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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-15A - GT 15 - Saúde LGBT

29198 - DIFERENÇA DA DIFERENÇA: IDENTIDADES INTERSECCIONAIS E SAÚDE DE MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS NEGRAS
LAYLA VITORIO PEÇANHA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO-UERJ, ADRIANE DAS NEVES SILVA - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA-FIOCRUZ


Diferença da diferença: identidades interseccionais e saúde de mulheres lésbicas e bissexuais negras

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar os padrões que podem esclarecer a invisibilidade destinada a mulheres lésbicas e bissexuais, em especial a lésbicas e bissexuais negras, na área da assistência integral da saúde da mulher, bem como, refletir sobre as identidades interseccionais desses corpos elaboradas sobre discursos de representações machistas, racistas e lesbofóbicas. De forma acentuada partindo dos pressupostos que surgem da hierarquização entre os sujeitos, podemos levantar processos cotidianos de discriminação e racismo institucional no campo do cuidado médico-ginecológico, sobre os corpos de mulheres negras, e estes aspectos são ainda mais acentuados quando esse corpo é lésbico e negro, onde o “corpo lésbico” é destituído cotidianamente de seu papel como agente de sua própria sexualidade. A opressão e as desvantagens que pairam sobre os corpos lésbicos não podem ser efetivamente questionadas a não ser que suas causas e resultados complexos e inter-relacionados possam ser examinados integralmente e a partir de múltiplas perspectivas. Nem todas as lésbicas se veem afetadas pela opressão e/ou pela discriminação da mesma maneira e num mesmo grau. A identidade de uma pessoa ou grupo de pessoas e seus privilégios ou desvantagens respectivas variam dependendo da interseção ou combinação de uma séria complexa de fatores, como a raça, o sexo, a classe econômica, a origem nacional, o lugar/país de residência, a capacidade física/mental, o status familiar, etnia, religião etc. Para o referencial teórico me valho dos conceitos de campo e habitus de Pierre Bourdieu. Os dados aqui analisados são oriundos de dois conjuntos de fontes: documentos dos governos que tem relação com os atendimentos e com as demandas de saúde de mulheres negras, mulheres lésbicas e bissexuais, bem como, artigos que foram publicados na área da saúde sobre o assunto, oriundos da biblioteca virtual SciELO (Scientific Electronic Library Online), através do portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), as bases de dados da Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), bem como, a biblioteca digital brasileira do Banco de Teses e Dissertações (BDTD). Os alicerces de subalternidades atravessados pelas discriminações tornam-se aspectos dinâmicos e/ou ativos de desempoderamento, por isso se faz necessário ações e políticas específicas afim de que se combatam tais opressões.
Palavras-chave: Homossexualidade Feminina; Saúde da Mulher Negra; Racismo Institucional; Interseccionalidade

local do evento

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