30/09/2019 - 13:30 - 15:00 EO-32G - GT 32 - Produção de saúde, acidentes e agravos no trabalho |
31124 - DESENVOLVIMENTO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE HANSENÍASE PARA ADOLESCENTES MARTA MARIA FRANCISCO - UFPE, MARIA GORETE LUCENA DE VASCONCELOS - UFPE, ELIANE MARIA RIBEIRO DE VASCONCELOS - UFPE, MARIA ILK NUNES DE ALBUQUERQUE - UFPE, ESTELA MARIA LEITE MEIRELLES MONTEIRO - UFPE, MARIA AUXILIADORA SOARES PADILHA - UFPE, NEFERSON BARBOSA DA SILVA RAMOS - UFPE, JONES SIDNEI BARBOSA DE OLIVEIRA - UFPE, ENAIDE ALENCAR VIDAL PIRES NETA - UFPE, SARA NUNES DE LYRA - UFPE, BRENDA ELIZE NUNES DA HORA - UFPE
DESENVOLVIMENTO DE UMA TECNOLOGIA EDUCACIONAL SOBRE HANSENÍASE PARA ADOLESCENTES
INTRODUÇÃO: hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, de magnitude e alto poder incapacitante. Em 2016, segundo a Organização Mundial de Saúde, 143 países reportaram 214.783 casos novos de hanseníase, concorrendo para ser caracteriza como importante problema de Saúde Pública. No Brasil, no mesmo ano, foram notificados 25.218, perfazendo uma taxa de detecção de 12,2/100 mil/Hab. Essa taxa classifica o país como de alta endemicidade, sendo o segundo país com o maior número de casos novos, registrados no mundo. Em Pernambuco, em 2017, 184 casos novos foram registrados em menores de 15 anos. A prevalência em Pernambuco foi de 26 casos por 10 mil habitantes entre 0 a 14 anos, e 378 casos por 10 mil habitantes para as pessoas com idade igual e maior que 15 anos. A hanseníase compõe a classificação das doenças negligenciadas e o seu quadro epidemiológico evidencia a necessidade de investimento em ações para o seu controle, como o desenvolvimento de tecnologias educacionais para oportunizar o acesso de crianças e adolescentes a conhecimentos que possam auxiliar na detecção precoce e controle da doença. OBJETIVO: Desenvolver uma tecnologia educacional, que promova conhecimentos sobre os sinais e sintomas da doença e desperte nos adolescentes a busca pelo diagnóstico precoce. MÉTODO: Estudo metodológico de desenvolvimento de uma tecnologia educacional com abordagem quantitativa. A tecnologia educacional elaborada consistiu em uma primeira versão de um jogo de cartas, que foi submetido à validação de conteúdo e aparência por juízes (expertises) por meio da técnica Delphi, que possibilita a contribuição para as alterações consideradas necessárias. Foi necessário o envio do material de coleta para apreciação da tecnologia, inclusive com o acréscimo das modificações sugeridas anteriormente, totalizando três rounds, até obter o consenso dos participantes. Foram calculados separadamente os índices de validações de conteúdo, linguagem e aparência, uma vez que cada etapa da validação teve um objetivo específico, sendo considerando aprovado o item que obteve média igual ou superior a 0,8, o coeficiente de validade pode ser de 0,7 ou mais. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O jogo da memória foi validado como uma tecnologia educacional, pois obteve o índice de validade de conteúdo de 88,63% de congruência nas respostas dos juízes. Nesse processo de aprender, brincando e jogando, o educador/enfermeiro tem o papel fundamental de mediador, onde interage com os educandos por meio da linguagem que possibilita o acesso ao conhecimento e a cultura. A utilização de um jogo permite ao indivíduo adquirir informações, habilidades e valores, a partir do contato com a realidade, em convivência direta, nos espaços que frequenta. Portanto, a tecnologia educacional sobre a hanseníase, como ferramenta potencial do ensino-aprendizagem, possibilitará aos adolescentes além da interação, do convívio social, trabalhos em grupos da mesma faixa etária, a percepção de mudança de comportamentos, principalmente a construção e aprofundamento do conhecimento sobre a hanseníase. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Enquanto tecnologia educacional o jogo validado apresentou linguagem clara, objetiva, com imagens atrativas que facilitam a compreensão e o processo ensino-aprendizagem. O jogo de cartas constitui uma tecnologia educacional manual que possibilita o fortalecimento de relações face a face entre os adolescentes, na construção coletiva de conhecimentos que auxiliam a despertar o interesse por observar de forma mais precisa, lesões/manchas apresentados, na prática de sua auto inspeção da pele, como também de pessoa do seu convívio social, possibilitando atitudes de busca precocemente ao tratamento junto à equipe de saúde da família, para evitar incapacidades e auxiliar no controle da doença.
Descritores: Hanseníase. Tecnologia Educacional. Educação em Saúde. Jogo da Memória. Saúde Escolar.
|

|