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Grupos Temáticos

30/09/2019 - 15:00 - 16:30
EO/CB-17E - GT 17 - Iniquidades em Saúde: Análise de Trajetórias de Vida, Formas Sistemáticas de Adoecimento e Intervenções Sobre os Seus Determinantes.

30130 - PERCEPÇÃO DA EXISTÊNCIA DE APOIO SOCIAL AO CUIDADO EM SAÚDE DE PACIENTES COM CÂNCER À LUZ DO LETRAMENTO EM SAÚDE
DAYZE DJANIRA FURTADO DE GALIZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, ELIANE MARA VIANA HENRIQUES - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA-UNIFOR, HELENA ALVES DE CARVALHO SAMPAIO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA – PPSAC, KATARINNE LIMA MOARES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS, VIRGINIA VISCONDE BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS, FABIO LUIZ MIALHE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, GABRIELA FERREIRA DE OLIVEIRA BUTRICO - ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIAS, MÔNICA RIBEIRO CANHESTRO - ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS


Introdução
As doenças crônicas acometem a cada ano um maior número de pessoas que necessitarão de cuidados de saúde por tempo prolongado, dentre elas o câncer, o que vem provocando uma mudança no sistema de cuidado à saúde, transferindo o cuidado hospitalar para o cuidado ambulatorial ou domiciliar.
Dessa forma, torna-se necessário uma rede de apoio social para absorver esses cuidados de saúde que antes ficava a cargo dos profissionais de saúde que prestavam cuidados hospitalares. No entanto, é necessário compreender que essa mudança tende a aumentar a responsabilidade da família com o cuidado do ente doente, podendo gerar situações de estresse por não estarem preparadas para assumir esse cuidado ou não possuírem habilidades técnicas para o cuidado domiciliar.
Dentro dessa Rede Social estão inseridos os profissionais de saúde que prestam Cuidados Domiciliares, como os profissionais da Atenção Básica, que devem apoiar a família ou os indivíduos que compõem o Apoio Social dos pacientes com câncer, potencializando o cuidado em saúde (GOMES et al., 2016).
Permeando este contexto o processo do cuidar é comprometido, se prestado sem se pautar nos fundamentos do letramento em saúde (LS). A forma de avaliar o LS da população vem mudando ao longo do tempo. No passado eram avaliadas apenas habilidades de leitura e numeramento.
Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a percepção de pacientes com câncer sobre o apoio social recebido no cuidado à sua doença.
Metodologia
O estudo foi do tipo transversal, desenvolvido no município de Fortaleza em uma instituição privada conveniada ao SUS, denominada Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), que atende crianças, adolescentes, adultos e idosos que fazem tratamento para o câncer.
Este estudo integra a pesquisa Letramento em Saúde, nutrição e qualidade de vida: perspectivas de pacientes com câncer e seus acompanhantes, que por sua vez é derivada de uma pesquisa multicêntrica denominada “Avaliação do Letramento em Saúde, Adaptação Transcultural e Validação do Health Literacy Questionnaire (HLQ) para o português brasileiro”.
A amostra foi de conveniência, constituída por 309 pessoas, sendo 201 pacientes com câncer de mama e 108 pacientes com câncer de próstata.
A coleta de dados ocorreu entre os meses de março a novembro de 2017 e os participantes responderam ao HLQ-BR (Moraes, 2018).
Para o presente estudo foi avaliado o constructo Apoio Social à Saúde, composto de cinco itens: (1) eu tenho acesso a várias pessoas que me entendem e me apoiam; (2) quando me sinto doente, as pessoas ao meu redor realmente entendem o que estou passando; (3) se eu precisar de ajuda, eu tenho muitas pessoas com quem posso contar; (4) eu tenho pelo menos uma pessoa que pode vir às consultas médicas comigo; (5) eu tenho forte apoio da família ou de amigos. Esses questionamentos foram respondidos a partir de uma escala de Likert, integrada por itens pontuados, variando de “discordo totalmente” a “concordo totalmente” e de “sempre difícil” a “sempre fácil”. O cálculo foi efetivado pela soma de cada item dessas escalas e esse valor dividido pelo número de itens da escala, sendo o valor apresentado como a média de pontuação (OSBORNE et al., 2013, MORAES, 2018).
Resultados e Discussão
A média de idade dos pacientes foi de 57,15 anos (DP 13,62). Ao se avaliar o item do construto “Apoio social à saúde”, os indivíduos tenderam a concordar com todos os itens desse constructo. A média do domínio foi de 3,15. Com isso, verifica-se que nesses pacientes o apoio da família e dos amigos se faz presente, dando suporte e apoio psicológico ao tratamento da doença. Analisando-se cada pergunta individualmente verifica-se que o item eu tenho forte apoio da família ou de amigos (5) foi o que apresentou uma média mais alta (3,29). Em relação às outras afirmativas, as médias foram: (4) - 3,20; (1) - 3,16; (3) - 3,09; e (2) - 3,06.
A percepção desse apoio torna-se relevante por potencializar a eficácia do tratamento gerando mudanças positivas na vida desses indivíduos (SCHROEVERS et al.,2010; CANIELES et al., 2014), demonstrando a importância das relações sociais dos pacientes com câncer por amenizar os anseios e sofrimentos vivenciados ao longo do tratamento (CANIELES et al., 2014).
A identificação da percepção do apoio social pelos pacientes pode ter ocorrido devido à condição que o processo de adoecimento promove na sua vida, advindo pelo simples fato de terem alguém ao seu lado quando necessário, ou até mesmo pela satisfação com o apoio recebido. A presença de apoio proporciona amparo para a compreensão das situações ocasionadas pela patologia, domínio e controle emocional e na manutenção e recuperação da autoestima, tornando-se imprescindível para pacientes com doenças crônicas, principalmente o câncer (Schroevers et al., 2010).
Conclusão
Os pacientes avaliados percebem presença de apoio social à saúde, o que pode auxiliar no processo de tratamento e aceitação de sua condição.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

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