28/09/2019 - 15:00 - 16:30 EO-12B - GT 12 - Estratégias e Metodologias Que Favorecem a Descolonização da Comunicação na Saúde |
31649 - COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE FERNANDO OLIVEIRA PAULINO - UNB, JAIRO FARIA - UNB, LUANA MELO - UNB, PEDRO ARCANJO - UNB, MANUEL MONTENEGRO - UNB, FERNANDO MOLINA - UNB
As atividades ligadas do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Comunicação Comunitária (COMCOM) iniciaram-se em 2001 em período no qual a Universidade de Brasília estava em greve e o Sindicato dos Professores apoiou a criação de uma Rádio Comunitária como veículo de comunicação. Com o fim da greve, estudantes e professores instituíram uma disciplina optativa que ao longo dos seus 17 anos de atuação contou com a participação de universitários de diversos cursos, incluindo Medicina, Enfermagem e Nutrição em ações de mobilização social dentro e fora da sala de aula que geraram materiais educativos de promoção da saúde produzidos em parceria com jovens, idosos, mulheres e demais integrantes de organizações comunitárias ligadas. O trabalho de campo se iniciou na Comunidade do Varjão do Torto e depois de moveu majoritariamente para Planaltina, região administrativa que já existia antes da mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília e que tem um forte patrimônio, histórico e cultural com equipamentos de saúde de referência para a região norte do DF. A partir da disciplinas foram instituídas atividades de extensão e pesquisa que têm produzido, dentre outros resultados, jingles e raps (de prevenção a Aids/DSTS e hanseníase), materiais fotográficos, oficinas, livros, podcasts e séries audiovisuais, que podem ser localizadas a partir dos canais de COMCOM em fb.com/comcomunb e youtube.com/comcomunitaria O objetivo deste Relato de Experiência é sistematizar as atividades realizadas ao longo dos 18 primeiros anos de atividades realizadas com especial interesse na organização do material ligado a direitos humanos, comunicação e saúde (que também incluem a organização de livro publicado em http://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2012/docs/12_jul_comunicacao_saude.pdf), apresentando neste esforço os resultados de entrevistas semi-estruturadas realizadas com amostra composta por egressos da área de saúde que participaram das atividades e que oferecem devolutiva sobre: a) que tipo de impacto as atividades proporcionaram no trabalho profissional que realizam atualmente? b) como as atividades de comunicação comunitária dialogaram com as outras disciplinas e atividades de extensão e pesquisa que tiveram? c) que tipo de sugestões oferecem para o aprimoramento do trabalho realizado à luz da experiência profissional que têm levando em conta faixas de x) dois a cinco anos y) seis a treze anos z) quatorze a dezoito anos formado(a). Com,o Resultados e Aprendizado da Experiência, percebemos que a autonomia estimulada pelo Programa foi percebida como uma recorrência constante nos relatos, que também valorizaram a intersecção entre ensino, pesquisa e extensão. Outro dado importante, especialmente nas duas faixas mais jovens, foi a sugestão para que as atividades incluam com cada vez mais intensidade as possibilidades e potencialidades da internet, algo já iniciado pelas comunidades virtuais (www.dissonante.org) e pela presença do Programa nas mídias sociais. De qualquer forma, tal marca não deixa de ser um desafio em relação a como organizar o Programa de maneira da dialogar com pessoas e ambientes por vezes de maneira episódica, periódica ou permanente em condição de desterritorialidade a a participarem do trabalho e manterem conexão com a Universidade em processo de formação permanente. Para encontrar tais metodologias é fundamental uma reflexão permanente que faça com que as ações do Programa: a) esteja em contato permanente com o público que participa do Programa, fomentando ainda mais ações dentro da Universidade, b) maior articulação com projetos ligados à Comunicação e à Saúde, c) estímulo ao formar-se para que os profissionais de saúde e de outras áreas permaneçam em contato e participem das atividades, d) criação e adaptação de atividades voltadas para os egressos, algo com impacto nos formandos e nos formandos e) adaptação das metodologias aos tempos contemporâneos e às tecnologias móveis proporcionadas especialmente por aparelhos como os aparelhos celulares, f) mesmo com todos os arranjos tecnológicos citados anteriormente, não perder a essência do trabalho no que diz respeito ao contato tridimensional e ao estímulo multidiscipinar à percepção do outro como sujeito. Em síntese, manter o trabalho de promoção da alteridade, da cidadania e dos direitos humanos em atividades de comunicação e que produzem efeitos na saúde dentro e fora da Universidade com especial impacto na formação de médicos, enfermeiros e nutricionistas, que, além de serem profissionais, podem ser estimulados em suas condições humanas
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