29/09/2019 - 15:00 - 16:30 EO-15D - GT 15 - Ciência e Educação |
29214 - A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS E SUA IMPORTÂNCIA NA PROMOÇÃO DA SAÚDE NO AMBIENTE ESCOLAR PARA A POPULAÇÃO LGBTQI+ ADAN RENÊ PEREIRA DA SILVA - DOUTORADO EM EDUCAÇÃO - UFAM, SUELY APARECIDA DO NASCIMENTO MASCARENHAS - DOUTORADO EM EDUCAÇÃO - UFAM, ANNE KARINA PEREIRA DE ANDRADE - FACULDADE DE MEDICINA - UFAM
A escola é um local há muito destacado na literatura como importante espaço de socialização, onde, em tese, todo sujeito deveria adentrar, o que - na realidade brasileira - é garantido legalmente em variados documentos (Constituição Federal, Estatuto da Criança e do Adolescente, entre outros). Por ser esse espaço de socialização, é muitas vezes neste local que o “diferente” é percebido, sendo a alteridade vivida pela primeira vez e, após sua descoberta, moldada para futuras experiências com o “diverso”. Mediando tal situação de vivência, professores e professoras precisam ter conhecimento da diversidade e despir-se de preconceitos para tornar a escola um local inclusivo, de fato, para todos e todas. Entretanto, quando o “diverso” são LGBTQI+, muitas das vezes os/as docentes apresentam-se despreparados, ora pela fala de conhecimento sobre a temática, ora pela reprodução de preconceitos pessoais ou dos pares e da própria comunidade. Estas conclusões, ainda parciais, são oriundas de pesquisa de doutorado em andamento, e apontam para a necessidade da formação docente (inicial e/ou continuada), com urgência, para que professores e professoras entendam as especificidades da população LGBTQI+. A pesquisa, na área de Educação, de natureza qualitativa, está sendo desenvolvida com professores e professoras da rede pública municipal de Manaus que passaram pela formação na área de diversidade sexual e de gênero. O instrumento de coleta é a entrevista individual semiestruturada e o objetivo é compreender como a formação impacta a docência no campo do trabalho com a diversidade sexual e de gênero. Além do exposto, os resultados parciais apontam como a escola pode ser promotora de saúde e/ou de doença para pessoas LGBTQI+, dependendo, entre outras variáveis, de como os professores e professoras representam esses sujeitos no ambiente escolar. As professoras entrevistadas relatam situações de violência contra si (quando tentam realizar atividades em torno da temática LGBTQI+) e contra alunos e alunas LGBTQI+ (por parte de outros alunos heterossexuais, principalmente) pelo simples fato de serem quem são. Isto implica a necessidade de debater o tema no campo da saúde de LGBTQI+ e de desenvolver mais pesquisas que pensem a saúde mental e sua promoção ou negação na escola.
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