01/11/2023 - 13:10 - 14:40 CO9.1 - Racismo, PNSIPN e diferentes espaços de formação |
46323 - A SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA NA MÍDIA RADIOFÔNICA PROVOCANDO A FORMAÇAO EM SAÚDE PARA O SUS JOAO VICTOR DE AGUIAR NERY - UFRJ, MARIA FERNANDA ABREU DO NASCIMENTO - UFRJ, MAYANA RIBEIRO MONTENARIO - UFRJ, ROMUALDO RONISON MONTEIRO DOS SANTOS - UFRJ, RENAN ALBUQUERQUE FERNANDES - UFRJ, NILCEIA NASCIMENTO DE FIGUEIREDO - UFRJ, VALERIA FERREIRA ROMANO - UFRJ, LUAN LIMOEIRO SILVA HERMOGENES DO AMARAL - UFRJ, ALLAYNE ELLEN PANTALEAO PLACIDO CILIO - UFRJ, ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA RABELLO DUARTE - UFRJ, CLARA JUDITHE DE JESUS NASCIMENTO - UFRJ, GABRIELA JADE NASCIMENTO FIGUEIREDO - UFRJ, ALICE REZENDE DE AQUINO - UFRJ, ROBERTA CODECEIRA CAMPOS - UFRJ, GLENDA MATEUS AMORIM - UFRJ, MATEUS DIAS LEVINO DE OLIVEIRA - UFRJ, THIAGO GROVA DO AMARAL - UFRJ, RAFAEL RAMALHO DOS SANTOS PUGLIESI PORTELLA - UFRJ, RACHEL DE SOUZA EUFLAUZINO - UFRJ, NIVIA ALVES - UFRJ, RAFAEL PETRI SANTOS PINHEIRO - UFRJ, MARIANNE SANTOS DE AMORIM - UFRJ, THALITA MARTINS SEIDLING - UFRJ, BEATRIZ DE OLIVEIRA LIMA - UFRJ, LARA VICTORIA LARA DA SILVA DE ALMEIDA - UFRJ, CAROLINA DOS SANTOS COSTA - UFRJ, EDUARDA FIONDA FERREIRA - UFRJ, MARIA EDUARDA FRANCISCO FRANCO - UFRJ, ANA CLARA CARVALHO MACHADO - UFRJ, SARA DOS SANTOS DA SILVA - UFRJ, TAMIRES EDUARDA SERAFIM DA SILVA - UFRJ, THALITA CRISTINA FERREIRA MARTINS - UFRJ, THALITA MEE EIS MARTINS - UFRJ, THAYNA DE VASCONCELOS BARROS FREITAS - UFRJ, MARIANA ALMEIDA DE OLIVEIRA - UFRJ, IASMIM PAULA DOS SANTOS - UFRJ, CARINA GALDINO DOS SANTOS - UFRJ, ROBERT RAYAN FAGUNDES DO NASCIMENTO - UFRJ, BEATRIZ ALBINO SERVILHA SILVA - UFRJ, BEATRIZ ALVARES FERREIRA DA NOBREGA - UFRJ, BRUNO VALERIO DO COUTO FERREIRA - UFRJ, OHANA TALIA DE SOUZA - UFRJ, GIULIANA LUCAS - UFRJ, LILIAN MARIA DA COSTA GONÇALVES - UFRJ, LUIZA VIANNA SOUZA - UFRJ, THEISSA ALBUQUERQUE GUIMARAES - UFRJ, VICTORIA GABRIELA DA SILVA TRINDADE - UFRJ, YASMIN ECHIDORNE CONSIDERA - UFRJ, YASMIN MIRANDA BESSA DE MENEZES - UFRJ
Contextualização No Brasil, a opressão racial, influencia todo um modo de vida e sobrevivência, como por exemplo, as consequentes práticas segregacionistas que limitam e restringem o acesso a diversas localidades e serviços; tornando a população negra extremamente dependente de espaços e políticas de saúde públicas. Fatores como a violência e pouca informação afetam a falta de cuidado e atenção do povo negro para consigo mesmo. Dificuldades no acesso à saúde e despreparo dos profissionais de saúde para lidar com a saúde da população negra são a regra. O projeto de extensão do Laboratório de Estudo em Atenção Primária, da UFRJ, vem enfrentando esta lacuna sobre pautas raciais na formação em saúde. Foi criado um podcast com narrativas dialógicas para a Rádio UFRJ.
