Comunicação Oral Curta

02/11/2023 - 08:30 - 10:00
COC11.1 - Vulnerabilidades e estratégias de cuidado à pessoa idosa

48073 - DOS LAÇOS FAMILIARES INTERROMPIDOS ÀS RUAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO A UM HOMEM IDOSO EM SITUAÇÃO DE RUA.
ANTÔNIO BATISTA SILVA - UFPE, ANA PAULA SANTOS PESSOA - UFPE, DANIELLE DE ANDRADE PITANGA MELO - UFPE, EMANUEL MIRANDA DE SANTANA OLIVEIRA - UFPE


Contextualização
O envelhecimento populacional se caracteriza, hoje, como um proeminente fenômeno mundial em decorrência do aumento da expectativa de vida e da diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade. O exponencial crescimento do contingente de idosos exige olhar integral numa perspectiva interdisciplinar e atravessado pelas políticas públicas intersetoriais, principalmente se considerarmos o aumento das pessoas idosas em situação de rua (PISR) que, vulneráveis e em condições de vida precárias, tornam-se, invisíveis. A invisibilidade pública articula-se à exclusão social de indivíduos em determinada sociedade, resultando na transformação do ser enquanto um invisível no meio social, perdendo sua essência de sujeito de direitos. Dessa forma, tal circunstância convoca a sociedade e os poderes públicos a pensarem em políticas públicas capazes de suprir essa demanda. (GROSSI; GUILAMELON; 2006, MATTOS; GROSSI; KAEFE; TERRA, 2016).
A Política Nacional para a População em Situação de Rua, através do decreto Nº 7.053, de 23 dezembro de 2009, define esse segmento populacional como um grupo heterogêneo marcado pela pobreza extrema, ruptura ou fragilização dos vínculos familiares, inexistência de moradia regular, utilizando logradouros públicos e áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como instituições públicas de suporte e proteção social. É importante a percepção de que há uma interdependência entre as políticas e que apenas uma ação institucional isolada é incipiente (BRASIL, 2011).


Descrição
Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, utilizando-se como ferramenta o diário de campo.

Período de Realização
entre março e junho de 2023 foram realizados alguns atendimentos por um profissional de referência,

Objetivos
Objetivou-se propor reflexões acerca do acompanhamento psicossocial a um homem idoso de 63 anos que vive em situação de rua há cerca de 10 anos na Cidade de Recife.

Resultados
O atendimento clínico-institucional escancara uma complexa realidade marcada por carência afetiva, abandono, conflitos, rupturas e segregação. Face à (auto)destrutividade pelo uso de drogas, à radicalidade da experiência do desamparo e em meio ao intenso sofrimento psíquico é importante assegurar as bases de identificação do idoso com a conjuntura social, a fim de que encontre um “lugar” no qual suas angústias e situações conflitivas possam ser acolhidas e significadas.

Aprendizados
Assim, apreende-se dessa experiência que a integralidade do cuidado só será possível se conseguirmos fazer uma escuta que propicie enxergar o usuário com sujeito, ou seja, respeitando sua autonomia, seus desejos e, principalmente, considerando quais os seus principais pontos de ancoragem. Portanto, pode-se considerar que não é possível viabilizar cuidado de forma unilateral. (SILVA; GUTIERREZ, 2013; BROIDE, 2021).

Análise Crítica
A invisibilidade pública articula-se à exclusão social de indivíduos em determinada sociedade, resultando na transformação do ser enquanto um invisível no meio social, perdendo sua essência de sujeito de direitos. Dessa forma, tal circunstância convoca a sociedade e os poderes públicos a pensarem em políticas públicas capazes de suprir essa demanda. (GROSSI; GUILAMELON; 2006, MATTOS; GROSSI; KAEFE; TERRA, 2016).

A Política Nacional para a População em Situação de Rua, através do decreto Nº 7.053, de 23 dezembro de 2009, define esse segmento populacional como um grupo heterogêneo marcado pela pobreza extrema, ruptura ou fragilização dos vínculos familiares, inexistência de moradia regular, utilizando logradouros públicos e áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como instituições públicas de suporte e proteção social. É importante a percepção de que há uma interdependência entre as políticas e que apenas uma ação institucional isolada é incipiente (BRASIL, 2011).