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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO/CB-17D - GT 17 - Saude, Adoecimento e Morte de Mulheres e Crianças

30660 - A MORTALIDADE INFANTIL NO CONTEXTO DAS MÍDIAS IMPRESSAS DE FORTALEZA
LUCIANA FRANÇA JORGE - UNIFOR, CAMILA CRISTINE TAVARES ABREU - UNIFOR, CAMILA ZAYRA DAMASCENO OLIVEIRA - UNIFOR, DANIEL DE PONTES TORRES - UNIFOR, JORDÂNIA ALVES E SILVA - UNIFOR, KÁTIA REGINA ARAÚJO DE ALENCAR LIMA - UNIFOR, KILMA WANDERLEY - UNIFOR, MARIA AURINEIDE BARBOSA LOURENÇO - UNIFOR, ZÉLIA MARIA DE SOUSA ARAÚJO SANTOS - UNIFOR


INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade infantil é uma das evidências de saúde empregadas para quantificar as condições de vida de indivíduos permitindo assemelhar a qualidade de vida de um território com outro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde aconselha que os países devem identificar e manter essa taxa abaixo de 10 mortes para cada mil nascidos vivos. A supervisão desse indicador é importante para o prosseguimento das políticas governamentais voltados para a promoção da saúde das crianças estimulando os compromissos com os pactos nacionais e internacionais entre os governos relacionados com a melhoria da saúde infantil, em especial dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Segundo Sardinha (2014), denominamos mortalidade neonatal às mortes que ocorrem nas 4 primeiras semanas de vida da criança (0 a 28 dias) e mortalidade infantil pós-neonatal aquelas que ocorrem de 28 dias a menor que 1 ano de idade da criança. Esta última por sua vez pode ser definida, considerando neonatal precoce (de 0 a 7 dias), e neonatal tardia (de 7 a 28 dias). Dados do IPECE de 2017 emitem que, no Ceará apresentou reduções consistentes neste indicador saindo de 25,3% em 2006 para 14,4% óbitos em crianças menores de 1 ano de vida para cada 1.000 nascidas vivas, em 2016. Apesar desses dados disponibilizados a qualquer cidadão, a grande maioria da população brasileira ainda não os acessa e as informações acerca dos temas ligados à saúde ainda, chegam para essas pessoas pela intermediação das grandes mídias (jornal, televisão, rádio, etc) que deveriam cumprir com seu papel educativo em saúde ofertando informações sobre estilos de vida saudáveis, acesso à assistência em saúde, campanhas de saúde pública, avanços e descobertas da Medicina e da ciência entre outros. A Constituição Federal do Brasil de 1988 determina que todas as empresas de concessão pública têm a obrigatoriedade de colocar em suas programações um percentual desta como utilidade pública, entretanto, no que se à mortalidade infantil, ainda há muito que ser feito. No contexto de Fortaleza, poucos veículos de comunicação têm editorias de saúde, ciência e tecnologia, além de existirem poucos jornalistas especializados em divulgar matérias científicas e mesmo que o jornalismo em saúde esteja, como pontua Teixeira et al. (ibidem) mais presente na mídia e seu crescimento seja evidente nas últimas décadas ainda é muito reduzida a quantidade de matérias com temas de saúde, quando se analisa alguns veículos de Fortaleza como emissoras de rádios, televisão e jornais impressos, a sociedade fortalezense só conta com três mídias escritas de grande circulação: o Diário do Nordeste, O Povo, e o Estado. Por isso, objetivou-se analisar como as mídias impressas de grande circulação de Fortaleza- Ceará abordam o tema MI e, especificamente qual a frequência, o destaque e as conotações que concedem ao tema. METODOLOGIA: Estudo descritivo e documental utilizando como base de dados a pesquisa virtual nos sites de dois jornais impressos de grande circulação, em Fortaleza-CE: O Povo e Diário do Nordeste, no período de Junho a Dezembro 2017, abordagem qualitativo do tipo relato de pesquisa. Uso do descritor Mortalidade Infantil como critério de inclusão em qualquer lugar da matéria jornalística e a análise dos dados foi feita com base nas categorias (apriorísticas e não apriorísticas) que emergiram inicialmente a partir dos critérios citados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na leitura flutuante dos 14 textos escolhidos observou-se uma visão geral do que emergiu das matérias jornalísticas. De forma geral foi observado que a maioria das matérias traz o tema MI embutido no texto e seus conteúdos versam sobre aspectos epidemiológicos, causas, fatores condicionantes, determinantes e programas de governo para enfrentamento em âmbito federal e estadual. A análise do destaque dado ao tema com base nas categorias apriorísticas revelou que apenas 6 dentre os artigos analisados, o descritor MI aparece no título explicitamente. As demais figuram em cadernos secundários nas diversas editorias como: saúde, política, cidades, ou mesmo em cadernos-séries especiais que versam sobre programas de governo, editorias de opinião, cadernos regionais, entre outros. Em relação ao tamanho do texto, verificou-se que em apenas duas das matérias selecionadas, os textos atingem mais de uma lauda surgindo em alguns casos, como notas no contexto de outros artigos. CONCLUSÃO: Esse estudo nos revela que estamos diante de uma temática complexa em um contexto de desigualdades e iniquidades sociais que coloca como pano de fundo as crianças não só dos municípios cearenses, mas de todas as regiões brasileiras. Desse modo nos faz questionar sobre o papel das políticas públicas como caminhos de redução das taxas de MI e que a sensibilidade dos trabalhadores de saúde esteja cada vez mais no cerne da ética humana do cuidado.

local do evento

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A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

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