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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 15:00 - 16:30
CB-6B - GT 6 - Cidade, Subjetividade e Práticas em Saúde

29529 - A PERCEPÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EM SAÚDE DA FAMÍLIA NA FORMAÇÃO MÉDICA.
MARIA LUISA FARIA MAKABE - UNINOVE, FLÁVIA CINCOTTO MASSIMINO - UNINOVE, IDERALDO LUIZ BELTRAME - UNINOVE


INTRODUÇÃO - A formação de profissionais de saúde com visão integral e humanizada do processo saúde e doença das pessoas, famílias e comunidade, vem sendo fortemente enfatizada no Brasil nas últimas décadas. Na Estratégia de Saúde da Família o Agente Comunitário de Saúde desponta como o elo que possibilita a confiança e o vínculo entre a equipe de saúde e a comunidade assistida. Esse olhar se fundamenta no fato de que a formação cultural influencia muitos aspectos da vida das pessoas, interferindo fortemente na saúde. O curso de Medicina da Universidade Nove de Julho acompanha as mudanças curriculares no sentido de formar profissionais capazes de atuar integralmente na vigilância à saúde e mais familiarizados com os principais problemas de saúde, através da inserção dos estudantes de medicina na Estratégia de Saúde da Família desde o início do curso até o internato, acompanhado também pelos Agentes Comunitários de Saúde. OBJETIVO - Compreender através do olhar do Agente Comunitário de Saúde a importância da inserção do aluno na Estratégia de Saúde da Família para a humanização da prática médica. METODOLOGIA - O estudo apresentou questões sobre o comportamento, integração e aproveitamento dos alunos do curso de medicina durante o estágio sob o olhar dos Agentes Comunitários de Saúde e um questionário com assertivas a respeito da integração do aluno com a equipe e sua formação médica. RESULTADOS - O contato com a realidade do paciente levou o aluno a conhecer o trabalho na Estratégia de Saúde da Família, adquirir uma visão mais integral do paciente, o que inclui o conhecimento e a relevância da realidade social na qual o paciente se insere. Em diversas entrevistas, a ênfase inicial era a humanização. Nos cuidados à saúde, todo o contexto socioeconômico do mesmo tem que ser considerado para a humanização das práticas médicas de atenção à saúde. A oportunidade de desenvolver vínculos afetivos com a comunidade e a equipe multiprofissional, para a maioria, estimula uma relação muito mais humana. CONSIDERAÇÕES FINAIS - A inserção do aluno desde o início do curso em um programa longitudinal de saúde na comunidade, além de contribuir para o desenvolvimento de competências relativas a conhecimentos e sua aplicação nos problemas da própria realidade, integrando teoria e prática, proporciona a valorização do trabalho em equipe e a integração na Estratégia de Saúde da Família. Os agentes comunitários de saúde revelaram que a interação dos alunos de medicina ampla com a comunidade possibilitou-lhes o desenvolvimento não apenas com “doentes”, mas com suas famílias e comunidades, reconhecendo fatores de risco de determinados grupos de seres humanos. Aprofundando ainda mais, os agentes comunitários de saúde viram-se expostos a inevitáveis comparações de seus próprios valores com culturas diferentes, na interação com os alunos do curso de medicina. Finalmente, este trabalho, em face dos resultados, passa a revestir-se, em uma possibilidade para que escolas médicas que inserem longitudinalmente seus alunos em campos de prática assumam formalmente a humanização do ensino médico nos objetivos destas atividades, valorizando os profissionais que participam da formação dos alunos, contribuindo na integração do trabalho em cenários de aprendizagem privilegiados tão importantes para a competência profissional: a humanização da prática médica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - 1. Souza CFT, Oliveira DLL, Monteiro GS, Barboza HMM, Ricardo GP, Neto CL, Assis TAL, Moura AC. A Atenção Primária na formação médica: a experiência de uma turma de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica; 2013, 37 (3) : 448-454. 2. Stwart M., Brown JB, Weston WW, Mcwinney IR, Freeman TR. Medicina centrada na pessoa: transformando o método clinico. 2ª edição.; tradução Anelise Teixeira Burmeister – Porto Alegre: Artmed, 2010. 3. Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 [Internet]. Brasília: Senado; 1988. [acessado em 10/03/2016]. Disponível em: https://goo.gl/SPCKVr 4. Batista KBC, Gonçalves OSJ. Formação dos profissionais de saúde para o SUS: significado e cuidado. Saúde Soc. São Paulo; 2011, v.20, n.4, p.884-899. 5. Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução n. 4, CNE/CES de 7 de novembro de 2001. Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina. Diário Oficial da União, Brasília, 9 nov. 2001. Seção 1, p. 38. [acessado em 10/03/2016]. Disponível em: https://goo.gl/Hxwl83 6. Brasil. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília , 23 out.2013; Seção 1 7. Smith MR, Yong WW, Keller AM. An efficient and effective teaching model for ambulatory education. Acad Med. 2002;77(7):593-9.

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