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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-25B - GT 25 - Pesquisar e Cuidar para Garantir a RP

30769 - A(COLHER): SEMEANDO DISCUSSÕES ACERCA DOS DESAFIOS DA RESOLUTIVIDADE DAS DEMANDAS DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA.
DÉBORA MORGANA SOARES OLIVEIRA DO Ó - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ/PE, MARIANA BOULITREAU SIQUEIRA CAMPOS BARROS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE/CAV, IDÊ GOMES DANTAS GURGEL - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ/PE, JÉSSICA RODRIGUES CORREIA E SÁ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, LARYSSA PRISCILLA MÉLO DOS SANTOS ALVES - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ/PE, CÁIO DA SILVA DANTAS RIBEIRO - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ/PE, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES - FIOCRUZ/PE, RHUANNA KAMILLA DA SILVA SANTOS - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PERNAMBUCO - ESSPE


Apresentação/Introdução: Uma das diretrizes específicas da Política Nacional de Humanização, pauta sobre o acolhimento com o objetivo de através da escuta qualificada e equidade ampliar o acesso aos demais níveis do sistema de saúde. Para acessar o SUS os usuários detêm em seu território, como porta preferencial, a Atenção Primária à Saúde (APS), espaço ideal para acolher, estabelecer vínculos e abordar os sujeitos de forma integral. Diante das demandas acolhidas, as referentes à saúde mental são dadas como as mais complexas, visto que há um crescente adoecimento psíquico da população, reforçando a necessidade de ações efetivas sustentadas na recognição dos pontos que perpassam pela subjetividade da pessoa em sofrimento mental, bem como de seus familiares, que direciona-se a uma abordagem do território e das relações mantidas pelo sujeito. Dessa forma, reafirma-se que pautar a saúde mental na Atenção Básica fortalece a integralidade, colocando o indivíduo como atuante no processo de cuidado a partir de suas respectivas singularidades. Objetivos: Analisar como os Enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família, lotados na cidade do Recife/PE alcançam resolutividade no acolhimento às demandas de Saúde Mental na Atenção Primária. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e qualitativa, realizada em 2018, na cidade de Recife-PE que possui uma organização do território dividida em 08 Distritos Sanitários (DS), para o estudo abordou-se as Unidades Básicas de Saúde do DS mais populoso. Foram escolhidos de maneira randomizada, obtendo-se a amostra por saturação, oito profissionais Enfermeiros lotados nas referidas unidades. A coleta de dados se deu através da aplicação de um roteiro de entrevista semiestrututrado, baseado nos Cadernos de Atenção Básica sobre o Acolhimento à Demanda Espontânea, com foco na Atenção em Saúde Mental. As entrevistas foram registradas por meio do aplicativo “gravador de voz”, transcritas e organizadas com auxílio do software DSCsoft na versão 2.0. Os dados foram analisados qualitativamente através da utilização do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A pesquisa obedeceu aos preceitos éticos por meio da Resolução 466/12 do CNS e foi aprovada sob CAAE:97776718.4.0000.5201. Resultados: Além de caracterizar as entrevistadas, arquitetou-se três Ideias Centrais (IC) a partir dos DSC. A formação das profissionais para atuação no acolhimento em saúde mental foi abordada, originando a “IC 1: Formação deficiente acerca do acolhimento em saúde mental.” O presente estudo também se propõe a entrar nas principais dificuldades enfrentadas ao acolher as demandas de saúde mental nas UBS construindo a “IC 2: Formação profissional e a Rede de Atenção à Saúde como obstáculos no acolhimento às demandas de saúde mental.” E por fim, acerca da resolutividade do acolhimento às demandas de saúde mental, obteve-se o seguinte cenário: “IC 3: Como resolver? Dificuldades no acesso à medicação e a profissionais especializados.” Discussão: O DSC1 destaca a aprendizagem centrada na prática hospitalar, oportunizando uma formação que encontra esfinges para entender a lógica da desinstitucionalização e organização dos novos dispositivos de saúde mental existentes no território. A Ideia Central 2 retoma o processo formador, no tocante a educação continuada, elucidando a oxigenação da prática para expandir a comunicação, fortalecer o acolhimento e estabelecer uma vinculação entre profissional, usuário e rede indispensável para a terapêutica. Exprime ainda, a relação fragmentada da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e APS, que pode ser suplantada valorando a intersetorialidade, ferramenta importante no processo de cuidado das pessoas em sofrimento psíquico, que permite utilizar dispositivos da comunidade, facilitando a criação de um projeto terapêutico singular e ressocialização do paciente dentro do seu território, obedecendo aos princípios da Reforma Psiquiátrica e resolvendo demandas existentes. Em se tratando de resolutividade, o DSC3 apresenta a lacuna da manutenção da mesma conduta por longos períodos, este fato torna-se frequente no âmbito da saúde mental, em consequência do emprego de uma linha de cuidado marcada pela visão cartesiana hegemônica, fragmentando a interação e subjetividade necessárias no tratamento destes pacientes na Atenção Básica, ambiente propício para superar os obstáculos da psiquiatrização. Conclusões/Considerações Finais: Por fim, há que se destacar, soluções objetivas como a construção social das matrizes curriculares, aproximando dispositivos importantes da RAPS ao processo de formação, além da valoração da educação permanente, mecanismos que trazem melhor compreensão de rede, auxiliando no processo de trabalho. Para além desse movimento, deve-se resistir à medicalização do sujeito, considerando a inserção das práticas integrativas, dos grupos comunitários e uso do território no projeto terapêutico que deve ser singular.

local do evento

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