29/09/2019 - 13:30 - 15:00 EO-15B - GT 15 - Saúde e Narrativas de Si |
30426 - DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E SAÚDE MENTAL: DIÁLOGOS E EXPERIÊNCIAS NO AMBIENTE ACADÊMICO ANA PATRICIA VIANA DA SILVA - FIP, ISAÍAS SERAFIM DE CARVALHO FILHO - FIP, CALIANE MAYSA TURBANO DA SILVA - FIP, CARMEN SILVA ALVES - FIP, GLAUCIA THAIS JUSTINIANO - FIP
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
A oficina intitulada: o individual de cada um: discussões sobre identidade de gênero e saúde mental, foi realizada por três extensionistas do projeto Capacitá SM, no dia 13 de maio de 2019.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Este relato de experiência é fruto do projeto de extensão Capacitá Saúde Mental desenvolvido pelo curso de Serviço das Faculdades Integradas de Patos (FIP) desde o ano de 2017, o qual tem o objetivo promover capacitações permanentes, através de estudos que fomentem as práticas intersetoriais para os trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial, da cidade de Patos. Na ocasião da realização do I Seminário da Saúde Mental e Luta Antimanicomial: cujo tema foi “Cada um com seu jeito, cada jeito é de um: novos e velhos desafios da saúde mental no Brasil”, as ações do projeto ocorreram como ato comemorativo em alusão ao dia Nacional da Luta Antimanicomial, instituído em 18 de maio. Na programação do evento foram idealizadas oficinas temáticas, dentre estas, destacamos a oficina: discussões sobre gênero e saúde mental: diálogos e experiências no ambiente acadêmico. O tema surgiu após colocar em debate os índices exaltados, que cercam 300 milhões de pessoas que são afetadas por transtornos psicossociais como a depressão (OPAS/OMS, 2018), sendo a mulher a pessoa mais propensa a desenvolver a doença. Assim como, a população LGBTT+, que além da depressão, também é alvo de violências psicológicas, muitas vezes desde a infância, o que a União Nacional LGBT (2018) denomina homofobia psicológica, estando presente em inúmeros casos de violência conta a população LGBTT+ registrados diariamente em amplos veículos de comunicação.
OBJETIVOS
Objetivou-se discutir e ampliar o conhecimento acerca da temática gênero e saúde mental. Debater sobre a dimensão da categoria gênero, e os impactos na saúde dos indivíduos que convivem com essas expressões. Refletir sobre as vivencias e experiências das pessoas em torno da categoria gênero e os rebatimentos na saúde mental.
DESCRIÇÃO
A oficina desenvolveu-se em um único turno, sendo iniciado o primeiro momento com exposição de conteúdo em slides. No segundo momento, foi realizada uma dinâmica, cujo objetivo foi incentivar a participação das pessoas presentes para a produção de cartazes, usando recortes de revistas. A produção dos cartazes dividiu-se em duas propostas, primeiro identificar pessoas que estejam mais propensas a sofrerem algum tipo violência, onde os participantes apontam pessoas negras e casais homossexuais como mais propensos a sofrerem violências. No segundo cartaz, os presentes identificam pessoas que, no cotidiano, são mais aceitas na sociedade, como as pessoas brancas e os casais heterossexuais. No terceiro momento, os participantes foram convidados a interagirem, dialogando sobre questões como a importância de discutirmos sobre gênero e saúde mental no âmbito acadêmico. Resultando num expressivo debate entre os extensionistas, profissionais e participantes presentes.
RESULTADOS E APRENDIZADOS
Para captar os resultados, foram disponibilizados formulários de avaliação entre os presentes, cujo conteúdo buscava verificar: desenvolvimento e mediação dos extensionistas; qualidade do material didático; qualidade da exposição da temática; metodologia proposta e interação entre extensionistas e participantes. Na base qualitativa podemos observar 20 (vinte) participantes expuseram sua opinião quanto aos critérios: excelente, ótimo e bom. Sendo que, em sua maioria, em torno de 90% dos participantes, marcaram no formulário a proposta da oficina como excelente. As demais alternativas, variam quanto a bom (10%) e ótimo (15%). Cabe ressaltar que não houve nenhuma alegação sobre a atividade desenvolvida ter sido ruim. Com isso as discussões, avaliações e experiências foram de suma importância para o aprendizado dos discentes em relação a extensão e produção de conhecimento, dando oportunidades aos mesmos de ingressarem na produção científica e acadêmica, e no aprofundamento a respeito de pesquisas nas temáticas abordadas. Tais resultados, favorecem sobremaneira, a possibilidade de o ambiente acadêmico contribuir com a aproximação da comunidade para debater temas recorrentes, além de favorecer a mediação dos discentes e contribuir com seu aprendizado nesta fase primordial de formação.
ANÁLISE CRÍTICA
Diante da realização da oficina, percebemos o quanto é importante debater sobre gênero e saúde mental no âmbito acadêmico, logo é necessário que se amplie o conhecimento sobre as temáticas, buscamos o despertar dos acadêmicos, pesquisadores e profissionais acerca dessas perspectivas, visando respostas sobre algo que está visivelmente posto em nosso cotidiano de forma tão banal, a violência deixa marcas, e negligenciá-las causa a morte. Portanto, consideramos que as discussões elencadas, além de desmistificar as relações que cercam o tema, também apontam que a violência tem raça, cor e gênero, gerando sérios impactos na saúde mental dos indivíduos.
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