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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-15G - GT 15 - Saúde LGBT

30454 - OFICINA GÊNERO, SEXUALIDADE E ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO TRANS: UM PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
ALEXIA DE ALMEIDA REIS RODRIGUES - ACADÊMICA DE MEDICINA, BOLSISTA PIBEX/UNIRIO, FABIANA ALBINO FRAGA - ENFERMEIRA, MESTRANDA PPGENF/UNIRIO, JEMINA PRESTES DE SOUZA - ENFERMEIRA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA/CENTRO DE SAÚDE MANOEL JOSÉ FERREIRA, MARIA CONCEIÇÃO SCHORN HARB - ENFERMEIRA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA/CENTRO DE SAÚDE MANOEL JOSÉ FERREIRA, ANDRÉA FELIZARDO AHMAD - ENFERMEIRA, MESTRANDA PPGENF/UNIRIO, AIARLEN DOS SANTOS MENESES - ENFERMEIRO, MESTRANDO PPGENF/UNIRIO, GABRIELA SOUZA GOMES - ACADÊMICA DE MEDICINA UNIRIO, MARIAH MONTEIRO RANGEL ABREU - ACADÊMICA DE MEDICINA UNIRIO, ADRIANA LEMOS - DOUTORA EM SAÚDE COLETIVA, PROFESSORA ASSOCIADA EEAP/UNIRIO


Contextualização: A população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBTT), ao divergir do padrão social binário e heteronormativo, apresenta determinante de saúde por causa de sua sexualidade e/ou gênero. Apesar da política nacional de saúde integral para esta população, muitos deles sofrem discriminação ao buscar atendimento dos serviços de saúde, tendo seu direito constitucional violado. Nesse contexto, o Projeto de Extensão “Práticas educativas para a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos pela equipe da Estratégia Saúde da Família”, vinculado à Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), tem dentre seus objetivos o de realizar atividades de educação permanente com os profissionais da Estratégia de Saúde da Família Unidade de Saúde da Família no Catete, Zona Sul do município do Rio de Janeiro com vistas ao fortalecimento da integração ensino-serviço e comunidade, combatendo preconceitos e promovendo melhor acolhimento para todas as populações.

Descrição: Este relato de experiência tem por objetivo descrever atividades de educação permanente com agentes comunitários de saúde (ACS) sobre gênero, sexo, sexualidade e atendimento à população transexual. Trata-se de relato de experiência de atividades do projeto de extensão, desenvolvidas no primeiro semestre de 2019. Inicialmente, como forma de interlocução com a Unidade de Saúde, foi realizada uma reunião com a enfermeira gerente e outra colaboradora do projeto para apresentação da proposta de uma Oficina com os ACS. Depois, com os demais integrantes do projeto, foi realizado o planejamento das atividades: no primeiro momento houve roda de discussão, a partir de leitura de textos temáticos sobre educação em saúde, gênero e sexualidade e política de atenção à saúde LGBT; em seguida, a definição das técnicas utilizadas e criação de apresentação de slides e folders, além de compra do material necessário.

Resultados e discussão: foram realizados dois encontros com cerca de oito ACS, tendo poucos deles estado presentes em ambas atividades. Começou-se discutindo conceitos de gênero, sexo e sexualidade e os principais questionamentos foram sobre a transexualidade. Diante disso, planejou-se a segunda atividade voltada para o atendimento à população trans. Apesar do despreparo, notou-se empenho em atender melhor a comunidade LGBTT. Observou-se que o tema permanece excluído de grandes discussões, ainda que conheçam casos de constrangimento que ocorreram naquela UBS. Logo, estratégias que procurem discutir as particularidades da prevenção, promoção e assistência à saúde desses grupos necessitam ser estimuladas e reproduzidas a fim de melhor atender e captar esses usuários em um ambiente favorável a práticas integradoras com respeito à diversidade sexual e de gênero.

Aprendizados e análise crítica: Conclui-se que a atividade educacional realizada foi de extrema importância para combater mitos e preconceitos referentes à saúde LGBTT no cenário da atenção básica. Observou-se que após a atividade educacional, os ACS se mostraram mais confiantes e sensibilizados sobre as temáticas abordadas, ainda que por vezes entrassem em conflito com crenças pessoais. Além disso, mostraram-se dispostos a se aprofundar neste tema, bem como mudaram concepções no sentido de respeitar as decisões dos pacientes e realizar abordagem adequada para o acolhimento desses usuários. Esta é uma atividade que terá continuidade com ampliação de participantes não só ACS, mas com demais componentes das equipes de saúde, com intuito de contribuir para os saberes e práticas no âmbito da promoção dos direitos sexuais e reprodutivos.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900