02/11/2023 - 08:30 - 10:00 COC18.1 - Comunicação, saúde e interdisciplinaridade |
47840 - INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE FRENTE À PANDEMIA DA COVID-19 JONATHAN WILLAMS DO NASCIMENTO - UPE
Apresentação/Introdução Introdução: No final do ano de 2019, foi identificada uma nova estirpe do vírus SARS-CoV no Sul da China, que causa problemas respiratórios graves, por diminuir a capacidade ventilatória pulmonar, levando ao óbito. Devido ao grande poder de transmissão do novo Coronavírus (SARS-CoV-2), foi classificado como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII) (Schueler, 2021). A desvalorização da saúde pública no Brasil, afeta a forma da interpretação e relevância às informações fornecidas à população em relação à saúde e à educação. Nesse contexto, Leite et al. (2014) afirmam ser importante a mediação de informações sobre a saúde, adaptando aos valores e expectativas psicológicas e sociais de cada pessoa, sem se ater a fórmulas padronizadas. Portanto, é preciso entender que mesmo com o grande número de veículos de comunicação, é possível que estudantes tenham baixo conhecimento sobre a pandemia da COVID-19 e o SARS-CoV-2. Segundo Hoppe et al. (2017), a participação popular em questões ligadas às políticas públicas de prevenção, promoção e recuperação da saúde tornou-se algo inquestionável. Nesse prisma, o direito à informação e a comunicação se torna fundamental em tempos de pandemia, além de garantir o direito à saúde previsto pelo Artigo 196°, da CF/88.
Objetivos Objetivos: Desta maneira o objetivo é avaliar o nível de informação e comunicação dos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco no Centro Acadêmico de Vitória da (UFPE/CAV) sobre o novo Coronavírus e a COVID-19.
Metodologia Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, transversal, por uma ótica quantitativa (Estrela, 2018). A ferramenta de coleta utilizada por essa pesquisa foi o Google Forms, com a divulgação de um questionário eletrônico através de todas as redes sociais na UFPE/CAV em 2021, com o intuito de alcançar o maior número de estudantes dos cursos de Enfermagem, Ciências Biológicas e Saúde coletiva. Neste forms, foi incluído o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Esta pesquisa foi feita segundo a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e seus complementares. O questionário foi definido a partir de questionamentos começando pela variável de “Percepção geral sobre a COVID-19” com 7 perguntas. De modo a interpretar os dados, foi preciso se utilizar de táticas estatísticas baseada numa mensuração de uma escala tipo Likert (Dalmoro & Vieira, 2013). Para calcular a porcentagem foi utilizada a ferramenta do software Excel versão 2110 da Microsoft Office Profissional Plus 2019.
Resultados e discussão Resultados e Discussões: Participaram da pesquisa 258 alunos do CAV/UFPE. O percentual entre os cursos se distribuiu da seguinte forma: saúde coletiva com 43,9%, licenciatura em biológicas com 28,2% e Enfermagem com 27,9%. A desinformação é uma preocupação de saúde global, dado que pode aumentar ou trazer novos danos à saúde. As redes sociais, se usadas de maneira correta, podem ser uma grande aliada no combate a diversas comorbidades (Lai et al., 2020, MINISTRY OF EDUCATION, 2020, Thomas, 2020). Muitos dos que responderam ao questionário utilizavam mais o Instagram (79,4%) e o WhatsApp (77,1%) para adquirir a maioria de seus saberes sobre o novo Coronavírus. Segundo o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT, 2020) é por meio da “internet” que a população busca informações sobre a prevenção, conduta e o serviço de saúde mais adequado em casos de suspeita de COVID-19. Vale ressaltar que uma boa parte dos estudantes afirmaram que meios de comunicação como Organização Mundial da Saúde (OMS) (93,1%) e Cartilhas de secretarias de Saúde (77,1%) contém informações mais verídicas. Assim que a pandemia do SARS-CoV-2 foi considerada uma Emergência de Saúde Pública ao nível internacional, pesquisadores da OMS sabiam que o surto gigantesco de informação, sejam elas baseadas em estudos cientificamente comprovados ou deveras equivocadamente falsas, se tornaram evidentes, em vista disso criou a plataforma de elementos chamada OMS Rede de Informação para Epidemias (EPI-WIN) (Zarocostas, 2020).
Conclusões/Considerações finais Conclusões e Considerações Finais: A maior parte dos participantes demonstraram o seu domínio em relação às questões relacionadas aos aspectos gerais da COVID-19, pois o número de acertos dos participantes na maioria das questões se sobressaiu em relação aos erros. Sendo assim, como futuros profissionais de saúde e da educação, profissões essas que se deparam de perto com a realidade da sociedade em seu cotidiano, se manter informado sobre os estressores do processo de saúde-doença diante da sociedade é crucial na resolubilidade de problemas que possam emergir, principalmente em períodos de pandemia. Assim, faz-se necessário o reforço na propagação de informações importante para os discentes da UFPE/CAV assim como toda a sociedade, através de fontes de medicina baseada em evidências, a fim de evitar lacunas nos questionamentos dos discentes sobre as problemáticas que rodeiam o novo Coronavírus.
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