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Grupos Temáticos

30/09/2019 - 13:30 - 15:00
EO-27F - GT 27 - Processos formativos e de gestão inovadores

31142 - PROCESSOS FORMATIVOS E ECONOMIA SOLIDÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE UMA OFICINA EM ECONOMIA SOLIDÁRIA REALIZADA NO DISTRITO FEDERAL - DF
IONEIDE DE OLIVEIRA CAMPOS - UNB, MARIA APARECIDA GUSSI - UNB, MARIA DA GLÓRIA LIMA - UNB, YASMIM BEZERRA MAGALHÃES - UNB, AGNI GONÇALVES TAVARES - UNB, JUSSARA GUEDES DA ROCHA - UNB, GABRIELA NASCIMENTO EWERTON - UNB


Processos formativos e economia solidária: relato de experiência sobre uma oficina em economia solidária realizada no Distrito Federal-DF
Ioneide de Oliveira Campos-UnB Maria Aparecida Gussi – UnB Maria da Gloria Lima – UnB Yasmim Bezerra Magalhães – UnB Agni Gonçalves Tavares – UnB Jussara Guedes da Rocha – UnB Gabriela Nascimento Ewerton – UnB.
Contextualização: Apoiada sobre formas plurais de trabalho e assumindo como conceitos chave a cooperação, a democracia, a solidariedade e a autogestão, a Economia Solidária (Ecosol) compreende um conjunto de atividades econômicas que fortalece relações de colaboração e promove o bem comum (Lima, 2013). Este trabalho insere-se no contexto das estratégias de articulação entre a saúde mental e economia solidária. Período de realização/descrição: Trata-se de um relato de experiência referente à uma Oficina em Economia Solidária, realizada em fevereiro de 2019, no Centro Público de Economia Popular e Solidária do Distrito Federal (CPESDF). O CPESDF é mantido por meio da parceria entre a Secretaria do Trabalho e o Fórum de Economia Solidária do DF e Entorno. A equipe de pesquisadoras foi parte integrante do projeto de extensão: “Processos formativos e participativos para o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial e dos protagonismos dos usuários, familiares e profissionais na RAPS”, da Universidade de Brasília (UnB), vinculado ao “Observatório de Políticas de Atenção à Saúde Mental no Distrito Federal” (OBSAM). Objetivo: Subsidiar um espaço de discussão/formação através do compartilhamento das experiências em empreendimentos solidários e projetos de geração de renda, desenvolvidos no âmbito dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Distrito Federal. Aprendizados/Resultados: A atividade se propôs ser facilitadora para a construção da rede de economia solidária e saúde mental do Distrito Federal e aconteceu em dois dias consecutivos (das 13:00 às 17:00 horas). Compareceram 30 participantes de vários segmentos: usuários, familiares, trabalhadores dos CAPS do DF, servidores da rede de atenção psicossocial (RAPS) e intersetorial, além da equipe organizadora. Assumiu-se como etapa inicial uma palestra introdutória e em um segundo momento houve espaço para trocas de experiências. Por conseguinte foi utilizada a metodologia participativa na elaboração de bonecas de retalho (Abayomi), organização dos encaminhamentos e a declamação de uma poesia realizada por um usuário. Os servidores dos CAPS e usuários/familiares que detinham experiências em andamento por meio da geração de trabalho e renda conduziram a roda de compartilhamento do saber. Essa modalidade possibilitou o estreitamento de laços entre os sujeitos que se utilizam dos serviços de saúde mental em um mesmo território, porém inarticulados dentro de suas potencialidades para o trabalho. Os participantes apontaram a necessidade de intercâmbio de suas experiências para o aumento da capilaridade entre os serviços, isto porque, assegurar a interlocução de ações que consideram o trabalho como elemento central de contratualidade dos usuários é condição impulsionadora para se formar uma rede comunitária de empreendimentos solidários. Como recurso de imersão dos participantes nos princípios de cooperação, solidariedade e autogestão foi exercida a elaboração conjunta de bonecas de retalho. Nesta etapa a construção coletiva foi capaz de consolidar o produto das interações e investimentos afetivos que assumiram durante a experiência. Observou-se que as proposições destas tarefas foram capazes de disparar novos relacionamentos entre usuários e serviços, ampliar saber teórico-prático das oportunidades baseadas na Ecosol e elucidar os pontos da rede que se atravessam por essa temática. Um dos principais resultados apreendidos pela equipe do projeto nesta estratégia de construção coletiva foi a responsividade de um grupo de semelhantes, a partir de ações conjulgadas em prol de um objetivo comum, quesitos estes considerados chaves de acesso ao êxito de uma proposta em Ecosol. Cabe enfatizar que a natureza dos vínculos é social e que são eles os responsáveis pelo reconhecimento dos indivíduos (Pichon-Rivière, 1998), ou seja, faz-se relevante organizar iniciativas que assegurem entre os serviços de saúde mental a comunicação em rede, a fim de impulsionar processos articulados e descentralizados, capazes de promover a replicação das experiências em múltiplos contextos. Esse caminho não está desvinculado da necessidade desses atores se apropriarem de uma nova construção econômica e social pautada na justiça, solidariedade e democracia como eixos centrais, responsáveis por alavancar um desenvolvimento social a partir de um ideal equitativo e de ajuda mútua. Palavras-chaves: economia solidária, trabalho, CAPS, saúde mental Referências: LIMA, M. I.R. Economia Solidária e vínculos. São Paulo: Ideias & Letras, 2013. PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. 6ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 239.

local do evento

Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

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