensibilizá-los a enxergarem essa população com outros olhos, e desta forma poder reduzir as desigualdades sociais gritantes a que estão submetidos.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900