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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-27A - GT 27 - Experiências Inovadoras na Atenção Psicossocial

31145 - O PROTAGONISMO DOS USUÁRIOS E FAMILIARES DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO RECRUTAMENTO DE DOADORES DE SANGUE E MEDULA ÓSSEA
LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS - IAM /FIOCRUZ-PE, BÁRBARA SANTOS ABREU - UNIT, RAFAELY MÁRCIA SANTOS DA COSTA - IAM /FIOCRUZ-PE, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO - IAM /FIOCRUZ-PE, ISABÔ ÂNGELO BEZERRA - IAM /FIOCRUZ-PE, DÉBORA MORGANA SOARES OLIVEIRA DO Ó - IAM /FIOCRUZ-PE, LARYSSA PRISCILLA MÉLO DOS SANTOS ALVES - IAM /FIOCRUZ-PE, CAIO DA SILVA DANTAS RIBEIRO - IAM /FIOCRUZ-PE, JÉSSICA OLIVEIRA DA CUNHA - UFS, JADIANNE FERREIRA DA SILVA - IAM /FIOCRUZ-PE, ISABELA NÁJELA NASCIMENTO DA SILVA - IAM /FIOCRUZ-PE


CONTEXTUALIZAÇÃO
A doação de sangue é um ato universal para salvar vidas, visto que, não há uma substância que possa repor o tecido sanguíneo em sua totalidade. Sabe-se que diversos países enfrentam dificuldades em oferecer um banco de sangue que atenda a demanda. Nos últimos anos, o marketing tem sido uma estratégia de muitos governos para incentivar a doação de sangue, e dessa forma expandir o estoque dos hemocentros. O Brasil criou estratégias para aumentar o número de doadores, a exemplo da ampliação da faixa etária de 67 para 69 anos. Assim, a perspectiva é que mais pessoas entre os 16 e 69 anos possam contribuir com o aumento na captação de sangue e hemoderivados.No entanto, somente 1,8%, nessa faixa etária, doam sangue. O Brasil, embora colete o maior volume de sangue, em proporção, doa menos que alguns países latino - americanos como, Argentina e Cuba. Existem três tipos de doadores, principalmente na América Latina, os doadores de reposição, os voluntários e os remunerados. O comércio para doação de sangue no Brasil é proibido, conforme o art. 4º da Constituição de 1998, e regulamentado pela lei nº 10.205/2001 conhecida como Lei do Sangue. Assim, só há duas formas de captação no país, pela via voluntária ou de reposição. Diante da necessidade de formular estratégias que viabilizem a captação de doadores de sangue vislumbrou-se o Centro de Atenção Psicossocial, no interior de Sergipe, como um espaço importante para o diálogo da temática, estímulo ao altruísmo e construção de uma rede de doadores. Além de promover a socialização dos usuários e contribuir com estratégias para fortalecimento da saúde comunitária.

DESCRIÇÃO
As atividades de sensibilização ocorreram durante duas semanas com a participação dos usuários, familiares e profissionais. A ação contou com a participação diária de 40 participantes, distribuídos nas atividades de roda de conversa, jogo “O SUPER-DOADOR” e triagem inicial para verificar a possibilidade de encaixe nos critérios para a doação de sangue. Para abordar a temática nos grupos verificou-se, inicialmente, o conhecimento prévio que os participantes possuíam em relação à doação de sangue. A partir dessa contextualização realizou-se uma validação do conhecimento sobre os critérios para ser doador, intervalo entre as doações, cuidados pós-doação de sangue e impedimentos para a doação de sangue. No dia da doação de sangue um veículo foi disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde. Na oportunidade, 60 pessoas dentre profissionais, estudantes e familiares realizaram a triagem para doação de sangue, das quais 47 doaram sangue, e 52 fizeram cadastro para serem doadores de medula óssea. No dia seguinte à doação de sangue foram apresentadas aos usuários as fotos da culminância da ação do projeto, e a partir disso realizou-se uma avaliação de todo o processo. Nessa atividade os mesmos puderam dialogar sobre a importância da ação no serviço e das impressões que cada um teve em relação ao conjunto de atividades realizadas.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
De fevereiro a março de 2016

OBJETIVO
Relatar a experiência do Projeto “Mãos que doam vidas”, realizado com usuários, familiares e profissionais, no Centro de Atenção Psicossocial, localizado no interior de Sergipe.

RESULTADOS
O projeto promoveu o protagonismo dos usuários e familiares do CAPS, além de incentivar o exercício da cidadania e a colaboração com a saúde comunitária. A semana de sensibilização propiciou a discussão da temática no contexto da saúde mental que é pouco abordada nas ações de educação em saúde com esse público-alvo. A estratégia proporcionou a interação entre os participantes, através das atividades lúdicas elaboradas para construir informações seguras em relação à doação de sangue. Isso, por sua vez, permitiu maior divulgação da temática com familiares, e o incentivo à participação na doação de sangue. Embora, os usuários não estivessem aptos à doação de sangue devido às medicações construíram uma rede de recrutamento com os familiares e a comunidade.Essa ação auxiliou na integração dessas pessoas com a comunidade local, inclusive permitiu maior visibilidade desses enquanto cidadãos. A mídia local e do Centro de Hemoterapia fizeram a cobertura da ação, o que ajudou a ampliar a divulgação sobre a temática e a importância do CAPS para o município.

APRENDIZADOS
A utilização do jogo SUPER-DOADOR promoveu a participação ativa dos usuários na construção do conhecimento, avaliado como agradável de aprender pelos participantes. Além disso, a ação propiciou inovação ao serviço ao contribuir com outras áreas da atenção à saúde.

ANÁLISE CRÍTICA
Os estigmas construídos, em torno das pessoas com transtornos mentais, promovem a marginalização desses atores da sociedade, portanto devem ser pensadas atividades que possam aproximá-los da comunidade. Além de ações que valorizem as contribuições que os mesmos são capazes de realizar dentro do espaço comunitário no qual estejam inseridos.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900