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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-15B - GT 15 - Saúde e Narrativas de Si

31261 - O PRECONCEITO E A DISCRIMINAÇÃO SOCIAL: A REALIDADE DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO ACESSO E NA PERMANÊNCIA NO TRABALHO.
HUDSON ANDRÉ DE JESUS - UFMG, HELIAN NUNES DE OLIVEIRA - UFMG, JANDIRA MACIEL DA SILVA - UFMG


Apresentação/Introdução
O acesso ao trabalho como direito humano, garantido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no capítulo segundo e artigo sexto, o estabelece como direito social, assim como a educação, a saúde, a alimentação, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a proteção à maternidade e à infância, e a assistência aos desamparados.
Objetivos
1. Geral:
Compreender como o preconceito e a discriminação social dificultam o acesso e a permanência de travestis e transexuais nos diferentes mercados de trabalho em Belo Horizonte/MG.
2. Específicos:
1. Identificar as formas de expressão do preconceito e da discriminação social vivenciadas por travestis e transexuais na busca pela inserção nos mercados de trabalho.
2. Identificar as formas de expressão do preconceito e da discriminação social vivenciadas por travestis e transexuais no cotidiano das atividades de trabalho.
3. Identificar em quais ambientes de trabalho esta parcela da população LGBT encontra-se inserida.
4. Apresentar aspectos facilitadores e dificultadores da inserção e da permanência de travestis e transexuais nos diferentes mercados de trabalho.
5. Reconhecer ações realizadas que promovam a inserção e permanência de travestis e transexuais nos mercados de trabalho.
Metodologia
Apresenta-se a seguir o percurso metodológico a ser utilizado neste estudo, considerando as seguintes etapas do processo de investigação: delineamento do estudo, sujeitos do estudo, local do estudo, instrumento de pesquisa, registro, processo de organização e de análise dos dados e as considerações éticas do estudo.

1. Delineamento do Estudo:
Foi realizado um estudo transversal, com análise qualitativa, sob aporte teórico das Construções socioculturais de travestis e transexuais, da Violência Simbólica e Violência Estrutural.
Revisão bibliográfica narrativa foi realizada, utilizando os seguintes descritores: LGBT, Emprego e Preconceito, de acordo com o site DeCS - Descritores em Ciências da Saúde,nos idiomas português, espanhol e inglês.
2. Sujeitos da pesquisa: Os sujeitos deste estudo foram informante-chaves, residentes em Belo Horizonte/MG, que atuam em Organizações Governamentais e Não-Governamentais, voltados para a luta e conscientização dos direitos sociais da população LGBT. Serão também incluídos, travestis e transexuais.
Foram contatados os seguintes órgãos governamentais enão-governamental.
3. Local do Estudo
As entrevistas foram realizadas nos locais de maior conveniência para os (as) entrevistados (as).
4. Instrumento de pesquisa
Entrevistas semiestruturadas em profundidade foram realizadas com informantes-chaves que atuam na temática desse estudo.
Na segunda parte, foram realizadas 10 (dez) perguntas semiestruturadas.
Estudo piloto foi realizado pelos próprios pesquisadores.
5. Registro, processo de organização e de análise dos dados.
As entrevistas foram gravadas e, posteriormente, transcritas. Após a transcrição das entrevistas, os dados foram estudados através da análise de conteúdo baseado em Bardin (1977)
6. Considerações éticas do estudo.
Este projeto foi previamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa – COEP /UFMG/Plataforma Brasil para análise e deliberação.
Todos (as) entrevistados (as) foram informados (as) da pesquisa e aqueles (as) que concordaram na participação, assinaram o Termo de Compromisso Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados e discussão
Foi realizada pesquisa bibliográfica através das bases LILACS E MEDLINE via Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) através de estratégias com os descritores DeCS/MeSH nos idiomas inglês, português e espanhol. Após a leitura dos resumos de cada um dos estudos, foram selecionados 10 artigos que apresentaram nos resultados, uma forte relação como tema pesquisado.
Após a leitura destes artigos, foi realizada uma nova pesquisa bibliográfica, em que foram selecionados 115 artigos, que não haviam sido encontrados na pesquisa inicial.
Ficou evidenciado na pesquisa, que o trabalho formal traz dignidade e respeito para travestis e transexuais. Isto auxilia na perspectiva de uma vida melhor, pois a segurança de direitos trabalhistas no mercado formal, possibilita o planejamento de qualificação profissional e assim, melhorar a renda pessoal12.
Porém, é com o desejo de aumentar a renda mensal, que mesmo inseridas no mercado formal, travestis ainda trabalham como profissionais do sexo, no horário alternativo ao expediente estabelecido na rotina diária.
Conclusões/Considerações Finais
Enquanto intervenções a nível de política pública são implementadas, outros direcionamentos específicos para organizações, que promovem a não discriminação em relação à identidade sexual serão garantidos. Além disso, promover ambientes de trabalho onde a minoria sexual emergente seja visível e apoiadas pode criar oportunidades para mitigar a exposição e internalização do preconceito e da discriminação social.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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