Outras Linguagens

01/11/2023 - 13:10 - 14:40
OL1 - Potencialidades e desafios das linguagens do audiovisual e da escrita de memórias para pensar o cuidado como práxis decolonizadora 1

46402 - TV CABRITA – CRIAÇÃO DE UM CANAL AUDIOVISUAL FEITO POR ADOLESCENTES COMO FORMA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL
DANIELA F. DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA, CLAUDIA R. MILIAUSKAS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, IOLANDA DE S.F. CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MARIANA MALHEIROS CARONI - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRUNO DINIZ CASTRO DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, LUCIANA MARIA BORGES DA MATTA SOUZA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, PEDRO GABRIEL G. DELGADO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, EDSON FERREIRA LIBERAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MARIA CRISTINA VENTURA COUTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, BEATRIZ DOS REIS RAMOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, ALINE DE OLIVEIRA MEIRELES - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA, ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA RABELLO DUARTE - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BEATRIZ LACOMBE ARAUJO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, LUIZA FERNANDES DE AZEREDO RODRIGUES - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA


Processo de escolha do tema e de produção da obra
A política de saúde mental para crianças e adolescentes surgiu para implementar e ampliar a oferta de redes de cuidado para esse público. Nesse sentido, são adotados, como princípios básicos do novo modelo, a acessibilidade universal, a noção de crianças e adolescentes como sujeitos singulares e integrais, bem como a construção de redes assistenciais articuladas intra e intersetorialmente. No entanto, desafios são colocados à sua operacionalização, tornando-se necessário aprimorar ações de cuidado intersetoriais. Nessa perspectiva, uma forma de enfrentar tal desafio é implementando ações de promoção de saúde mental nas escolas, ainda incipientes no cenário brasileiro.
O presente trabalho é fruto dos resultados parciais de um projeto de extensão que tem como objetivo desenvolver uma iniciativa de promoção de saúde mental direcionado a adolescentes de 12 a 15 anos, pertencentes a escolas públicas do município do Rio de Janeiro. Trata-se de um projeto interdisciplinar que conta com a participação de quatro universidades localizadas no Município do Rio de Janeiro: UERJ, UNIRIO, UFRJ e UVA. A equipe do projeto é composta por profissionais e estagiários dos cursos de jornalismo, medicina e psicologia, e realiza suas atividades em uma escola municipal.
As ações de intervenção do referido projeto se iniciaram em março de 2023, com a criação de uma comissão colegiada, composta por estudantes do ensino fundamental II, professores, e equipe integrante do projeto, cujo objetivo é a implementação e avaliação de iniciativas de promoção de saúde mental no contexto escolar.

As ações de promoção de saúde mental vêm sendo pensadas e implementadas através da comissão colegiada, junto com outros alunos e professores que demonstraram interesses específicos em determinadas atividades, a partir de levantamento feito pelos próprios estudantes junto às turmas. Inicialmente foram propostas três oficinas: jornalismo, ambiência (grafite e jardinagem) e linguagem musical e corporal (música, dança e arte). Também apareceram outras demandas como elaboração de um “manual de convivência”, criação de um “cantinho da meditação” e “rodas de conversas”. Todas as atividades ocorrerão em parceria com estudantes e profissionais da escola, de maneira a tomá-los como sujeitos ativos.


Objetivos
Apresentar os vídeos de reportagens elaboradas pelos estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental II, junto à equipe de jornalismo e saúde do projeto de extensão “Promoção de Saúde Mental em Escolas”.

Ano e local da produção
2023 – Município do Rio de Janeiro.

Análise crítica da obra relacionada à Saúde Coletiva e ao tema do congresso
O Brasil empreendeu, nas últimas décadas, um avanço consistente no campo da saúde mental pública, destaca-se a criação de uma política nacional - a política pública de atenção psicossocial. Desde 2001, ano de promulgação da Lei 10.216/01, que define as bases para a assistência em saúde mental, tem-se desenvolvido uma revisão dos modelos de cuidado, abandonando a tradição asilar em direção à expansão de uma rede comunitária de ações e serviços. No campo da atenção psicossocial para a infância e adolescência, marcado por uma histórica ausência de iniciativas públicas de assistência.
os desafios foram ainda maiores.
Por outro lado, a promoção da saúde compreende os processos de saúde e doença como processos eminentemente políticos, articulados a uma trama de determinações psicossociais, determinantes estes que condicionam as capacidades dos indivíduos em atingirem maiores ou menores graus de saúde.
Embora as iniciativas de promoção de saúde mental no cenário escolar sejam comuns em outros países, não é possível encontrar muitos estudos e propostas de atuação neste campo no Brasil. Desta forma, é essencial que iniciativas de articulação de serviços de saúde com serviços de educação se deem no sentido de ampliar essas ações.


Formatos e suportes necessários referentes à apresentação
Os vídeos serão apresentados em formato MP4, MOV ou outro formato compatível, e estarão disponíveis na plataforma You Tube.

Breve biografia do autor
Professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade da UVA, responsável pelo projeto interdisciplinar da Agência UVA e integrante do projeto de extensão “Promoção de Saúde Mental em Escolas”. Doutoranda em Comunicação pela PUC-Rio.