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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-28B - GT 28 - Saúde, Currículo, Formação: Experiências, Vivências, Aprendizados e Resistência Sobre Raça, Etnia, Gênero e Seus (Des)Afetos: Políticas Públicas e Intersetorialidade

31114 - O TRABALHO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE FRENTE ÀS AÇÕES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DO MUNICÍPIO DE ILHABELA
MARIE ANNE PACHECO VAN SEBROECK - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ILHABELA, RENATA CABRAL VENTURA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ILHABELA, TÂNIA CRISTINA FREITAS BARBOSA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ILHABELA, MARCIO RUSSO NAKASONE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ILHABELA, ANTÔNIO CARLOS CARDOSO GALANTE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ILHABELA


O trabalho do Núcleo de Educação em Saúde frente às ações dos Agentes Comunitários de Saúde na Estância Balneária do Município de Ilhabela. Início da Experiência: Maio de 2017. Introdução: A Educação Permanente em Saúde (EPS) se configura como uma proposta de aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações. A EPS se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais. Caracteriza-se, portanto, como uma intensa vertente educacional com potencialidades ligadas a mecanismos e temas que possibilitam gerar reflexão sobre o processo de trabalho, autogestão, mudança institucional e transformação das práticas em serviço. (BRASIL, 2017). O Ministério da Saúde instituiu, no ano de 2004, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) como estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) para a formação e o desenvolvimento dos seus profissionais e trabalhadores, buscando articular a integração entre ensino, serviço e comunidade, com base em reflexões críticas, além de assumir a regionalização da gestão do SUS, para o desenvolvimento de iniciativas qualificadas ao enfrentamento das necessidades e dificuldades do sistema. (BRASIL, 2017). O Núcleo de Educação em Saúde vem desenvolvendo ações conjunta a Estratégia de Saúde da família (ESF) no município, na perspectiva de fomentar ações teórico-práticas que buscam qualificar o Agente Comunitário de Saúde. O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o trabalhador de destaque nessa proposta de atenção (ESF), e constitui como elo entre a equipe de saúde e a comunidade facilitando o trabalho de promoção e vigilância á saúde (LEVY; TOMITA, 2004). Justificativa: Considerando o ACS como mediador da saúde, a pesquisa objetiva identificar as necessidades de aprendizagem e gerar reflexão sobre o processo de trabalho, transformando as práticas em serviço. Objetivo: Capacitar os ACS para que estes possam ter um bom alicerce para o desenvolvimento de seu trabalho e com isso minimizar os conflitos existentes em seu dia a dia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva realizada através da aplicação de um questionário semi-estruturado aos Agentes Comunitários de Saúde atuantes no município. A pesquisa descritiva tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, são utilizadas ainda técnicas padronizadas para a coleta de dados (GIL, 1999). O município de Ilhabela possui 8 PSF, sendo composto por 11 Equipes, distribuídas pelo município. A população estudada foi composta por 56 profissionais ACS, que estão ativos nas unidades. Resultados: Após aplicar o instrumento norteador, o qual 56 Agentes Comunitários de Saúde (8 unidades básicas) responderam, adesão de 100% desta categoria, os resultados obtidos apontaram algumas necessidades de abordar tema, tais como: funcionamento do serviço de regulação e transporte, saúde da mulher, funcionamento do centro de atenção psicossocial, tuberculose, hanseníase, recadastramento, visita domiciliar, violência doméstica, hepatites virais, pediatria, febre amarela, alimentação saudável, ouvidoria, saúde do homem, entre outros. A partir dos resultados analisados dos questionários foi montado um cronograma anual, com capacitação mensal, toda ultima sexta-feira do mês, das 9h às 12h, com profissionais qualificados das áreas de necessidade. O trabalho deu-se inicio em maio de 2017, e persiste até os dias de hoje, porem agora com um maior cronograma, dois dias por mês. A adesão foi de 60% dos Agentes Comunitários de Saúde nas capacitações. Na perspectiva da EP, estas capacitações ajudam nas construções sociais, fazendo com que o sujeito seja atuante, deixando assim de ser um refém social. No decorrer destes dois anos, percebeu-se à importância destes treinamentos, no que se refere ao amplo conhecimento e trocas de experiências e vivências pelos atores envolvidos, pois a construção foi simultânea. Atualmente, os profissionais apresentam maior conhecimento sobre seu trabalho, estando estes qualificados e aptos a enfrentar a realidade e desafios em serviço, além do cotidiano do seu território, que se apresenta em constante movimento e transformação.
Considerações finais: As capacitações trouxeram uma reflexão de ideias, empoderamento da categoria, maior segurança no desenvolvimento da função, e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde, destacando e valorizando o trabalhador sendo este o Agente Comunitário de Saúde. Referências bibliográficas:
Brasil. Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, Anexo XL, de 28 de setembro de 2017.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
LEVY, F.M.; MATOS, P.E.S.; TOMITA, N.E. Programa de agentes comunitários de saúde: a percepção de usuários e trabalhadores de saúde. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 197-203, jan.-fev. 2004.

local do evento

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