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Grupos Temáticos

28/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-8D - GT 8 - Direitos, Democracia e Violencia

30972 - PROMOÇÃO DA SAÚDE NA COMUNIDADE DO ARATU EM JOÃO PESSOA/PB: UMA QUESTÃO DE POLÍTICA PÚBLICA
AMANDA AMAIY PESSOA SALERNO - UFPB, CÂNDIDA ISABEL DE FIGUEIREDO - UFPB, MARIA CARMEM AMORIM - SMSJP, ERICK BERNARD PEREIRA DE LIMA - UFPB, AÍSHA STHÉFANY SILVA DE MENESES - UFPB, ELAINE VALDNA OLIVEIRA DOS SANTOS - UFPB, HANNYELLY DE SOUZA LIMA - UFPB


Contextualização: o acesso aos serviços de saúde é compreendido como a possibilidade da consecução do cuidado de acordo com as necessidades, tem inter-relação com a resolubilidade e extrapola a dimensão geográfica, abrangendo aspectos de ordem econômica, cultural e funcional de oferta de serviços. Logo, o diagnóstico das necessidades de saúde em áreas de atuação da atenção primária tem sido uma importante ferramenta de gestão, desempenhada a partir do reconhecimento do território através da vivência e análise das informações sobre a situação de saúde da população, possibilitando identificar problemas e direcionar melhor as ações, principalmente em áreas descobertas pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Descrição: profissionais da Unidade de Saúde da Família (USF) Verdes Mares e lideranças comunitárias, vêm atuando no processo de construção de ações estratégicas na perspectiva de proporcionar melhores condições de vida à população do Aratu, em João Pessoa/PB, caracterizada como área descoberta de PACS, conhecida como “invasão” e pelas vulnerabilidades sociais e precariedade sócio-sanitária. A chegada de um médico na USF para atendimentos direcionados a população do Aratu viabilizou a prestação de ações de saúde a uma comunidade anteriormente excluída. Porém, ainda é inexistente a expansão de cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), a carência de outros meios de infra-estrutura urbana na comunidade, a distância entre o território e a USF, e o afluxo de grande número de usuários de diversas origens, que geram pressão de demanda, comprometendo o acesso dos indivíduos ao serviço de saúde. Durante as primeiras visitas ao Aratu, escutávamos seus anseios em relação à falta de esgotamento sanitário, água potável, energia elétrica e a inexistência de unidade escolar e serviço de saúde. Período de realização: a experiência iniciou em agosto de 2018 e está em andamento, no qual constituiu-se um Grupo de Trabalho (GT) a partir da construção de uma horta agroecológica na USF. No que diz respeito à organização do GT, este se configura por meio de uma gestão compartilhada, a qual operacionaliza-se a partir das reuniões de formação e educação permanente, incluindo temáticas relacionadas às ações e discussão sobre processo de trabalho da equipe de saúde, de planejamento e avaliação, e de atividades coletivas na comunidade que ocorrem mensalmente. Objetivo: o presente trabalho pretende apresentar a experiência que vem sendo desenvolvida na comunidade do Aratu, buscando descrever as principais ações e reflexões construídas, por meio da inserção da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC) no processo. Resultados: nas ações desenvolvidas pelo GT, o diálogo era construído por meio de rodas de conversa a partir das necessidades coletivas não só de cunho social, mas também político, assuntos esses que são capazes de mudar a realidade. As ações na comunidade foram iniciadas pelo reconhecimento do território, no qual foram realizadas visitas nas áreas em que as lideranças comunitárias vivem, ao passo que pactuávamos espaços estratégicos para a realização dos encontros mensais, como terreiros, quintais de casas, igrejas, entre outros. No que diz respeito às atividades coletivas, já foram desenvolvidas temáticas que envolveram o contexto da saúde mental, controle social, combate ao Aedes Aegypti e atendimentos coletivos sempre no final dos encontros, caracterizando um espaço comunitário relevante de apoio social para a inserção dos usuários em iniciativas de cuidado em relação à sua qualidade de vida. No tocante ao contexto politico ressalta-se que através dessa vivência foi possível abordar o cenário da comunidade na 8ª Conferência Municipal de Saúde e assim possibilitar a aprovação de uma proposta que objetiva a cobertura total da comunidade pela ESF. Aprendizados: percebe-se que as atividades proporcionaram aos integrantes mais consciência sobre a própria saúde, construção de vínculos afetivos e desenvolvimento das potencialidades de resiliência e de reflexão sobre o processo de saúde-doença. Além disso, incentiva o fortalecimento da integração dessas pessoas no âmbito comunitário, garantindo sua inclusão e participação social. Análise crítica: a participação social ainda é frágil nesse processo, é necessário implementar conselho gestor na unidade, almejando assim o fortalecimento do controle social a nível local; as ações intersetoriais ainda representam um grande desafio, pois estão restritas a atividades pontuais, muitas vezes sem continuidade; ademais é importante continuar investindo em processos de educação permanente para formação dos trabalhadores de saúde e lideranças comunitárias. Ressalta-se, portanto, a importância da qualificação do acesso, incluindo aspectos da organização e da dinâmica do processo de trabalho, considerando a contribuição e a importância de análises de vários aspectos (geográficos, socioeconômicos, entre outros).

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900