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Grupos Temáticos

30/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-6B - GT 6 - Cidade, Subjetividade e Práticas em Saúde

31339 - VIGILÂNCIA PARTICIPATIVA DA COMUNIDADE PARA O COMBATE DAS ARBOVIROSES TRANSMITIDAS PELO AEDES AEGYPTI EM UMA INTERVENÇÃO ECO-BIO-SOCIAL
KELLYANNE ABREU SILVA - UECE, RENATA BORGES DE VASCONCELOS - UECE, HÉLIDA MELO CONRADO - UECE, IZAUTINA VASCONCELOS DE SOUSA - UECE, LYVIA PATRÍCIA SOARES MESQUITA - UECE, FRANCISCA CLAUDINA ALVES BALACÓ - UECE, ANA BEATRIZ SOUZA MARTINS - UFC, ANDREA CAPRARA - UECE


CONTEXTUALIZAÇÃO: As arboviroses representam um desafio global para a saúde pública. As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti ( Ae. aegypti), em especial dengue, zika e chikungunya, com seus macro e microdeterminantes desafiam as estratégias tradicionais de controle vetorial e a redução da magnitude do problema. A abordagem Eco-Bio-Social é apontada como nova e promissora, pautada nos pilares da promoção da saúde e de princípios ecossistêmicos, dentre os quais, a participação social representa um princípio fundamental. DESCRIÇÃO: Para implementação de um ensaio clínico, financiado pelo International Development Research Centre (IDRC), em desenvolvimento na Colômbia, México e Brasil (desde 2017 até 2020), foram selecionados quatro bairros de uma capital do Nordeste brasileiro, ambas com altos índices de infestação do Ae. aegypti e histórico de repetidas epidemias de dengue, acrescido da ocorrência de epidemias por chikungunya. Os bairros estão situados em uma mesma regional de saúde, com características sociodemográficas e econômicas semelhantes. Em cada bairro foi definida uma área com aproximadamente quatro mil imóveis. Um inquérito de criadouros foi feito previamente às ações, e em seguida foram definidas duas áreas para intervenção e duas áreas para controle. As áreas de intervenção tiveram suas escolas mapeadas para implementação de uma pesquisa participativa, enfocando ações de vigilância em saúde. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Outubro de 2018 a Junho de 2019 (em andamento). OBJETIVO: relatar a experiência de implementação da vigilância participativa da comunidade para o combate às arboviroses transmitidas pelo Ae. aegypti em uma intervenção Eco-Bio-Social. RESULTADOS: Ao total são cinco escolas nas áreas de intervenção, sendo quatro da rede pública e uma da rede privada. Foi feita a apresentação do projeto para pais e professores, e em seguida para os alunos do Ensino Fundamental que se voluntariaram a participar das ações de vigilância na escola, em seus domicílios e na comunidade. Após o voluntariado, os pais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e os estudantes assinaram o termo de assentimento. As ações implementadas referem-se à vigilância entomológica com brigadas no ambiente escolar, busca e eliminação de criadouros no domicílio, e vigilância de casos na comunidade. O conhecimento para ação é fundamental para a participação autônoma. Então, foram desenvolvidas formações continuadas pautadas em metodologias ativas e nos referenciais de Paulo Freire. Para a vigilância entomológica com brigadas no ambiente escolar foi desenvolvida uma formação em três momentos: 1) Ciclo de Vida do Ae. aegypti, principais criadouros e transmissão das arboviroses; 2) Conhecendo a Abordagem Eco-Bio-Social e seus Princípios; 3) Vigilância Participativa da Comunidade: estratégia de participação social. Após as formações, as brigadas iniciaram, e os grupos são compostos por cerca de seis alunos, um pesquisador, um mobilizador social e um Agente de Combate às Endemias (ACE), ocorrendo uma vez a cada sete dias. Para a ação Caçadores de Aedes fez-se uma formação com o tema: Ciclo de Vida do Ae. aegypti, principais criadouros e formas de eliminação. Os escolares recebem semanalmente um formulário ilustrativo para realizarem uma busca de criadouros em seus domicílios. Na semana seguinte os formulários são coletados, e aqueles que os alunos assinalam criadouros não eliminados, recebem uma visita do ACE para eliminação ou tratamento do criadouro, evitando o uso de larvicida. Há 113 alunos participando. A formação para vigilância de casos suspeitos de arboviroses transmitidas pelo Ae. aegypti na comunidade tem dois momentos: 1) Ciclo de Vida do Ae. aegypti, principais criadouros e transmissão das arboviroses; 2) Dengue, Chikungunya e Zika: conhecendo os sinais e sintomas. Após a formação, diariamente um membro da pesquisa visita a escola com um formulário em que os casos identificados pelos vigilantes são registrados, e um enfermeiro é acionado para a visita domiciliar do caso suspeito. Quando confirmada a suspeição, o bloqueio entomológico é realizado pelo controle vetorial da rotina, é dispensado um encaminhamento para que a pessoa busque atendimento na Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) do seu território, e o pesquisador mantém o monitoramento do desfecho do caso. Há 23 turmas envolvidas nas brigadas e na vigilância de casos. APRENDIZADOS: A comunidade em seu domicílio, a escola e o território de vida, constituem uma potência para fortalecer a vigilância entomológica e epidemiológica em um local, por meio de uma vigilância não institucionalizada, exercida por pessoas que são partes interessadas no problema de combate às arboviroses. ANÁLISE CRÍTICA: É importante favorecer a participação da comunidade, e fornecer ferramentas para a ação consciente sobre sua condição de saúde, em uma aliança com os serviços de saúde para redução da infestação do Ae. aegypti e da carga de doenças por ele transmitidas.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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