Descrição O projeto de extensão do Laboratório de Estudo em Atenção Primária, da UFRJ, iniciado em 2020, abordando temas sobre saúde da população negra; vem enfrentando a lacuna sobre pautas raciais na formação em saúde. Foi criado um podcast com narrativas dialógicas para a Rádio UFRJ, veiculado também nos principais agregadores de podcasts existentes, denominado “SUStentando a vida”, que com 5 minutos de duração, produz informação e reflexão sobre saúde em geral e sobre a saúde da população negra, em especial. Os episódios são escritos e gravados por estudantes da área da saúde, possibilitando ampliação de conhecimentos e postura de enfrentamento com base na interseccionalidade. Um espaço formador na área da saúde onde pouco se fala, discute, estuda e produz, sobre a população negra e a integralidade de sua saúde, começa a se constituir como um mobilizador pedagógico. Destaca-se a importância e crescimento do projeto, com mais de 130 episódios já veiculados na Rádio UFRJ, que possui 4.000 downloads mensais, totalizando 170.000 downloads de todos os programas produzidos nos últimos anos. Ressalta-se a importância de um movimento de repensar o formato de divulgação e o conteúdo de pautas sobre a saúde da população negra, tanto para o público, quanto para estudantes da área da saúde; que ao ampliarem seu pensamento, ampliam também, perspectivas de resistência e luta contra o racismo; validando, assim, os princípios da integralidade e da universalidade no SUS que desejamos.
Link do episódio do SUStentando a vida: O amor, a saúde e a raça
https://open.spotify.com/episode/6IMCRVM0xkYrSbourFdGxz?si=mPVf4C7cRESseKncq0z4jg
Palavras-chave: Saúde da População Negra. Atenção Primária à Saúde. Sistema Único de Saúde. Mídias Sociais.
Período de Realização OUTUBRO DE 2020 AO PRESENTE MOMENTO
Objetivos OBJETIVO GERAL
• Contribuir para informar e refletir sobre a Saúde da População Negra, em mídias sonoras.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
1. Realizar divulgação e conteúdo de pautas sobre a saúde da população negra, tanto para o público, quanto para estudantes da área da saúde;
2. Mobilizar perspectivas de resistência e luta contra o racismo;
3. Veicular na Rádio UFRJ, episódios com pautas raciais.
Resultados Como todos os episódios são escritos e gravados por estudantes da área da saúde, temos observado ser esta uma das razões da grande adesão e procura por participação no SUStentando a vida. Os interesses das/os estudantes variam desde a decisão por pauta, roteiro, locução, quanto a divulgação dos episódios.
Temos vários relatos de novos aprendizados sobre a Atenção Primária, o SUS, ou sobre os temas abordados nos episódios, especialmente sobre a saúde integral da população negra; fazendo crer que mobilizamos a construção de pensamento crítico na formação em saúde.
Aprendizados Ampliar conhecimentos e postura de enfrentamento com base na interseccionalidade tem sido um desafio para a formação em saúde. No entanto, a escolha por uma abordagem pedagógica freireana, como espaço formador, na elaboração de um podcast onde todo o protagonismo é das/os estudantes; tem se revelado estimulador.
Análise Crítica Um espaço formador na área da saúde onde pouco se fala, discute, estuda e produz, sobre a saúde da população negra; sendo a população brasileira majoritariamente negra; produz em nós um certo sentimento de ambiguidade, um certo ruído cognitivo. Só conseguimos pactuar com um discurso que seja anti-racista; assim, há uma urgência em se criar novas linguagens, que sejam acessíveis e palatáveis para o consumo de jovens, como são as mídias sonoras; especialmente diante de pautas raciais. No entanto, para desenvolver um podcast com diferentes estudantes da área da saúde é preciso ter alguma estrutura, o que tem faltado nas universidades públicas federais, especialmente estrutura para abordar e divulgar informações cientificas sobre saúde, sobre o SUS, sobre a Atenção Primária, sobre saúde integral da população negra, entre outros tantos temas interseccionais.
|
|