29/09/2019 - 13:30 - 15:00 CB-1A - GT 1 - Estudos com abordagens teóricas e metodológicas com diversos sujeitos em situação de vulnerabilidade |
29213 - O TRABALHO EM GRUPO COM IDOSOS E SUA IMPORTÂNCIA NO ÂMBITO DA PREVENÇÃO EM SAÚDE E NA FORMAÇÃO MÉDICA CECÍLIA MARIA ALVES DE FREITAS - FACULDADE DE MEDICINA - UFAM, ADAN RENÊ PEREIRA DA SILVA - DOUTORADO EM EDUCAÇÃO - UFAM, NILZA OLIVEIRA DOS SANTOS - FACULDADE DE MEDCINA - UFAM, ANNE KARINA PEREIRA DA ANDRADE - FACULDADE DE MEDICINA - UFAM, SUELY APARECIDA DO NASCIMENTO MASCARENHAS - FACULDADE DE EDUCAÇÃO - UFAM
De fundamental importância no ambiente de formação médica, a disciplina Saúde Coletiva acaba por fornecer outras fontes de interpretação para conceitos como “saúde” e “doença”, em um ambiente regido ainda majoritariamente por leituras biologicistas e anatomo-patológicas do adoecer. A disciplina, no âmbito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas, promove, durante o semestre letivo, atividades em grupo com idosos, com aproximadamente 22 pessoas, às quartas-feiras. Tais atividades são de promoção em saúde e versam sobre temas múltiplos, como sexualidade na terceira idade, importância da socialização e do autocuidado, nutrição, vínculos, depressão, entre outros. Com o grupo, são realizados passeios, viagens, conversas, palestras e outras atividades que pensem a saúde para além somente do corpo físico, visando também à saúde mental. Neste sentido, pensa-se a importância das ações realizadas no componente curricular, pelo suporte psicossocial ofertado, pelas atividades lúdicas, de socialização das alegrias, tristezas e demais vivências em suas especificidades como idosos. Objetiva-se gerar bem-estar subjetivo, com estímulo à resiliência, bem como criar condições propícias para que alunos de Medicina entendam a saúde coletiva em seu sentido amplo, problematizando, inclusive, as já citadas noções tradicionais de saúde e de doença. Como principais desafios estão a manutenção das atividades, da Universidade enquanto promotora da prática em épocas de retrocessos e ataques ao campo da saúde, especialmente a mental. Desta forma, pretendeu-se e pretende-se continuar a debater práticas de cuidado a pessoas idosas, com foco na saúde mental, bem como fortalecê-las na atual conjuntura sócio-política, o que se entende ser o principal resultado obtido com as atividades. Entretanto, as atividades de reflexão não cessam, restando muitos questionamentos ainda a serem respondidos, como, por exemplo: que reflexões podem ser postas ao campo da Saúde Coletiva para suas atividades? Quais são as especificidades mais notadas no trabalho com o idoso? Quais são os limites e as possibilidades do cuidar para esta população específica? Como sensibilizar docentes e discentes do curso de Medicina para outros paradigmas de saúde e de cuidado, para além do modelo biologicista enraizado no ensino médico?
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