01/11/2023 - 13:10 - 14:40 CO16.2 - Enfrentamento e prevenção das violências contra as mulheres |
47373 - CAPACITAÇÃO PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: POSSIBILIDADES DE CONTRIBUIÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL DA EQUIPE PARA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO CLEIDE MARIA DE OLIVEIRA SCARPELLI - UFMG
Contextualização A prevenção da violência através das ações de saúde na Atenção Primária vem sendo uma importante estratégia para a promoção da saúde e prevenção da violência e tendem a produzir efeitos positivos para reduzir danos à saúde física, mental e produtiva de mulheres da área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde-UBS. Perpassa fundamentalmente pela qualificação, capacitação e outras formas de educação em saúde para os profissionais.
O sexismo estrutural, forte aliado das violências de gênero, seja nos âmbitos família, comunidades e instituições, tem afetado a saúde física mental e produtiva de mulheres em todas as faixas etárias. Isso constitui um grande problema de saúde pública.
Neste contexto, o Agente Comunitário de Saúde-ACS tem papel muito importante no acolhimento. É membro da equipe e faz parte da comunidade. O que permite a criação de vínculos mais facilmente. Para o fortalecimento desta Rede é fundamental no entanto, atentar para o melhor preparo da equipe para a promoção da saúde das mulheres inclusive para a prevenção da violência de gênero, conforme orienta a Portaria GM/MS nº 9362004 que dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e a Implantação e Implementação de Núcleos de Prevenção à Violência em Estados e Municípios.
A prevenção da violência através das ações de saúde na Atenção Primária vem sendo uma importante estratégia para a promoção da saúde e prevenção da violência e tendem a produzir efeitos positivos para reduzir danos à saúde física, mental e produtiva de mulheres da área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde-UBS e perpassa fundamentalmente pela qualificação, capacitação e outras formas de educação em saúde dos profissionais.
O sexismo estrutural, forte aliado das violências de gênero, seja nos âmbitos família, comunidades e instituições, tem afetado a saúde física mental e produtiva de mulheres em todas as faixas etárias. Isso constitui um grande problema de saúde pública.
Neste contexto, o Agente Comunitário de Saúde-ACS tem papel muito importante no acolhimento. É membro da equipe e faz parte da comunidade. O que permite a criação de vínculos mais facilmente. Para o fortalecimento desta Rede é fundamental no entanto, atentar para o melhor preparo da equipe para a promoção da saúde das mulheres inclusive para a prevenção da violência de gênero, conforme orienta a Portaria GM/MS nº 9362004 que dispõe sobre a estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde e a Implantação e Implementação de Núcleos em Estados e Municípios com os desdobramentos para a legislação atual.
Descrição A idéia da oferta de capacitação para ACS surgiu do trabalho social, desta autora, no atendimento às mulheres da área de abrangência na UBS e ainda, da indagação de que forma é possível contribuir como profissional da equipe para que os ACS venham entender melhor a relação da violência com o processo saúdedoença. O conteúdo desta capacitação está ancorada teoricamente artigos científicos que contemplam o tema Saúde da Mulher, extraídos do Portal CAPES e SCIELO e no pensamento de mulheres como Hannah Arendt , Simone de Beauvoir, Bell Hooks, Cecília Minayo teóricas que defendem a emancipação feminina.
Para esta Capacitação foi criado o grupo Trocando Experiências .Com rodas de Conversa com a utilização de material físico e de mídia e outros recursos áudio visuais, sendo os encontros estruturados da seguinte forma:
1º - O histórico do sexismo estrutural e as desvantagens cumulativas para as mulheres e toda a sociedade ao longo das fases da vida; Os impactos da violência na saúde dessas mulheres.
2º - As práticas integrativas, as atividades físicas e outras atividades como estratégia da Atenção Primária para promoção da saúde e a prevenção da violência de gênero.
3º - A apresentação e a contribuição da Rede de proteção às mulheres. A Lei Maria da Penha.
4º e 5º- Dedicados à elaboração de uma coletânea intitulada Somos Atenção Básica na promoção da saúde e na prevenção da violência contra as mulheres.
Período de Realização Entre Novembro de 2022 a Março de 2023
Objetivos Contribuir profissionalmente com a Promoção da saúde e prevenção da violência ao capacitar os profissionais ACS da própria equipe da UBS.
Resultados É possível profissionais superiores em saúde contribuirem com a PSPV, através da capacitação se organizando para planejamento e encontros.
Há interesse entre os ACS nesse aprendizado e demonstraram isso nos textos que produziram para a coletânea.
Muitos casos passaram a ser trazidos para discussão pelos ACS com o AS e depois com a equipe.
A intervenção profissional via capacitação é eficiente mas não suficiente.
Aprendizados Iniciativa exitosa. Há interesse dos ACS em entenderem melhor o tema.
A experiência inspirou outras equipes de ACS para a mesma capacitação.
A criação do grupo possibilitou acesso dos ACS ao conteúdo do tema da violência.
intervenção via capacitação é eficiente mas não suficiente.
Há entraves para a atuação do ACS na PSPV de gênero.
Análise Crítica Durante o atendimento social na UBS, muitas mulheres referiram insatisfação com a vida quotidiana e frequentes queixas de serem vítimas de algum tipo de abuso, violação ou violência nos âmbitos família, comunidade ou instituição. Mulheres, em uso de medicamentos psicotrópicos e apresentando, conforme descrito no prontuário, quadros compatíveis com sofrimento mental ou com risco de adoecimento. Essas demandas que apareciam durante o atendimento social e passavam a demandar agendamento para avaliação eou acompanhamento psicossocial, entende-se que poderiam ser trazidas pelos ACS. Há desafios. A capacitação somente não é o suficiente para promover a saúde e prevenir a violência de gênero efetivamente ou mesmo reduzir danos de forma significativa à saúde das mulheres de uma UBS . Por causa desses desafios e o desejo de entender os entraves para a atuação dos ACS na prevenção da violência esta atividade motivou o Projeto de Pesquisa em curso, do Mestrado intitulado: DESAFIOS DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NO TERRITÓRIO DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM UMA CIDADE DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS.
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