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Grupos Temáticos

29/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-8H - GT 8 - Cuidado, responsabilidade coletiva e injustiça: O que estamos fazendo

30091 - CUIDADO, RESPONSABILIDADE E EQUIDADE EM SAÚDE: TRAJETÓRIA DA IMPLANTAÇÃO DO ACOLHIMENTO EM HOSPITAL NO SERIDÓ POTIGUAR
CLARISSA GOMES DE ARAÚJO - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ, AMANDA GABRIELE MONTEIRO NUNES - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ, MAURA VANESSA SILVA SOBREIRA - HOSPITAL REGIONAL DO SEIRDÓ, THALYNE YURI ARAÚJO FARIAS DIAS - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ, PÂMERA MEDEIROS DA COSTA - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ, VANESSA DIAS DE ARAÚJO BARRÊTO - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ, RAYEGNE ALVES DOS SANTOS MENDES - HOSPITAL REGIONAL DO SERIDÓ


CONTEXTUALIZAÇÃO: A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS, consiste num conjunto de ações que buscam inovações nas ações geren¬ciais e nas ações de produção de saúde, de modo a propor novas formas de organização dos serviços de saúde. Enfatiza o acolhimento e a humanização em saúde, integralidade da atenção e vínculo como proposta de modelo assistencial, como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS, fortalecendo o trabalho em equipe. O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), se mostra como um instrumento reorganizador dos processos de trabalho na tentativa de reestruturar as práticas assistenciais e construir novos sentidos e valores, além de ampliar a resolutividade incorporando critérios de avaliação de risco. DESCRIÇÃO Considerando a superlotação, atendimento por ordem de chegada com falta de protocolos e pouca responsabilização da equipe, houve a necessidade da implantação do ACCR no Hospital Regional do Seridó (HRS), serviço localizado no interior do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó, com perfil de urgência e emergência, referência para 25 municípios. Em janeiro de 2019 houve mudança de gestão estadual e consequentemente na gestão da unidade. Assim, com uma proposta de gestão democrática, constituiu-se um Grupo de Trabalho que se propôs a organizar a Implantação do ACCR. Após analise situacional, o grupo de trabalho deu início a construção do protocolo que propôs classificar, as queixas dos usuários que demandam os serviços de urgência/emergência. Dessa forma, foram realizadas várias oficinas a fim de qualificar a equipe com atuação no setor de urgência/emergência e demais serviços de apoio para adequação do atendimento ao modelo proposto. Foram desenvolvidas ações de divulgação, junto ao Conselho Municipal de Saúde, Comissão Intergestores Regional (CIR), SAMU, Ministério Público, imprensa local e redes sociais com a finalidade de esclarecer a população sobre o ACCR e potencializar a efetividade do serviço no que compreende a ordenação, orientação e articulação da atenção entre os serviços da rede. Cabe ressaltar a importância da articulação ensino serviço e a presença dos residentes da Residência Multiprofissional em Atenção Básica da Universidade Federal de Rio Grande do Norte, colaborando no processo de implantação, tanto no que concerne a conscientização do usuário realizando salas de espera quanto servindo de elo entre o hospital e as unidades básicas de saúde. PERÍODO DE REALIZAÇÃO: A implantação do ACCR se deu no primeiro quadrimestre de 2019, a partir de estudos previamente realizados e está em fase de implementação. OBJETIVOS: Relatar a experiência da implantação do ACCR na porta de entrada do HRS. RESULTADOS: Com a implantação do ACCR, foi possível identificar o perfil dos usuários que procuram o serviço de saúde de urgência e emergência, traçar indicadores, criar protocolos e ajustar os fluxos de trabalho entre atenção primária e terciária longo desses meses. Foi identificada alta demanda classificada azul e verde, cerca de 78% com perfil para a atenção básica sendo 90% destes, residentes em Caicó. Ressalta-se que a partir da identificação das demandas da atenção básica, foi estabelecido agenda estratégica com a gestão da atenção básica da região para implantação do acolhimento a demanda espontânea nas UBS a partir de junho de 2019. Dessa forma, estão sendo realizadas oficinas de discussão dos processos de trabalho das equipes de saúde da família, com o apoio dos residentes de atenção básica e da equipe gestora hospitalar, discutindo modelagens para o acolhimento nos territórios e ampliação de ofertas assistenciais. Ressalta-se assim que a criação de um protocolo de atendimento, serviu para nortear os profissionais enfermeiros organizar o processo de trabalho e trazer qualificação à relação entre profissionais e usuários, através da formação de vínculos e melhoria na responsabilização. APRENDIZADOS: A implantação do acolhimento, possibilitou vários avanços: a criação de um protocolo de atendimento e qualificação da relação entre profissionais e usuários; o reforço a integração ensino-serviço através da articulação que os residentes promoveram junto aos profissionais do hospital e das UBS; fortalecimento da relação de referencia e contra-referência com os serviços da rede regional, e ainda a produção de uma agenda de apoio a implantação do acolhimento a demanda espontânea na atenção básica. ANÁLISE CRÍTICA: Por o serviço hospitalar em questão, se tratar de um serviço de referência na região, a implantação do ACCR se fazia urgente dado o cenário já relatado. A compreensão da importância do trabalho em rede, assim como o engajamento da gestão municipal, academia e profissionais possibilita avanços dia a dia na qualidade e resolutividade do serviço, assim como na adesão de profissionais e usuários à proposta do acolhimento com classificação de risco.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Campus Central

A Universidade Federal da Paraíba é reconhecida pela sua excelência no ensino e em pesquisas tecnológicas e, atualmente, encontra-se entre as melhores Universidades da América Latina.

Campus I - Lot. Cidade Universitaria, João Pessoa - PB, 58051-900