47057 - O PAPEL DAS MÍDIAS DIGITAIS COMO POLÍTICA DE AÇÃO DE PROMOÇÃO À SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
DÉBORA STEFANE BOTELHO ROCHA - ALIMENTEAMENTE - GRUPO DE PESQUISA VINCULADO À UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA, LUCIANA GONÇALVES DE ORANGE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, PERNAMBUCO - BRASIL, CYBELLE ROLIM DE LIMA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO (UFPE), VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, PERNAMBUCO - BRASIL, REBECA GONÇALVES DE MELO - SECRETARIA EXECUTIVA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL E PROFISSIONALIZANTE. GERÊNCIA REGIONAL METROPOLITANA NORTE / EREF SIGISMUNDO GONÇALVES.
Contextualização
As mídias digitais são um conjunto de artefatos tecnológicos que mediam as relações sociais por meio da conectividade (PRADO, 2015). Araújo (2015) já destacava que a tecnologia digital garante a distribuição de informação de forma ágil, inclusive no meio científico, aprimorando sua produção, uma vez que a comunicação científica é potencializada pelo uso da Internet e das redes sociais digitais. Sabendo que já existem várias mídias digitais disponíveis, Ramos et al. (2023) destaca Facebook e Instagram como sendo as mais utilizadas ou disseminadas entre os usuários de informação, evidenciando a importância de se posicionar, pelo menos, em uma delas quando se trata de contribuir na formação crítica do público na promoção à saúde. Nesse sentido, o presente relato de experiência compartilha a prática do Grupo de Pesquisa e Extensão Alimenteamente do Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), difundindo informações científicas sobre comportamento alimentar e suas interfaces através do perfil @alimenteamente.ufpe no Instagram, visando estratégias eficazes e responsáveis na disseminação de informações confiáveis e embasadas cientificamente, promovendo mudanças positivas no comportamento alimentar da população.
Descrição
O presente relato de experiência foi construído com base na análise do trabalho desenvolvido pelo Grupo Alimenteamente em seu instagram desde julho de 2020. O projeto é composto por uma equipe multiprofissional, de diferentes estados do Brasil, com profissionais e discentes de diversas áreas do saber, como Nutrição, Educação física, Psiquiatria, Psicologia, Fisioterapia e Fonoaudiologia. Os posts possuem temas mensais e ocorrem com duplas de discentes e de um profissional de Nutrição e de outra área, de segunda a sexta-feira, seguindo a ordem de postagens: artigo científico; interação nos stories sobre o post da semana; post em formato de carrossel elaborado por estudantes de graduação em colaboração com Nutricionista do Grupo; interação nos stories; post de outro profissional da equipe.
Período de Realização
Estudo realizado em junho de 2023.
Objetivos
Apresentar um relato de experiência e de interações com os conteúdos do perfil @alimenteamente.ufpe, voltado para propagação de informações científicas sobre comportamento alimentar e suas interfaces, sendo um instrumento de educação em saúde para todos.
Resultados
Em junho de 2023, o perfil possui 3.386 seguidores, a maioria do Brasil (98,2%), principalmente de Recife/PE (27,8%), sendo 89,9% mulheres, com uma maior frequência na faixa etária de 25 a 34 anos (38,1%). Destaca-se como a publicação de maior alcance dos últimos dois anos, o reels "Séries para te inspirar na cozinha", com 4.859 contas alcançadas, seguida do reels "4 elogios sem julgar o corpo do outro", com 3.050 contas alcançadas. Outros conteúdos relevantes abordaram: “O sistema mesolímbico de recompensa”; “O exercício físico na prevenção de transtornos alimentares”, “Fome emocional” e “Como ajudar um familiar com Transtorno Alimentar”, com 2.104, 2.014, 1.450 e 1.254 contas alcançadas, respectivamente.
Aprendizados
Entende-se que compartilhar o saber científico relevante e embasado, usando uma ferramenta digital para propagação de conteúdos em saúde, aumenta o conhecimento do público.
Análise Crítica
O Instagram tem sido um meio de comunicação efetivo como um instrumento de educação em saúde para os seguidores do @alimenteamente.ufpe, bem como na construção de conteúdos por meio da pesquisa científica e através da contribuição de discentes ou profissionais que o fazem. Contudo, apesar dos resultados positivos, a exposição a conteúdos impróprios pode ocasionar possíveis efeitos negativos, como comportamentos disfuncionais e pressão relacionada à imagem corporal. A análise crítica e seleção cuidadosa do conteúdo é essencial para promover uma abordagem saudável nas mídias digitais.
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